Ultimamente, ir a Portugal está a tornar-se cada vez mais prazeiroso. Talvez por estar longe e ir só de vez em quando, note mais as diferenças. No início, entre 2007 e 2011, sentia-me a evitar viagens à terra-mãe - estávamos no pico da crise e cada vez que lá ia, vinha incomodada com as histórias que escutava. Mas, depois, muito devagarinho, fui sentindo e vendo que as situações se começavam a compor e isso foi bom. Há ainda muitas pessoas em sérias dificuldades e muito caminho para trilhar, mas há muitos negócios novos a surgir também e já se vê mais nacionais de volta aos cafés e restaurantes. Não sei se algum leitor que tenha saído de Portugal na mesma altura que nós, tem a mesma percepção...Isto para dizer que gostei muito de descobrir novos lugares que não conhecia, a maioria deles sugeridos por queridos amigos. Senti-me estrangeira em Lisboa e adorei redescobrir um dos bairros em que vivi (São João de Deus).
Praça de Londres
A Confeitaria Lisboa, na Avenida de Roma, foi um desses lugares. Foi-me sugerido pela minha querida Amiga e ex-vizinha MJ, a quem muito agradeço, num dos nossos prazeirosos encontros. O espaço é muito agradável e a comida melhor ainda. Gostei do pãozinho de centeio, das sopinhas caseiras, dos croissants servidos em cestinhos amorosos, do chá verde com tomilho e limão, quentinho, e do chá branco, frio. Invariavelmente, acabávamos por tomar lá o pequeno-almoço e almoçar.
Um outro espaço onde gostámos muito de ir também foi o Espaço Tintin, sugestão dada pela minha querida Amiga Margarida, quando démos o nosso passeio pela Avenida de Roma. Desde o pão alentejano, às empadas de galinha e às vitaminas (sumos naturais/smothies feitos com 3 frutas diferentes), gostei imenso. Acabámos por lanchar lá algumas vezes.
Um pormenor deste espaço: a presença da língua neerlandesa. Tintin em neerlandês é "Kuifje". Este cartaz é relativo a uma exposição (tentoonstelling), no Museu Real de Arte e História, em Bruxelas. Na Bélgica, o Neerlandês é uma das línguas oficiais.
O Chão das Almas foi outra sugestão que superou as minhas expectativas. O nome intrigou-me desde o início e o espaço, assim que entrámos, transportou-me a locais antigos da minha infância, especialmente à casa da minha tia-avó Emília e ao moinho da prima Maria.
A Maria Almeida, a criadora deste projecto, revelou-se de uma enorme simpatia e extrema paciência com as minha perguntas. Escutar a Maria Almeida é escutar História, Tradição, saberes antigos e sabores divinos. Eu não me senti numa pastelaria. Senti-me, sim, num espaço tranquilo, onde o tempo parece que pára (como acontecia na casa da minha tia-avó Emília), rodeada de afectos e memórias, mas também de futuro. Desde as receitas antigas, escritas à mão, em tempos idos, emolduradas nas paredes, aos livros antigos, às gravuras das profissões, à história associada ao nome da casa, gostei de tudo. À Maria Almeida, muito boa sorte para este projecto, tão bonito, na cidade de Lisboa.
A Margarida tinha-me falado de uma nova pastelaria que valia a pena ir, durante o nosso passeio pela Avenida de Roma, mas não se lembrava do nome e como falámos de tanta coisa, na altura, não retive a informação. Foi a Ana Silva, da loja de acessórios de moda, Design For You, que numa das nossas conversas, nos disse, que devíamos ir ao Chão das Almas, onde nos poderíamos deliciar com doces alentejanos.
Fomos lá, dias mais tarde, já na véspera de nos virmos embora, mas não estávamos à espera de um espaço assim, tão acolhedor. Eu provei 3 docinhos e gostei especialmente do pudim das almas. A repetir, numa próxima ida a Lisboa.
A Maria Almeida, a criadora deste projecto, revelou-se de uma enorme simpatia e extrema paciência com as minha perguntas. Escutar a Maria Almeida é escutar História, Tradição, saberes antigos e sabores divinos. Eu não me senti numa pastelaria. Senti-me, sim, num espaço tranquilo, onde o tempo parece que pára (como acontecia na casa da minha tia-avó Emília), rodeada de afectos e memórias, mas também de futuro. Desde as receitas antigas, escritas à mão, em tempos idos, emolduradas nas paredes, aos livros antigos, às gravuras das profissões, à história associada ao nome da casa, gostei de tudo. À Maria Almeida, muito boa sorte para este projecto, tão bonito, na cidade de Lisboa.
A Margarida tinha-me falado de uma nova pastelaria que valia a pena ir, durante o nosso passeio pela Avenida de Roma, mas não se lembrava do nome e como falámos de tanta coisa, na altura, não retive a informação. Foi a Ana Silva, da loja de acessórios de moda, Design For You, que numa das nossas conversas, nos disse, que devíamos ir ao Chão das Almas, onde nos poderíamos deliciar com doces alentejanos.
Lisboa também é espaços que perduram...
Também na véspera de nos virmos embora, fomos a um pequeno tasco em Arroios, deliciar-nos com uns pregos de comer e chorar por mais. A carne muito macia, transbordava do pão e quando ouvi o senhor a bater os bifes, lembrou-me a minha mãe, que também costuma fazer assim. E a sopinha de feijão verde, ai senhores! Era tão boa, que repeti. Fomos lá, a convite do J. e da A., os nossos queridos Amigos e ex-vizinhos da frente, com quem passámos óptimos momentos durante estes dias. Não tinha a máquina fotográfica comigo e não sei o nome do tasco, mas, na próxima ida a Lisboa, irei prevenida. Reparei que fica próximo da igreja de Arroios e é muito frequentado pelos estudantes do Técnico.
Também na véspera de nos virmos embora, fomos a um pequeno tasco em Arroios, deliciar-nos com uns pregos de comer e chorar por mais. A carne muito macia, transbordava do pão e quando ouvi o senhor a bater os bifes, lembrou-me a minha mãe, que também costuma fazer assim. E a sopinha de feijão verde, ai senhores! Era tão boa, que repeti. Fomos lá, a convite do J. e da A., os nossos queridos Amigos e ex-vizinhos da frente, com quem passámos óptimos momentos durante estes dias. Não tinha a máquina fotográfica comigo e não sei o nome do tasco, mas, na próxima ida a Lisboa, irei prevenida. Reparei que fica próximo da igreja de Arroios e é muito frequentado pelos estudantes do Técnico.
O que posso dizer é que vim com mais 2 kg para a Holanda e não foi na bagagem, foi no corpinho. Nós até comemos saudavelmente (se exceptuarmos os doces), mas como dormimos muito, talvez tenha sido por isso (estes dias foram essencialmente para descansar). Acredito também que tenha sido das muitas sopas que comi, pois a maioria levava batata e todas foram bem servidas. Vejam esta, por exemplo, da Marisqueira Roma (outra belíssima sugestão da Margarida).
E, por falar em Margarida, a gelataria Casa do Gelado 1981, onde nós as duas fomos lanchar uns crepes de gelado divinais com molho de chocolate. Queiram desculpar, mas não houve tempo para a fotografia.;-))
É sempre um prazer constatar que muitas das casas emblemáticas de Lisboa continuam de portas abertas. Uma delas é o Café Império, onde, segundo muitos, se come o melhor bife de Lisboa. Nós fomos lá num Domingo à noite para matar saudades. A sala está muito bonita e o bife continua óptimo e recomenda-se (parece manteiga de tão macio que é e se desfaz na boca). Tínhamos lá ido, pela última vez, há 8 anos. Desta vez, fomos atendidos por dois simpáticos cabo-verdianos, com quem trocámos algumas impressões sobre aquele arquipélago. Muito agradável o jantar. Faltou-me provar o creme de papaia com licor de cassis, mas já não havia espaço. ;-) |
Uma outra casa de tradição a merecer uma visita, a Cafélia. Foi lá que fui comprar chocolates da Regina para oferecer às minhas amigas de cá (foi a A. que me aconselhou a ir lá). Já tinha passado pela Cafélia várias vezes, mas nunca tinha entrado. Gostei muito - a oferta de cafés, chás, bebidas e chocolates pareceu-me bem variada. A loja ficou cheia depois de entrarmos. Por isso, tenho de lá ir novamente, para ver com mais pormenor.
Concluíndo: no que toca a comida, estes dias foram um fartar vilanagem. :-)) E não estou a contar tudo, tudo...É que nem sempre levava a máquina comigo...Próxima vez...
11 comments:
Tambem vim de Portugal com mais 2,5kg! Foi so comer coisas boas...O meu marido ate tinha uma lista de pratos tipicos que ele queria voltar a comer, ficou por provar a Feijoada a Transmontana diz ele! Tambem achei que havia imensos restaurantes novos com muito bom aspecto e boa comida.
O nome da alma é assaz interessante.
Estive há pouco tempo na Confeitaria Lisboa.
Os nossos sabores são especiais, não são?
Beijinho.:))
Sami, a ideia da lista parece-me muito boa. Já não como Feijoada à Transmontana há séculos!
São especialíssimos, Ana. A nossa gastronomia é rica, variada, é a melhor do mundo (para mim).
Beijinhos! :-)
Lisboa está uma verdadeira capital europeia!!!
Belas sugestões...e bj amigo
Obrigada, Graça! Bj amigo :-)
Tens de voltar mais! Beijinhos!!
Obrigada, Margarida! :-) Muitos beijinhos!!
Uma das minhas zonas. :)
Não conheço o Chão das Almas, mas um dia destes far-lhe-ei uma visita.
O Tintin foi em tempos o Café Trevi que frequentei muito na minha juventude.
Bom fim de semana!
Bom fim-de-semana, MR! E coma um docinho por mim. ;-)
Quando lá for, darei notícias. :)
Post a Comment