Este sábado, o sol brilhou e claro, pé na rua:)
Fomos a
Hindeloopen, cidade da Frísia, no norte dos Países Baixos.
Tradicional, recuamos no tempo, sem confusão de turistas.
Muito acolhedora, pareceu-me muito apropriada para uma lua-de-mel mais intimista.
Fomos de carro numa viagem de 1h30m. Parámos a meio caminho para um piquenique, hábito muito comum por estas bandas! Para os neerlandeses, desde que haja relva, pára-se e faz-se piquenique. Café na Estação de Serviço da Texaco e seguimos.
Chegados à Frísia, já se sabe o que acontece:temos de parar o carro várias vezes para as pontes abrirem e deixarem passar os muitos iates, veleiros, barcaças e barquinhos que passeiam pelos canais e pelos lagos.
Embora de uma forma geral, existam barcos por todos os Países Baixos, continua a parecer-me que é na Frísia que existem em maior número. Mais grandiosos e mais bonitos também.
Contudo, à medida que seguíamos, reparámos que o nome da vila de H. não aparecia nas placas de sinalização. Só o vimos quando estávamos a 8 km da localidade.
A ideia que dava era que estávamos a ir para uma terra muito recôndita.
Chegados lá, vimos de imediato a marina com os seus belos iates, muito bem cuidados.
Passámos, depois, pela Casa do Vigia do Dique e vimo-lo vestido a rigor.
Seguimos em direcção à Igreja, rodeada pelo cemitério. Não me fez impressão, como outros já fizeram, de tão bem enquadrado que estava.
Em frente, situa-se o Museu Hindeloopen, onde podemos ver o vestuário e o mobiliário típicos desta região.
O meu marido estava tão entusiasmado durante a visita que mal me deixava apreciar as peças. "Olha este berço!", "Olha,.." grgr :-)))
Logo à entrada, na recepção, um relógio e um móvel maravilhosamente pintados. Fotografei, claro! Ah, o valor da entrada é em conta: 3 euros por adulto.
Segue-se um corredor onde ficam as casas de banho que podemos utilizar por 20 cêntimos, um cabide para os casacos (é colocar e deixar, sem problemas) e uma mesa e cadeiras com jogos infantis.
Vejam
este site para uma ideia mais precisa do mobiliário.
Vale mesmo a pena!
De certa forma, faz lembrar o mobiliário alentejano :)
Mobília pintada com flores e cores de fundo como branco, vermelho escuro, verde escuro ou azul.
Mas o que me deliciou mais foram os painéis da vida quotidiana pintados nos móveis. Lindos!
Gostei de tudo:da montagem dos cenários, das salas de estar, dos noivos, das camas, dos berços, das malas para a escola, das arcas,...
O Museu também explica a importância de Hindeloopen como
Cidade Hanseática.
A partida dos barcos para o Mar Báltico, as trocas comerciais com a cidade de São Petersburgo, na Rússia, e a chegada seis meses depois a Amesterdão, onde as mulheres dos marinheiros iam esperá-los e comprar objectos de luxo.
Podemos entrar numa réplica de um barco e assistir a um filme explicativo.
À saída, comprámos algumas recordações e ainda nos ofereceram dois tickets para tomar café no
`t Kalkoentje.
Muito cozy! As cortinas com os seus motivos vermelhos e brancos, os móveis castanhos, espaço, lareira.
Um mimo! Excelente café, saborosa bolachinha de erva-doce e um atendimento muito simpático!
Depois, foi "wandelen": passear pelas ruas estreitas, pelos canais, fotografar a Casa do Capitão, entrar numa loja enorme onde se vende mobiliário típico da região e ver as montras dos antiquários. Não esquecer que o comércio fecha às 17 horas.
Gostei das encostas...
Abrir a cancela, subir as escadinhas e ver o prado onde ovelhas pastam junto ao mar...
A percepção exacta que a vila está abaixo do nível do mar.
A noção precisa de estarmos nos Países Baixos.
Como se já não bastasse, vimos um desporto que nunca tínhamos presenciado:ski aquático com pára-quedas! Eles voavam por cima das ondas!
Por fim, fomos em direcção à marina, onde fotografámos alguns barcos muito bonitos.
O tempo piorava. O céu estava a pôr-se negro. Começou a chover.
Estava na hora de partirmos. Assim fizemos com o coração quente e cheio!