Monday, 18 July 2016

"Exit" - Uma peça de teatro do Vis à Vis


"Exit", uma peça de teatro pela companhia Vis à Vis em Almere


No dia que Portugal ganhou o Campeonato Europeu de Futebol, vi, pela primeira vez, uma peça de teatro em neerlandês. A minha amiga B. tinha dois bilhetes e convidou-me para ir com ela assistir à peça. O Vis à Vis é um grupo de teatro já com 26 anos de existência e actua desde 2007, ao ar livre, junto à praia de Almeerderstrand, em Almere. A companhia tem privilegiado as comédias, que são apresentadas de uma forma algo espectacular, e sempre com uma mensagem intrínseca, relacionada com temáticas actuais e que acabam por nos tocar a todos.

O cenário da peça "Exit"

Um conjunto de contentores assentes em carris albergava os diferentes cenários da peça.



Na foto abaixo, as personagens principais.



Num segundo momento da peça, os contentores abrem-se para dar espaço a um cenário completamente diferente, mais verdejante.



Sinopse:


Dois irmãos holandeses tentam fazer negócio junto de uma empresa chinesa. A senhora de verde, na fotografia acima, representava a chinesa e o rapaz de cabelo pintado uma espécie de intérprete. Pelo que entendi, os chineses queriam comprar a empresa aos holandeses e que um deles se mudasse para a China para continuar à frente do negócio. Os irmãos reúnem-se para decidir o que fazer e um deles diz não querer vender a empresa, que sempre foi da família. O irmão que pretende efectuar a venda tenta convencer o outro e diz-lhe que poderia criar um clone de si próprio e assim enganar os chineses. É aí que o irmão dissonante desaparece de cena, para não ter de assinar o contrato, mandando, mais tarde, raptar o irmão para lhe dar uma lição. No dia do sequestro, o irmão raptado vai parar a um cemitério verdejante, num dia de demonstrações de campas e funerais de diferentes tipos ao gosto do freguês ( tudo orquestrado pelo irmão, claro), como por exemplo:

à New Orleans, com música jazz ao vivo,





ou à mexicana, inspirado no célebre Dia dos Mortos.





Na parte final, o irmão que queria fazer um clone de si próprio é persuadido a entrar num dispositivo de criopreservação. Ao "voltar à vida", supostamente 100 anos depois, vê-se rodeado só com clones de si próprio, ficando muito assustado.



É aí que o irmão aparece e explica a lição que lhe quis dar. Ele é "salvo" e os dois acabam por não vender a empresa aos chineses.


9 comments:

Sami said...

Parece uma peca de teatro interessante Sandra.
Boa semana.

Margarida Elias said...

Deve ter sido bem interessante. Gosto da mão gigante. Beijinhos!

Presépio no Canal said...

Sami e Margarida,

De uma forma bem divertida, abordaram a compra de empresas europeias pela China. ;-)

Beijinhos!

bea said...

Sim, também julgo que deve ter sido interessante. Os chineses andam por todo o lado a comprar tudo. E o mundo parece nem reparar. Estou a ficar de olhos em bico com isto.

Presépio no Canal said...

Bea,

ahahah Bem esgalhada, a dos "olhos em bico". ;-)
Boa noite!

MR said...

Uma bela cenografia. E lá voltou a mão gigante. :)
Boa tarde!

Os olhares da Gracinha! said...

Pelas imagens adivinha_se bem interessante!
Gostei das imagens... Bj

Presépio no Canal said...

MR,

É verdade! :-))
Bom dia!

Presépio no Canal said...

Graça,

Obrigada. A peça foi bem divertida, com aquela abordagem aos chineses e aos funerais mais festivos, e também aos sustos provocados pelos clones.
Bj amigo.