Ainda no rio Vecht...
Esqueci-me de colocar estas fotografias no post anterior. Assim sendo, fiz um novo, e juntei um poema e um concerto.
Barcos adormecidos
Patos despertos e também adormecidos
Urgentemente
É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.
é urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos
muitas espadas.
É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras
Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.
É urgente um barco no mar.
é urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos
muitas espadas.
É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras
Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.
Eugénio de Andrade, in Até Amanhã, 1956
4 comments:
Adoro este poema!
Os olhares são lindos...tal como o vídeo!
Bj
Graça,
Também é um dos meus poemas favoritos. :-)
Bj amigo!
Gosto muito de rios e mar com barcos. Mas nunca farei um cruzeiro, a não ser nos fiordes da Noruega.
Bom fim de semana!
MR,
O meu marido está sempre a falar nesse cruzeiro. Pelas fotografias que já vi na net, deve ser lindíssimo.
BFS!
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