Vou mais ou menos assim...a curtir os 40....

Gostei da caminhada matinal de hoje pelas ruas frondosas do bairro.

Está um calorzinho bom, que aconchega.

Hoje bebi um smothie de vegetais e soube-me muito bem.

Retomei as aulas de Pilates, Stretching e Meditação e tem sido muito relaxante.

Ontem, petisquei só um bocadinho de comida indonésia (tenho de evitar os fritos, mas, como foi oferta da M., dei só uma trincadela). 

A dieta que iniciei em Portugal, durante as férias, está a desintoxicar-me e a "fechar" o meu estômago. O meu corpo queixa-se muito quando como fritos, carne vermelha, sumos ditos naturais de garrafa (por causa dos açúcares), pão, batatas, massas, pizzas, arroz. Já nada disto me sabe muito bem e praticamente deixei de comprar. O corpo reage mal a estes alimentos: fico inchada, parece que vou explodir e me deram uma sova. Vá lá, duas colheres de arroz ou duas batatas pequenas e pronto.

Tenho levado a dieta mais a sério, sem qualquer tipo de sacrifício. Deixei de beber café em casa (na rua, já pouco bebia), ingerir açúcar (usava do amarelo), comer fiambre e queijo Gouda. Agora, ao pequeno-almoço, bebo um copo de água morna com gotas de limão, como um kiwi, cereais e tomo um Yakult. A meio da manhã, um iogurte Activia. Tenho comido mais amiúde, saladas, carnes brancas e cremes de legumes, frutos vermelhos, nozes brasileiras, peixe e marisco e o Hipotiroidismo agradece. Mas devo confessar que às vezes prevarico - em casa da I., por exemplo, comi pão com manteiga (era boa!) e marmelada caseira (há quanto tempo!!). Estou mais controlada com os chocolates. O pior foi no outro dia, em casa de uma amiga holandesa, que me preparou um pratinho deles, cada um melhor que o outro. O meu vizinho J. também faz uns bolos muito bons e, de vez em quando, aparece aqui com umas fatias.

Soube-me bem um Martini Lichees que bebi no outro dia no Momo, em Amsterdam. Mas noto que o álcool afecta-me mais do que dantes. O corpo está a mudar. São os 44? Talvez. As duas cervejas Palm que bebi com a R., no nosso jantar em Hertogen Bosch, souberam-me bem, mas, depois, senti-me que a modos que "intoxicada". Ultimamente, apetece-me muito chá de menta fresca. 

Gosto de rever as minhas amigas quando regresso de Portugal. E de lhes dar os presentinhos que trouxe da terra-mãe. Ainda falta a H., que gosta tanto de chá como eu. E gosto dos convites que me fazem, dos sítios onde me levam. Sempre gostei de surpresas, de descobrir coisas novas.

Também dei um presente a mim própria: fiz uma Tao Massage na Rituals que me soube pela vida (é feita com bambus). A Rituals é holandesa. Não sabia até vir para cá.

Estou a gostar dos 40. Estou a respeitar-me mais, ao nível da saúde, do relacionamento com os outros, do relacionamento comigo.

Noto que cada vez gasto menos e cada vez dou mais. Estou mais e mais minimalista. Amanhã vou dar 15 sacos cheios de coisas bem estimadas. Chego à conclusão que quando me juntei, entusiasmei-me nas lojas para a casa, sem contar que já tinha muito enxoval e também aceitei muitas coisas que não me faziam falta. Ter vindo para a Holanda ensinou-me a deixar ir, a fluir, a simplificar.

Há momentos, em que gosto especialmente de viver neste país. Ontem fomos à Summer Night Shopping na cidade (não para comprar, mas para ver as actividades de animação) e reparámos que ninguém levava indevidamente as almofadas que a Waar, uma loja de comércio justo, expôs para venda nos bancos da cidade. Não tenho nada da Waar, mas já comprei para oferecer. Mais, eles vendem produtos da Artelusa.

Continuo a não reparar nas montras quando vou ao Red Light District. Só tenho olhos para os edifícios.

Detesto o cheiro a charros que às vezes sinto nas ruas, sobretudo em Amsterdam. Blhéc! Que seca!

Temos descoberto restaurantes novos. E bons. E aceito sugestões.

No carro, tenho ouvido David Bowie, Waterboys e Annie Lennox. Muito.