Na véspera de partirmos para o Curaçao, os nossos vizinhos estiveram cá em casa a tomar café e mostraram-nos as fotografias dos belos dias que passaram nesta ilha das Caraíbas. Um dos locais que me chamou a atenção foi a cidade-capital,
Willemstad e disse logo ao meu marido que tínhamos de lá ir.
A cidade é um caleidoscópio de cores. A arquitectura, de influência holandesa, é muito colorida (rosas, amarelos, azuis, vermelhos), sobretudo, na zona do cais. Aí, sim, os edifícios
estão bem cuidados e conservados, bem como, os mais emblemáticos, ou seja, os edifícios governamentais, situados no
Fort Amsterdam, em Punda.
Na fotografia abaixo, o primeiro monumento que vimos, após estacionar o carro no parque subterrâneo. Nada mau...Estávamos perante a
Mikvé Israel-Emanuel Synagogue, considerada uma das mais antigas da América. Esta sinagoga, que data de 1692, foi construída por judeus sefarditas oriundos de Amsterdão e do Recife, no Brasil. De referir que os primeiros 70 judeus que chegaram ao Curaçao eram de descendência portuguesa.
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Embora tivéssemos iniciado o nosso passeio pela manhã, o calor era abrasador. O dia estava muito, muito quente e o sol escaldava. Logo me apercebi que teria de ver a cidade de uma forma mais apressada.
No caso de visitarem Willemstad, aconselho, vivamente, a utilização de protector solar de factor elevado, quer no rosto, quer no corpo, para evitar escaldões. Levem também garrafas de água para não desidratarem durante o passeio, óculos de sol para não encadearem com a luz, boas sandálias e creme refrescante para os pés para evitar inchaços devido ao calor, e chapéu, claro. Só me esqueci do chapéu no
resort...Cabecinha de vento, pois...
Depois do passeio junto aos principais monumentos, seguimos para o cais, para tirar mais umas fotografias, incluíndo ao
edifício Penha.
No entanto, as temperaturas elevadas dificultavam a tarefa (sei que estas fotografias não estão lá grande coisa). As duas fotos abaixo são do outro lado da baía, ou seja, da
Otrobanda, considerada a zona mais pobre da cidade. Este bairro tem sido alvo de recuperação e há ruas onde o contraste entre o estado das casas é deveras flagrante: umas muito bem recuperadas, outras em muito mau estado.
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Ao meio dia, já estava a sentir-me mal com o calor e procurámos abrigo em Rif Forte, onde acabámos por almoçar ao fresco. Neste forte, funciona um centro comercial, com lojas de luxo, restaurantes, cafés e esplanadas.
Após o almoço, voltámos ao hotel para tomar um duche e descansar.
Uma vez que alugámos o carro por três dias para explorar a ilha, voltámos novamente a Willemstad, num fim de tarde, para conhecer mais um pouco da cidade. Desta vez, fomos até ao seu ponto mais alto, o Fort Oranje Nassau (assim chamado em honra da Casa Real holandesa). Este forte, onde, agora, funciona um restaurante, oferece belas panorâmicas da cidade de Willemstad.
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De lá, podemos ver também a refinaria, situada próximo do aeroporto. Ao passar, de carro, pela refinaria, nota-se logo o cheiro. Esta refinaria, que já foi propriedade da Shell e depois do governo, pertence, neste momento, à empresa venezuelana
PDVSA.
Se voltarmos a Willemstad, quero visitar, com mais atenção, o bairro judaico de
Scharloo em Punda, com as suas bonitas mansões de estilo italiano, construídas pelos judeus sefarditas que habitaram a ilha, bem como, desta vez, sem falta, o
Museu Kura Hulanda dedicado ao comércio escravo transatlântico levado a cabo entre os séculos XVII e XIX. Tive imensa pena de não ter visitado este museu, mas, já não me senti em condições, devido às temperaturas elevadas que se fizeram sentir e ao muito que já tinha caminhado nessa manhã.