Wednesday 31 December 2014

Bedankt meneer Van Dalen


E nesta despedida de 2014, não posso deixar de partilhar o video de agradecimento ao célebre meneer Van Dalen (senhor Van Dalen), manager dos supermercados Albert Heijn. O actor Harry Pieckema que interpretou a simpática personagem e foi o rosto da mais conhecida marca de supermercados holandesa durante os últimos 10 anos, despede-se, agora, para abraçar novos desafios. Para ele, muito boa sorte!





Há 7 anos que o acompanhamos e ele a nós. A primeira vez que o vimos foi quando ligámos o televisor do quarto de hotel em Amesterdão, onde ficámos no nosso primeiro mês de Holanda. Não conhecíamos cá ninguém, estava escuro e frio lá fora, ficava de noite às quatro e meia da tarde, e sentíamos falta de um espaço mais pessoal, mais privado, mais homy... Mas depois, tudo melhorava um bocadinho quando aparecia o senhor Van Dalen, com a sua friendly face, a sua bonomia, o seu sorriso, que, de alguma forma, nos fazia sentir em casa, sem estarmos em casa nenhuma, e parte de uma casa maior que não conhecíamos, a Holanda....

Para o senhor Van Dalen, muito obrigada, especialmente, pela companhia que nos fez nessas semanas, em que nos sentimos mais sozinhos, deslocados e até um pouco perdidos...Bem haja!


Tuesday 30 December 2014

FELIZ ANO NOVO!!


VOTOS DE UM BOM ANO DE 2015 PARA TODOS VÓS!


(fotografia tirada aos Pirenéus, de avião, na viagem de regresso aos Países Baixos, neste mês de Dezembro de 2014)

Que todos os vossos desejos se concretizem e que 2015 seja um ano de Saúde, Paz e Prosperidade.

A todos, MUITO OBRIGADA pela vossa excelente companhia ao longo de mais este ano.

Bom Ano!!!!


Sunday 28 December 2014

A lenha e servida em placa de xisto


Foi um impulso. Passámos pela Woodstone e decidimos entrar para jantar.

E gostámos muito! Uma pizza bufalla, confeccionada em forno de lenha e servida em placa de xisto.

Segundo li no site, a Woodstone só utiliza ingredientes  biológicos e oferece também pratos gluten free e de baixas calorias.  Vou ter de voltar para explorar melhor estas possibilidades. Gosto muito de comida italiana, mas tenho de ter algum cuidado e não cometer abusos de maior, por causa da minha dieta específica para o hipotiroidismo. 

Deixo a morada e o número de telefone para quem queira e possa lá ir, caso passe por estes lados.

Woodstone Almere
Belfort 13 
1315 VA Almere 
T. 036 - 30 30 310



Também existe em Haarlem e Hoofddorp. 

Bom apetite!


Saturday 27 December 2014

As decorações de Natal em Almere


As decorações natalícias são, geralmente, as mesmas todos os anos (creio que por uma questão de boa gestão de recursos públicos). As de Almere, acho particularmente bonitas. Eis aqui as minhas preferidas.


A Árvore de Natal branca decorada com bolas vermelhas

Esta árvore fica junto ao V&D (uma espécie de mini Corte Inglês cá do sítio), mas temos outra semelhante junto ao lago Weerwater, um pouco mais à frente.




As iluminações em frente ao cinema Utopólis (arquitecto Rem Koolhaas)

Gosto especialmente desta praça, onde fica também a segunda árvore branca que referi acima.




A Árvore de Natal azul debaixo da nova estrutura de protecção, no centro da cidade.



O centro de Almere é uma zona comercial ao ar livre, de ruas largas e desenhada por arquitectos de renome. Muito agradável na Primavera e no Verão. Já no Inverno... Quando chovia, não tínhamos um espaço onde nos abrigar. 
Imaginem o que é andar carregada com sacos de compras e, de repente, começar a chover a cântaros mais "aquele" vento que, além de frio e cortante, parece levar-nos pelos ares...
Complicado...Aqui, pelo menos, já temos "para onde fugir"...;-)) 



As aberturas no topo destinam-se a evitar a concentração de barulho e ruído.


Thursday 25 December 2014

Estandartes do Menino Jesus


Este Dezembro,
numa noite iluminada,
a caminho da estação de comboios da Amadora,
vi estes estandartes do Menino Jesus e foi uma agradável surpresa.
Há muito que não os via nas varandas dos prédios. Acho mais bonito e adequado do que a figura do Pai Natal a trepar pelas paredes das casas.




Neste dia, tinha ido conhecer a casa da minha amiga C. e foi, já no regresso, quando a C. me foi levar à estação, que os vi. 


Esta fotografia foi tirada pela minha amiga, com o telemóvel, dias depois.

Mais uma vez, com a azáfama, tinha-me esquecido da máquina fotográfica em casa ...

Para todos, continuação de um...


Feliz Natal!

Wednesday 17 December 2014

Feliz Natal e Bom Ano Novo!



A todos os Amigos, leitores, comentadores e seguidores deste " Presépio com Vista para o Canal", queremos desejar:


VOTOS DE UM FELIZ NATAL E BOM ANO NOVO!


Fotografia do presépio da minha madrinha (2014)







Tuesday 16 December 2014

Reparar na beleza ao nosso lado...e valorizá-la...


Nestes 12 dias bem preenchidos em Lisboa, em que não tive tempo para explorar a cidade de forma activa, houve alguns momentos doces e bonitos que vieram ao meu encontro, sem que nada estivesse planeado. Esses momentos acabaram por suavizar, antes ou depois, algumas contrariedades e notícias menos boas com as quais não contava. Vivam, pois, esses instantes de boas surpresas com que a vida nos vai presenteando e amenizando o dia-a-dia!

O caminhar apressado pela Rua Augusta que abrandou por uns momentos, no vislumbre de relance desta antiga loja de cafés...Voltei atrás uns passos e tirei uns segundos para a fotografia. Um momento a relembrar tempos idos, em que tudo andava mais devagar... Em miúda, ainda cheguei, várias vezes, a comprar 1/4 de café para a minha avó, quando "ia aos mandados". Sorri e voltei a apressar o passo, mas, desta vez, com uma luzinha de memórias de tempos muito especiais cá dentro...




No meu penúltimo dia em Portugal - partiria no dia seguinte, à hora do almoço -, com a noite à janela e os sacos dos presentes de Natal aos pés, ainda consegui lanchar na Confeitaria Nacional. Este momento apaziguador de Bolo-Rei e chá de menta precedeu a notícia triste que ia receber, em casa da minha madrinha, quando lhe fui dar "as broas do Natal", nessa mesma noite - o falecimento de um vizinho muito querido. Ainda há 2 dias, tinha estado a visitá-lo e à mulher e levado um pacote de fraldas para ele e 3 pares de sapatos da minha mãe, por estrear, à senhora. Os dois com reformas pequenas, mas sempre com o espírito grande e ameno. Tenho a certeza que o vizinho M. está num céu cheio de flores, ele que adorava a terra e a Natureza...




A caminho da casa dos amigos onde fiquei nos meus primeiros dias em Lisboa, deparei-me com este bonito painel de azulejos, na Avenida da Liberdade, junto ao Espaço Delta Q e que me apaziguou o dia movimentado e de novidades inesperadas. Neste célebre dia 1, segunda-feira, tive uma consulta de oftalmologia, muito especial...



A história ...

Há 7 anos que vivo na Holanda e ainda não consegui ser observada por um oftalmologista, só por optometristas. Há ano e meio, queixei-me ao médico de família, que me sentia a perder a visão, e que o olho esquerdo estava pior. Examinou-me com uma luzinha e disse que não era preciso ir ao oftalmologista, ainda que tivesse mencionado que me sentia em esforço e um grande cansaço na cabeça. Este ano, sentindo-me a piorar ainda mais, fui ao optometrista, que também nada adiantou e, como por estes lados, nunca vi consultórios privados de oftalmologia, resolvi contactar com a médica da minha mãe, em Lisboa e agendei uma consulta para este mês, uma vez que já tinha consultas marcadas na Malo Clinic para este período também.
.
A Dra A. diagnosticou-me, após exames vários, hipermetropia, ou seja, dificuldade em ver ao perto, para além de confirmar que o olho esquerdo está, de facto, muito fraco. Podem imaginar a minha irritação! Ainda se tivesse sido descuidada, mas não... Há ano e meio, fui ao médico e pedi que me passasse para um especialista. Eu sofro de miopia e astigmatismo desde os 6 anos (em miúda, era seguida no Instituto Gama Pinto) e julgava que só precisava de uma mudança de graduação. "São os 44 anos.", disse a médica, "Quero vê-la novamente daqui a 2 anos". Naquele momento, senti-me a envelhecer...

Dias depois, por acaso, encontrei o meu médico de família, e acabámos por tomar um cafezinho juntos. Contei-lhe o que se estava a passar, ao que ele perguntou logo: " Mas ninguém te alertou que isso podia acontecer a partir dos 40 anos?!". "Por isso, é que eu tenho saudades suas..." respondi.

Depois da consulta com a médica, fui à Óptica do Conde Redondo, comprar lentes progressivas e escolher nova armação. Gostei imenso do atendimento, simpático e muito profissional. Ajudaram-me em tudo, a escolher a armação e as lentes (a minha vista estava num dos seus piores dias e eu estava muito cansada da cabeça), e disseram-me que estaria tudo pronto ainda nessa semana, quinta-feira. A minha sorte, no meio de toda aquela despesa inesperada, foi a oferta dos óculos de leitura e das lentes progressivas para os óculos de sol.

Já de noite e muito cansada, fui tomar um cafezinho ao Espaço Gant e no caminho de regresso a casa, ainda  mal refeita da novidade e da despesa, reparo neste bonito painel de flores e em como a beleza também vem ter connosco quando precisamos de um miminho...

Às vezes, mais do que uma vez, durante o dia...

Um pouco mais à frente, um dos mais belos edifícios da Avenida da Liberdade e cuja beleza acalma qualquer coração mais irritado, aborrecido ou contrariado...

É caso para dizer que o Diabo (das notícias chatas) veste Prada (sendo que, para mim, Prada aqui é o vitral) ...;-) 





Saturday 13 December 2014

Matar Saudades de Lisboa...


(o título pomposo que arranjei para "facadinhas na dieta")

:-)))


Gelado de Ananás de São Miguel, o meu sabor favorito (Santini)



Em Setembro, foi com este gelado que terminei a minha estadia em Portugal, após ter ido à Papelaria de Belas Artes comprar papel cristal para embrulhar uma fotografia muito bonita que me foi oferecida por um amigo meu, fotógrafo. Agora, voltei lá novamente, antes de ir à Bertrand, comprar um livro para oferecer à minha prima E., que fez anos no passado dia 1, e com quem, 4 dias depois, passei horas maravilhosas à conversa. 


Uma fatia do meu bolo-rei favorito (Confeitaria Nacional




E que me soube pela vida, com um chá de menta, após uma tarde preenchida com uma consulta e várias (deliciosas) comprinhas de Natal.


Alheira de caça com migas (Restaurante Serra da Estrela, no Centro Comercial Vasco da Gama)


A "facada" maior na minha dieta, mas que me soube muito, muito bem...a par das outras "facadinhas" menores, como duas queijadinhas de leite e uma torta de Azeitão. 
A minha carne não é fraca, é fraquíssima...:-))) Mas, pronto, fartei-me de palmilhar Lisboa, para compensar...



E, claro, não podia faltar o nosso cafezinho, neste caso na Gant, à Avenida da Liberdade

E sim, o Espaço Delta Q, à mesma Avenida, também não me falhou. Pena que me esqueci da máquina, com a azáfama das consultas de medicina dentária e oftalmologia.




Friday 12 December 2014

Do Natal, em Lisboa, 2014



Do Natal, em Lisboa, 2014


Natal, para mim, é deixar alegrias em regaços...

E no regaço da minha mãe, já deixei....




As luzes de Natal da Baixa de Lisboa, em fotografias ( a mãe já anda muito pouco e tem muitas dores para poder passear na Baixa).




Um pacotinho de castanhas assadas, quentinhas, que as pernas também não deixam vir comprar.




E alguns presentes a calhar, como uma árvore de Natal pequena, já decorada com uma correntinha e bolinhas douradas, que comprei na Casa e um presépio pequeno, na Nikolaus. A mãe ficou muito contente, pois já não tem forças nem agilidade para montar a árvore grande e o presépio tradicional. E assim, também já não terá trabalho a desmontar tudo e a limpar a sala. 

Outros miminhos que vieram da Casa: uma rosa num vaso branco que traz um spray com cheirinho a rosas e que fica muito bem no quarto de dormir e um outro spray, de lavanda, para a sala.

E nesta semana que passou, já...:

a "obriguei" a ir à cabeleireira e à esteticista. Neste momento, já tem o cabelinho cortado, pintado e penteado, bem como, sobrancelhas, unhas e buço arranjados. Rejuvenesceu 10 anos;

pus casacos e gabardines a arejar na varanda;

retirei do roupeiro todas as saias e calças que precisavam de arranjos de costura (bainhas subidas, apertos de cintura...), dividi em sacos, de acordo com as estações do ano, e a costureira já está a fazer os ajustes. A mãe está bem mais pequenina, devido aos problemas da coluna, e mais magra também. E sem força de braços para "dar a volta" ao guarda-roupa;

substituí a sapateira, que já estava velha, e com a ajuda de um vizinho, levei-a escadas abaixo, até ao contentor do lixo; comprei-lhe uma nova e já fizémos a selecção dos sapatos que pode e não pode calçar (a mãe já tem os pés um bocado inchados e deformados);

fiz sacos (menos que o habitual) de roupa e sapatos para dar e outros para deitar fora;

Tarefas que não podem ser feitas pela senhora que vai limpar a casa. Além de exigirem uma certa intimidade, a senhora é da Geórgia e não fala português muito bem, o que dificulta a comunicação.

Dei alguma folga à minha madrinha e à vizinha que costumam dar o apoio mais contínuo: deitar o lixo fora, estender e apanhar roupa e trazer as compras da mercearia. Fiz recados e dei as voltas necessárias: como ir levantar dinheiro ao Multibanco, enviar encomendas pelo correio, carregar o telemóvel na papelaria ou ir buscar medicamentos à farmácia.

E já bebemos um copo de Porto juntas, a acompanhar as fatias de Sericaia da minha amiga C.

Também já lhe dei a caixa da praxe de chocolates "Mon Chérie"...

e partilhámos um belo de um bacalhau cozido.

Estou cansada, mas feliz.

Bom Natal a todos!!

PS: 

Obrigada, meus queridos, pelos comentários aqui deixados. Um beijinho muito especial a todos e a cada um!
João, não tenho fotografias das casas de Cabo Verde (não achei as da Ilha do Sal particularmente bonitas e, por isso, não fotografei). Beijinho grande! 

Monday 8 December 2014

Aos 44, um inusitado...


As ondas enormes deste dia galgaram o areal e surpreenderam-nos enquanto comíamos frutas da terra acabadinhas de comprar à senhora que víramos ao longe e as trazia numa cesta à cabeça.
No dia dos meus 44 anos, avancei de biquini preto, pelas ruas de Santa Maria, já de noite, à procura de um táxi. Era impossível vestir o que quer que fosse: a roupa era água e terra e não secou enquanto jantávamos na Ângela. Na foto, as toalhas estendidas com quilos de areia em cima, pesadas.
No final, ri de tudo isto, do inusitado e cómico da situação.
E pensei, com gosto : "Lá monótona, a minha vida não é.... ;-))"







(texto reeditado a 11.12.2014)

Saturday 6 December 2014

Thursday 4 December 2014

Cabo Verde, Ilha do Sal, Santa Maria: O Encontro com o Paco


As pessoas foram, sem dúvida, o melhor das férias. Admirei-lhes o saber viver, apesar da pobreza da ilha. Os cabo-verdianos que conheci transmitiram-me uma serenidade e alegria de viver que não encontro em pessoas minhas conhecidas, que vivem em condições muito boas (financeiras, com apoio familiar e sem problemas maiores de saúde). Realmente, é preciso sabedoria para saber valorizar o essencial. Todos com quem falei na ilha (sobretudo, em Santa Maria) me pareceram muito conscientes dos problemas do país (a falta de infraestruturas, os salários baixos, o turismo sexual, etc), mas ninguém se prestou a lamúrias e não se tomou mais tempo de conversa sobre esses assuntos que o estritamente necessário - muito dignos na forma de lidar com os problemas. Alegres, amistosos. Não senti inveja, nem deslumbramentos parvos. Senti sim, uma grande valorização da família e da amizade.




Na foto acima, o Paco, que conhecemos na nossa primeira ida a Santa Maria. 
Ele abordou-nos na rua onde o autocarro do hotel nos tinha deixado para irmos à praia. O intuito inicial era levar-nos a conhecer a sua loja de artesanato que fica numa rua um pouco atrás. A empatia com o Paco foi imediata e, muito naturalmente, fomos caminhando juntos, até à loja.  Lá, comprei-lhe uma Santa Maria e um colar. E, enquanto conversávamos, aprendi muito sobre cultura cabo-verdiana. No fim, o rio das palavras transformou-se num convite para almoçarmos juntos ainda nessa tarde. 
À hora combinada, esperava-nos um amigo dele (na foto abaixo), muito simpático. O Paco tinha ido buscar o almoço...




Na foto seguinte, o nosso manjar dos deuses: um arroz de galinha do campo de comer e chorar por mais. Para nós, foi o ponto alto da estadia em Cabo Verde: a comida foi colocada num banco de correr, os talheres distribuídos e começámos todos a almoçar a partir da travessa. Aí, conquistaram-me por completo. Adorei aquela simplicidade, aquela descontracção, o espírito genuíno do momento. E aproveitei o mais possível a beleza da preciosidade daqueles instantes.



No final da refeição, mais um presente: pulseiras de búzios, o primeiro dinheiro de Cabo Verde, como nos contou.

Momentos muito bonitos, estes - ali estava o Paco a passar tempo connosco que lhe era precioso para trazer clientes à loja. Tudo porque sim, porque gostou de nós e não queria deixar isso passar em "brancas nuvens".
Nunca esquecerei o brilho dos seus olhos, o entusiasmo das suas palavras. É quando encontro gente assim, que sinto que vale a pena estar viva. São eles que nos dão significado. O resto é o resto.

Estas são algumas peças da loja do Paco. Tudo artesanal. As tartarugas, símbolo de Cabo Verde e, atrás, as Santas Marias.



(texto reeditado a 11.12.2014)

Tuesday 2 December 2014

Cabo Verde, Ilha do Sal, Buracona


Eis-nos na Buracona. O nosso motorista, na fotografia, a quem nós não pagámos só o preço de amigo que ele nos propôs. E garanto que o ajuste foi mais que merecido. O caminho até à Buracona é péssimo. Ia cheia de receio que algo acontecesse ao táxi. Valeu-nos a perícia deste rapaz, além da paciência que ele teve comigo, que gosto de observar as coisas com muita calma.




















Na foto abaixo, outro simpático cabo-verdiano que estava a servir de guia a outros turistas.


Sunday 30 November 2014

Cabo Verde, Ilha do Sal, Salinas de Pedra do Lume



Eu acredito, de certa forma, no Destino. No dia que vimos as Salinas de Pedra do Lume e a Buracona, não estava, de todo, previsto. No dia anterior, tínhamos tentado falar com a representante da agência de viagens para marcar lugares na excursão, mas sem sucesso. Supostamente, a senhora estaria no hotel entre as 9h e as 9h30, mas não apareceu. Assim, decidimos ir para Santa Maria, à praia. Ao almoço, fomos ao restaurante da Ângela à procura de Cachupa tradicional, mas também sem êxito - tinha sido no dia anterior. E nós a seguir o motto de Cabo Verde, "Sem stresses".

O calor, entretanto, começou a apertar e falamos em apanhar um táxi que nos leve ao Hotel. Meu dito, meu feito, surgiu um no horizonte. O rapaz, muito simpático, sugere levar-nos às Salinas e à Buracona, após ouvir a nossa história. "Amanhã?" perguntámos. "Amanhã?! Não! Agora, que o tempo está bom!" Gostei da resposta rápida, divertida, espontânea. Negociámos o preço, que foi de amigo, como ele disse, porque éramos portugueses e simpáticos. Foi assim, que chegados ao Hotel, nem saímos e seguimos em direcção às Salinas para flutuar um bocadinho. O sal, disseram-nos, era óptimo para a pele. Eis, pois, as Salinas de Pedra do Lume. Espero que gostem.















Friday 28 November 2014

Cabo Verde, Ilha do Sal, Santa Maria: A Pesca de Arrasto


Que era interessante e bonito observar os pescadores a amanhar o peixe no pontão, isso já nós sabíamos e esperávamos. O que não contávamos era, de repente, começar a ouvir os gritos de chamada dos pescadores que estavam nos barcos, àqueles que estavam em terra...Só depois percebemos que havia ali um cardume enorme e havia que aproveitar a sorte, ali à mão-de-semear... O resto foi animação, alegria e inter-ajuda entre os pescadores e os turistas que estavam na praia...Momentos que nunca vou esquecer .. Algo de muito genuíno e poético tinha acabado de acontecer ali...


















O Hotel Melia Dunas disponibiliza gratuitamente três pequenos autocarros durante a manhã, a horas específicas, para nos levar até Santa Maria. À tarde, voltam para nos buscar. Não querendo ir e voltar às horas estipuladas, pode-se sempre chamar um táxi.