Wednesday 27 August 2014

Lille



No regresso a Almere, parámos em Lille para almoçar. Nunca tinha visitado esta cidade, mas gostei do que vi brevemente e, numa próxima vez, gostava de lá voltar com mais tempo (e menos chuva).

O primeiro ponto de visita foi a Catedral,






cujos vitrais achei muito bonitos ( especialmente para o João Menéres, que gosta muito de vitrais)















Vejam só como estava o cëu...

A Câmara de Comércio

Fundada em 1701 por Luís XIV.



Mais uns pequenos apontamentos da parte velha da cidade e que gostei muito...









La Vieille Bourse



Quero mesmo lá voltar...Nem que seja para matar saudades desta maravilhosa mousse de chocolate...




(Fomos tão bem atendidos no restaurante! Com atenção e genuína simpatia! Soube tão bem!)

 Alguma sugestão de visita?


Saturday 23 August 2014

Em Paris



O Café de la Paix

Nesta visita a Paris, concretizei um desejo antigo: jantar no Café de la Paix, junto à Ópera Garnier (1875). 

Há 9 anos, quando visitei a Ópera Garnier, fiquei encantada com o seu belíssimo tecto (1963-1964)  pintado por Marc Chagall (1887-1985). 

Desta vez, deixei-me levar pela beleza dos tectos do Café de la Paix.  É certo que o jantar foi delicioso (provámos o menu de degustação), o vinho soube muito bem, a senhora que nos atendeu foi uma simpatia, mas vim encantada com a arquitectura, as pinturas dos tectos, a talha dourada e, sobretudo, por verificar o bom estado de conservação em que tudo se encontra. Muito bom!




O Café de la Paix abriu as suas portas ao público em 1862. Um pouco mais de um século depois, em 1975, foi classificado como monumento histórico nacional pelo governo francês. Os escritores Émile Zola e Guy de Maupassant foram alguns dos seus mais célebres frequentadores, bem como, o Princípe de Gales e futuro Rei do Reino Unido, Eduardo VII.



O Café de la Paix faz parte do Hotel Intercontinental, construído na época do Segundo Império e inaugurado pela Imperatriz Eugénia, esposa do Imperador Napoleão III. À época, chamava-se Le Grand Hôtel Paris e foi construído no âmbito da renovação da cidade, levada a cabo pelo Barão Haussmann.


Na Torre Eiffel

Depois do jantar, fomos de metro até à Torre Eiffel e subimos até ao segundo andar. Para ir até ao topo, tínhamos de ter chegado antes das dez. A vista é bonita, mas, na minha opinião, não justifica passar horas esquecidas em filas. Não foi o caso, que conseguimos chegar rapidamente à bilheteira.




Acho a visita à noite mais interessante: a Torre fica muito bonita iluminada e consigo apreciar com mais detalhe a sua arquitectura .




E a propósito de Torre Eiffel, lembram-se do videoclip dos Duran Duran, A View to a Kill ? ;-)






A Catedral de Notre Dame

Esta foto já foi tirada no terraço do Instituto do Mundo Árabe, que fica perto da Catedral de Notre Dame.




Depois de visitar a exposição sobre o Expresso do Oriente, fomos a pé até à Catedral. Desta vez, não a visitei porque a fila era enorme, mas gostei de ver que a fachada está um brinco. Eu fujo de filas como o diabo da cruz. Também, por isso,  não visitei ainda o topo do Arco do Triunfo.





Impressões gerais sobre a cidade

Paris deixou-me um pouco triste e desiludida desta vez.

Já não a senti como antigamente: sofisticada, glamourosa, elegante, vibrante, com uma classe média forte...Achei-a, sim, mais suja e especialmente mais pobre. Vi várias lojas encerradas, muitos pedintes, pessoas estendidas no chão e, por variadíssimas vezes, fomos abordados por mendigos. Senti-me insegura na cidade... e isto nunca me tinha acontecido. Paris pareceu-me bem mais pálida, cinzenta, sem aquele brilho de outrora ... E não gostei de ver as "praias" junto ao Sena, nem os muitos graffitis de assinatura...

Vi também muitos muçulmanos e, pela primeira vez, senti-me parte de uma minoria. Houve momentos que pensei estar num país árabe. A maioria dos muçulmanos passeava tranquilamente em família, outros pediam dinheiro.

No caso dos turistas, vimos muitos chineses, muito mais que o costume. Já japoneses, nem por isso...

Por fim, as estradas pelas quais passámos, à entrada de Paris, estão em péssimo estado, cheias de remendos e com as bermas muito sujas. Ainda me lembro quando eram autênticos tapetes...


Realço três aspectos positivos:

Os monumentos pelos quais passámos tinham as fachadas limpas;

O Metro está agora mais seguro com as obras de requalificação das estações e as novas plataformas de segurança, em vidro. Assim, evitam-se quedas, acidentes e coisas piores...;

As mercearias de bairro e o facto de estarem abertas à noite (vi-as enquanto andava a passear no Marais, onde gosto sempre de voltar quando vou a Paris...).

Friday 22 August 2014

Da visita ao Orient Express


Da visita ao Orient Express, em Paris

Os painéis decorativos de René Lalique (1860-1945) 

Pormenor de um painel decorativo do vagão-restaurante onde Hercule Poirot terá desvendado o Crime no Expresso Oriente, a célebre história de crime e mistério de Agatha Christie, de 1934.



Um dos painéis por inteiro.



Os jornais de época

Um dos pormenores da cenografia da exposição que mais apreciei: a reprodução de jornais de época com animação digital. Neste caso, sobre a declaração de guerra do Reino Unido à Alemanha Nazi. O Orient Express irá interromper as suas viagens durante a Segunda Guerra.



Artefactos de época

Gostei especialmente desta máquina de calcular...



Recriação de uma viagem de Agatha Christie no Orient Express (a autora viajou pela primeira vez, neste comboio, no Outono de 1928). Nesta recriação, imagina-se Agatha Christie a tomar notas e a preparar o seu livro "O Crime no Expresso Oriente". Ao lado, uma reprodução da notícia em que se inspirou para criar a história: o rapto e assassinato do filho de Charles Lindebergh, em 1932.



No interior do edifício do IMA

Já no interior do edifício do Instituto do Mundo Árabe (IMA), a segunda parte da exposição:

Imagens de passageiros famosos do Orient Express. Destaco dois:

a famosa dançarina, cortesã e espia a favor da Alemanha durante a Primeira Guerra Mundial, a holandesa Mata Hari (nasceu em Leeuwarden, na província da Frísia, em 1876),



e o arménio Calouste Gulbenkian (1869-1955), um dos homens mais ricos do mundo, na primeira metade do século passado, devido aos seus negócios na área do petróleo, e conhecido coleccionador de obras de arte. 

Calouste Gulbenkian teve um papel preponderante na fusão da holandesa Royal Dutch Petroleum Company e da britânica Shell Transport and Trading Company Ltd, em 1907 e que hoje, conhecemos simplesmente, como Shell.






E, por fim, uma partitura de música do Orient Express...




A exposição oferece muito mais, como os anúncios ao Orient Express, mapas do percurso, filmes antigos, pormenores decorativos, baixelas, exemplos de trabalhos em marqueteria, etc. Vale a pena lá ir!

Tuesday 19 August 2014

L' Orient Express, no IMA, em Paris


Este fim-de-semana, fomos até Paris, ao Instituto do Mundo Árabe (IMA), ver a exposição " Il était une fois L"Orient Express". Para quem estiver interessado, esta exposição está patente até ao final deste mês. 

A viagem de carro, de Almere até Paris, demora 4h30 e, conseguindo alojamento num hotel junto à Gare de Lyon, chega-se ao IMA, a pé, muito facilmente e em poucos minutos. O carro pode ficar num dos parques da Gare (onde, neste fim-de-semana, havia um desconto de 50%). Já no IMA, há vários locais onde podemos almoçar comida libanesa. No nosso caso, optámos pelo Café Noura, situado no r/c,, mas, para quem quiser e puder (é mais caro), há também um restaurante panorâmico no topo do edifício, junto ao terraço, do qual se avista a Catedral de Notre Dame.

Para mim, esta visita ao Orient Express foi muito especial, pelo carácter mítico deste comboio e pela oportunidade de apreciar os painéis decorativos de René Lalique. Gostei particularmente da cenografia e recriação dos ambientes, com especial destaque para o quarto da vitima da célebre história de Agatha Christie " Murder on the Orient Express".



Espero que gostem deste video, uma visita guiada pelo Comissário da Exposição, Claude Mollard.




O filme " Murder on the Orient Express ", de 1974, com vários actores consagrados, incluíndo Lauren Bacall, que nos deixou há poucos dias, e Albert Finney, no papel de Hercule Poirot.


 

Brevemente, colocarei aqui umas fotografias da exposição. Boa semana!


Friday 15 August 2014

Zaanse Schans: Moinhos e Portas




Do passeio com a A., o P. e a L.


Zaanse Schans é uma das maiores atracções turísticas dos Países Baixos. Situada a poucos km de Amesterdão, é local de visita obrigatória para conhecer os típicos moinhos, assistir ao fabrico artesanal das famosas socas e comprar uma ou mais variedades dos conhecidos queijos holandeses. Apesar da chuva, a visita correu muito bem e aproveitei para fotografar algumas das portas das casas típicas da região, sendo que uma delas é da primeira loja Albert Heijn, hoje uma emblemática rede de supermercados e considerada um trademark dos Países Baixos.




O nome "Zaanse Schans" deriva do nome do rio que banha a região, o "Zaan" e "Schans" do período da Guerra dos Oitenta Anos (1568-1648), em que a Holanda se revoltou contra o domínio espanhol. "Schans" (ou ""sconce" em inglês) significa pequena fortificação de defesa feita em terraplanagem.




O pintor impressionista Claude Monet pintou 25 telas desta região. 
Podem vê-las aquino livro que foi publicado em 2011.


Zaanse Schans está muito bem cuidada, apesar do enorme fluxo turístico. Vejam só a beleza destas portas...










E esta, da primeira mercearia Albert Heijn...



Esta região teve o seu apogeu nos séculos XVIII e XIX, durante o período da Revolução Industrial, com 600 moinhos em actividade, mas já no século XVII (durante o período conhecido como Dutch Golden Age (1584 -1702), em que a Holanda atinge o seu período áureo a nível comercial, científico, artístico e militar), era conhecida como o  maior centro de construção naval da Europa. 

Clicando aqui, podem encontrar mais informações sobre cada um dos moinhos, como por exemplo, o De Kat, onde se produzem pigmentos utilizados na pintura tradicional.

No filme abaixo, aos 2:27, podem ver como esta região é ainda tão dinâmica.





(e desculpem lá a falta de rigor do apresentador quando afirma que os holandeses descobriram o mundo...;-)

Tuesday 12 August 2014

Efteling


Do passeio com a A., a L. e o P.

Fomos ao Efteling. Para quem me acompanha há menos tempo, o Efteling é um parque temático situado num bosque, próximo da cidade de Tilburgo (no sul dos Países Baixos, na província do Norte-Brabante), dedicado às mais conhecidas histórias infantis.

Este parque temático, criado em 1952, delicia-me, sobretudo, pela sua floresta encantada (Sprookjesbos), desenhada pelo famoso ilustrador holandês, Anton Pieck (19.04.1895 - 24.11.1987). 

Clicando aqui, podem ter uma ideia das principais atracções deste conhecido parque temático.

Alguns exemplos....

O Rei dos Trolls, um conto de origem nórdica.




A Pequena Sereia ( De kleine zeemeermin ), um dos contos do dinamarquês Hans Christian Andersen.




Vrouw Holle, uma das histórias de fadas compiladas pelos Irmãos Grimm e publicada, pela primeira vez, em 1912, nos Contos de Grimm.




De Indische Waterleliesbaseado numa das 12 histórias do livro " Los doce cuentos maravilhosos"  da Rainha Fabíola da Bélgica.  




Nesta nossa segunda visita ao Efteling, estreámo-nos num Vôo de Sonho. Falo do Droomvlucht, um mundo de castelos e fadas, trolls e elfos, que nos deixa completamente maravilhados. A não perder! A pequena L., de 3 anos, delirou com as fadinhas. E nós também!






Mais umas fotos do Efteling para vos aguçar o apetite...




Gosto muito deste parque, mais do que da Eurodisney...




Talvez por sentir uma magia mais intensa, mais genuína, menos comercial...




Nós fomos por um dia. Não vimos tudo, mas saboreámos cada momento. Para quem desejar e puder ficar mais dias, o Efteling também disponibiliza um hotel.

Os preços das entradas no parque são mais acessíveis que na Eurodisney. O nosso bilhete de entrada foi o mais barato, pois já levávamos piquenique para o almoço e o jantar foi em Almere, num restaurante italiano que gostamos muito, o Pulcinella.

Clicando aqui, no Blogue, podem encontrar mais post's e fotografias do Efteling. Deixem-se ir e entreguem-se à magia deste belíssimo parque!






Ao Robin Williams, que nos deixou ontem e nos deu tantos momentos bons.





E num dos filmes que marcou a minha geração ( e não só...):

"Carpe diem. Aproveitem o dia, rapazes. Façam das vossas vidas uma coisa extraordinária." (O Clube dos Poetas Mortos, 1989)


PS: Sei que tenho andado muito ausente, mas em 6 anos de Holanda, acho que nunca tivemos um Verão tão bom, com tanta luz, temperaturas tão agradáveis e sem a terrível humidade que não nos deixa respirar. Esta semana tem chovido mais, mas o sol acaba sempre por aparecer. Já fomos à praia, a Katwijk aan Zee e sim, tomei banho de mar. Ao fim-de-semana, um geladinho no Mariola não falha; mais churrascos no quintal, jantares no Pulcinella, etc. Este Verão tem sabido mesmo bem. Tenho aproveitado para ler, estudar holandês e iniciei um novo hobby: comecei a participar em workshops de scrapbooking e de elaboração de postais ( a ver se, a seu tempo, partilho umas fotos). Queria vir aqui mais vezes, mas venho tão relaxada do ginásio, que só apetece duche, uma refeição leve e caminha. Mas nunca me esqueço dos meus amigos. Disso podem ter a certeza. Um beijinho! :-)