Sunday 30 November 2014

Cabo Verde, Ilha do Sal, Salinas de Pedra do Lume



Eu acredito, de certa forma, no Destino. No dia que vimos as Salinas de Pedra do Lume e a Buracona, não estava, de todo, previsto. No dia anterior, tínhamos tentado falar com a representante da agência de viagens para marcar lugares na excursão, mas sem sucesso. Supostamente, a senhora estaria no hotel entre as 9h e as 9h30, mas não apareceu. Assim, decidimos ir para Santa Maria, à praia. Ao almoço, fomos ao restaurante da Ângela à procura de Cachupa tradicional, mas também sem êxito - tinha sido no dia anterior. E nós a seguir o motto de Cabo Verde, "Sem stresses".

O calor, entretanto, começou a apertar e falamos em apanhar um táxi que nos leve ao Hotel. Meu dito, meu feito, surgiu um no horizonte. O rapaz, muito simpático, sugere levar-nos às Salinas e à Buracona, após ouvir a nossa história. "Amanhã?" perguntámos. "Amanhã?! Não! Agora, que o tempo está bom!" Gostei da resposta rápida, divertida, espontânea. Negociámos o preço, que foi de amigo, como ele disse, porque éramos portugueses e simpáticos. Foi assim, que chegados ao Hotel, nem saímos e seguimos em direcção às Salinas para flutuar um bocadinho. O sal, disseram-nos, era óptimo para a pele. Eis, pois, as Salinas de Pedra do Lume. Espero que gostem.















Friday 28 November 2014

Cabo Verde, Ilha do Sal, Santa Maria: A Pesca de Arrasto


Que era interessante e bonito observar os pescadores a amanhar o peixe no pontão, isso já nós sabíamos e esperávamos. O que não contávamos era, de repente, começar a ouvir os gritos de chamada dos pescadores que estavam nos barcos, àqueles que estavam em terra...Só depois percebemos que havia ali um cardume enorme e havia que aproveitar a sorte, ali à mão-de-semear... O resto foi animação, alegria e inter-ajuda entre os pescadores e os turistas que estavam na praia...Momentos que nunca vou esquecer .. Algo de muito genuíno e poético tinha acabado de acontecer ali...


















O Hotel Melia Dunas disponibiliza gratuitamente três pequenos autocarros durante a manhã, a horas específicas, para nos levar até Santa Maria. À tarde, voltam para nos buscar. Não querendo ir e voltar às horas estipuladas, pode-se sempre chamar um táxi.


Wednesday 26 November 2014

Cabo Verde: no Melia Dunas


Tudo começou com uma conversa com a minha prima E., em Setembro último, em casa da minha mãe. A E. contava-me das viagens dela a Marrocos, Palma de Maiorca e Cabo Verde (já há dois anos que não nos víamos) e foi aí que pensei que uma ida à Ilha do Sal talvez fosse um bom destino para este ano. A simpatia das pessoas, as praias de areia branca, a língua - tudo me atraía...



Quando regressei aos Países Baixos, fiz uma pesquisa muito breve e verifiquei que os preços dos "all inclusive" eram simpáticos e atractivos como a minha prima dizia. Depois, vi as fotos do Melia Dunas que achei muito bonitas. O mais engraçado foi não ter reparado que o hotel era muito recente - tinha sido inaugurado no dia 25 de Outubro. Quem me contou foi a manicure do salão de estética do Hotel. Fiquei também a saber que era a primeira cliente portuguesa que entrava naquele espaço de beleza...



A estadia no Melia Dunas revelou-se, inesperadamente, muito familiar. Parecia que tínhamos ido visitar velhos amigos. Todos nos acolheram com imensa e extraordinária alegria quando se aperceberam que éramos portugueses. "Somos povos-irmãos.", diziam. A conversa seguia, então, para o futebol (fiquei a saber que o Nani é cabo-verdiano), para as famílias que tinham em Portugal, para os locais do nosso país que já tinham visitado ou onde já tinham vivido. O sorriso franco, as piadas, o riso constante que se criava nos spots onde nos encontrávamos, os acenos de longe, tudo isto criou uma energia muito positiva, porque acolhedora e generosa, que nos envolveu durante toda a semana. Senti-me em casa.




Quanto ao hotel propriamente dito, gostei muito, mas houve alguns aspectos que nem tanto.

Os apartamentos são bons: espaçosos, limpos, com um design clean e bonito. Gostei especialmente dos produtos de higiene (suaves e com um cheirinho muito agradável) e do facto dos ares condicionados não incidirem directamente nos nossos corpos, bem como, da confortabilidade dos colchões e das almofadas. O único cuidado a ter é com a água da torneira por causa da doença do legionário. Mas o próprio hotel fornece as garrafinhas de água para beber e lavar os dentes. Também não é necessário levar toalhas de praia, pois eles facultam-nas.

Achei o hotel, de uma forma geral, muito cómodo e organizado. À chegada, por exemplo, e enquanto aguardávamos na fila para o check-in, ofereceram-nos uma bebida refrescante. Entretanto, as malas foram recolhidas e distribuídas pelos apartamentos, ou seja, não tivémos de transportá-las pessoalmente, e quanto a nós, após o check-in, já estavam, em frente à recepção, carros de vários lugares à espera. Estes carros estão sempre a circular no resort, o que é óptimo, pois o espaço é enorme.



No entanto, houve alguns aspectos que me desagradaram:

Na nossa opinião, a comida do buffet, exceptuando a fruta e os queijos, não era nada de especial e, por isso, só lá almoçámos uma vez. Gostámos mais do pequeno restaurante/bar de apoio, junto ao apartamento, que estava igualmente abrangido pelo "all inclusive" e cujos pratos eram mais saborosos, embora muito simples.
Outro aspecto que também me desagradou no Melia foi o período em que não havia comida disponível no resort, por exemplo, entre as 10:30 e as 11:30. O buffet fechava às 10:30, os bares de apoio só serviam bebidas e o restaurante ao pé do apartamento só abria mais tarde. O melhor era trazer, connosco, alguma peça de fruta do buffet do pequeno-almoço.

Ao jantar, optámos, por 3 vezes, pelo Atlantis (este pago à parte), onde se come, sobretudo, peixe e marisco. Muito bom! Recomenda-se!



Já no Sahel, este já incluído no "pacote", jantámos por duas vezes. A especialmente deles é cozinha africana e claro, a cachupa. Estava boa, mas esperava algo mais tradicional. E achei estranho que em vez de música tradicional cabo-verdiana, estivessem a passar Bossa Nova.

No que toca às bebidas, também fiquei um bocado decepcionada com o "all inclusive" do Melia: quer com os martinis, quer com os cocktails. Os sumos achei muito acuçarados. Já os copos de Cava sim, esses valeram a pena.

Quanto às lojas, gostei sobretudo da Analita, onde se pode comprar roupa e acessórios de praia bonitos e a preços moderados. O salão de estética também é muito agradável. A loja de produtos típicos pareceu-me muito cara - mais vale comprar em Santa Maria.

No mais, gostei dos espectáculos de animação, no anfiteatro, sobretudo os de danças cabo-verdianas. Os bailarinos são muito bons, sobretudo o Cristiano - vê-se que nasceu para o que faz.



O espaço do Melia é lindo! Vale a pena ver o video abaixo. A rede wi-fi é que podia funcionar melhor. Durante os dois últimos dias, mal consegui aceder à Internet. Tanto assim, que só no dia 22, soube que o J. S. tinha sido preso e mesmo assim, pela televisão...




Tuesday 25 November 2014

Cabo Verde, Ilha do Sal


Uma semana em Cabo Verde...


O Hotel: Melia Dunas


Um espectáculo: as Mornas



Um acontecimento inesperado: a pesca de arrasto na praia de Santa Maria



Um acontecimento esperado: flutuar nas Salinas de Pedra do Lume



Uma maravilha natural: a Buracona



Um amigo muito especial: o Paco



A praia de Santa Maria, após as ondas enormes que quase levaram as nossas coisas...



Depois da "tempestade", a bonança...


Monday 24 November 2014

44



Obrigada pelos comentários aqui deixados nos últimos post's. Estive mais ausente por bons motivos.: fiz 44 anos no passado dia 21. O destino, desta vez, foi um pouco mais longínquo que o habitual: Cabo Verde. Foram as primeiras férias de praia deste ano e souberam muito bem. Brevemente, colocarei aqui algumas fotos. Para já, deixo-vos com a bonita voz de Cesária Évora. :-) Beijinhos.





Thursday 20 November 2014

Amsterdam's favourites


Talvez o meu sítio preferido em Amsterdam: a Spui, uma praça no coração da cidade, também ela "roubada" às àguas, lá pelo ano de 1882. 

Nesta praça, há uma porta que considero "mágica". Para quem  não sabe, julga tratar-se de uma porta como todas as outras, que pertence a uma casa particular, mas, não é bem assim...




Os meus amigos ficam sempre muito espantados quando, sem estarem à espera, me vêem a empurrar esta porta e a entrar. "Mas onde é que ela vai?" perguntam, sobretudo, quando lhes digo para virem comigo e seguirmos pelo corredor estreito e escuro. Até que soltam os "Ah!" e os "Oh!", quando se deparam com uma praça ajardinada, onde existem duas igrejas (uma católica e outra anglicana) e a casa de madeira mais antiga da cidade - tudo isto rodeado de casas com pequenos jardins. A última vez que lá estive, há bem pouco tempo, já depois do meu regresso à Holanda, foi com a minha compatriota I., que, por acaso, já conhecia este oásis de verde e paz no coração da cidade, mas não sabia desta entrada. Se clicarem em Begijnhof, podem ver como o jardim é bonito e acolhedor.

Há uma outra entrada que também gosto muito e que já falei aqui: é esta, na foto abaixo, na Kalverstraat, 92 e que nos leva à esplanada do Amsterdam Historisch Museum. Para a I., foi outra boa surpresa...




Esta linda entrada dá para uma simpática e sossegada esplanada, onde, geralmente, gosto de me encontrar com as minhas amigas e conhecidas. É uma área muito central e tranquila, propícia a conversas mais intimistas, e, para quem tem crianças, mais segura.




Também se come muito bem por lá, como podem ver na fotografia (tirada com a M., meses antes do regresso dela a Polónia).



Tuesday 18 November 2014

De Wallen, Amsterdam



A minha amiga R., com quem estive em Hertogenbosch, vivia, até há poucos meses, em Amsterdam. Foi ela que me levou, pela primeira vez, ao Café Américain e ao Conservatorium Hotel. Juntas, demos muitos passeios pela capital e um deles foi pelo Red Light District, no De Wallen. Creio que nunca publiquei estas fotos por aqui (talvez uma ou outra).

A minha rua favorita:  Oudezijds Voorburgwal.












Sunday 16 November 2014

Hertogenbosch: Catedral de São João Evangelista



Num passeio com uma amiga querida, em Hertogenbosch, na província do Norte Brabante, a Catedral de São João Evangelista, expoente máximo da arquitectura gótica holandesa, e, para mim, um dos mais bonitos templos católicos destas paragens.






Friday 14 November 2014

Uma tarde em Hertogenbosch


Voltar ao país de acolhimento é, igualmente, tempo de reencontro com os amigos.

Há dias, estive com uma amiga, a beber um cházinho quentinho, numa esplanada, em Hertogenbosch, a cidade-capital da província do Norte Brabante (sul dos Países Baixos). Mas com uma mantinha por cima das pernas, como se usa por estas paragens, quando os dias começam a ficar mais frios e pequeninos...




Eis, pois, a Floresta do Duque ("Hertogenbosch") !
Mais precisamente de Henrique I, Duque de Brabante, que, em 1185, concedeu "city rights" a Hertogenbosch (sendo, por isso, considerado o fundador da cidade) e os correspondentes privilégios comerciais.




No início do século XVI, Hertogenbosch era o segundo maior centro populacional dos Países Baixos, logo a seguir a Utrecht. Foi em Hertogenbosch que veio a nascer, por volta de 1450, um dos maiores nomes do Renascimento da Europa do Norte, o pintor Hyeronimus Bosch, cujas Tentações de Santo Antão podemos admirar no nosso Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa.




Em baixo, o De Moriaan, um dos edifícios de tijolos mais antigos dos Países Baixos e, por isso, monumento nacional. Foi mandado construir por Henrique I, Duque de Brabante, em 1220. Hoje, funcionam aqui os serviços do posto de turismo.




E, sim, a minha amiga e eu partilhámos uma Bossche bol, ou seja, um gigante profiteroleo doce típico da cidade.... ;-))

Bom fim-de-semana!

Wednesday 12 November 2014

Amsterdam: Café Americain e Conservatorium Hotel



Talvez por ter encontrado Lisboa tão bonita, tão viva e cosmopolita, talvez por, finalmente, ter ido sobretudo por mim, para estar mais a sós com a cidade, passeando ao sabor do momento, parando aqui e ali, sorrindo-lhe, namorando-a, redescobrindo-a lentamente, esquecendo o mundo lá fora, regressar, desta vez, foi mais complicado. Chorei e esperneei por dentro. Não me apetecia voltar e, nos primeiros dias, em terras baixas, estive mais arredia. Mas, a Holanda soube esperar por mim, pacientemente, dando-me a mão devagarinho. E voltámos aos sítios onde já tínhamos sido felizes, ambas. Foi assim, que numa noite de Domingo, abalámos para jantar no Café Americain em Amsterdam e depois para um copo no Conservatorium e lá nos enamorámos de novo. Ah, coração malandro...


:-)

O Café Americain, em estilo Art Deco, data de 1902 e fica situado na Leidseplein. É, sobretudo, frequentado por artistas e intelectuais.

Candeeiros Tiffany








A entrada do Conservatorium Hotel...





Da autoria de Daniel Knuttel e datado do final do século XIX, aqui funcionou a partir de 1983 até Abril de 2008, o Sweelinck Conservatorium.




O edifício é, então comprado, pelo grupo The Set Hotels que contrata o arquitecto e designer Piero Lissoni  para dar um novo glamour a este espaço, tornando-o num hotel de luxo, ali mesmo, no coração de Amsterdam, junto à Museumplein.







Continuação de boa semana!





Tuesday 11 November 2014

Bruxelas: O pecado da gula em compras


Em Bruxelas, o pecado da gula em compras foi realizado por estas bandas:

Patisserie Méditerranée

Para os apreciadores de doçaria marroquina, é um Paraíso. Uma tentação atrás da outra...Pelo menos, para mim...


(Peço desculpa pela foto, mas foi o possível. Tive dificuldade em encontrar uma brecha para fotografar...)


Le Comptoir de Mathilde

Mercearias várias, mostardas, licores, chocolates.




Desde 2007, em estantes feitas de caixas velhas de madeira, como antigamente.




E quase que por aqui, também, realizava o pecado da gula em compras ( logo eu, que gosto tanto de queijos), mas já estava fechado...

Fromages Langhendries




O que me aconselham a comprar?



Pode parecer estranho o que vou dizer, mas quando vou a Bruxelas, "mato saudades" de Portugal...

A todos, Bom Dia de São Martinho!