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Monday, 8 December 2014

Aos 44, um inusitado...


As ondas enormes deste dia galgaram o areal e surpreenderam-nos enquanto comíamos frutas da terra acabadinhas de comprar à senhora que víramos ao longe e as trazia numa cesta à cabeça.
No dia dos meus 44 anos, avancei de biquini preto, pelas ruas de Santa Maria, já de noite, à procura de um táxi. Era impossível vestir o que quer que fosse: a roupa era água e terra e não secou enquanto jantávamos na Ângela. Na foto, as toalhas estendidas com quilos de areia em cima, pesadas.
No final, ri de tudo isto, do inusitado e cómico da situação.
E pensei, com gosto : "Lá monótona, a minha vida não é.... ;-))"







(texto reeditado a 11.12.2014)

Saturday, 6 December 2014

Thursday, 4 December 2014

Cabo Verde, Ilha do Sal, Santa Maria: O Encontro com o Paco


As pessoas foram, sem dúvida, o melhor das férias. Admirei-lhes o saber viver, apesar da pobreza da ilha. Os cabo-verdianos que conheci transmitiram-me uma serenidade e alegria de viver que não encontro em pessoas minhas conhecidas, que vivem em condições muito boas (financeiras, com apoio familiar e sem problemas maiores de saúde). Realmente, é preciso sabedoria para saber valorizar o essencial. Todos com quem falei na ilha (sobretudo, em Santa Maria) me pareceram muito conscientes dos problemas do país (a falta de infraestruturas, os salários baixos, o turismo sexual, etc), mas ninguém se prestou a lamúrias e não se tomou mais tempo de conversa sobre esses assuntos que o estritamente necessário - muito dignos na forma de lidar com os problemas. Alegres, amistosos. Não senti inveja, nem deslumbramentos parvos. Senti sim, uma grande valorização da família e da amizade.




Na foto acima, o Paco, que conhecemos na nossa primeira ida a Santa Maria. 
Ele abordou-nos na rua onde o autocarro do hotel nos tinha deixado para irmos à praia. O intuito inicial era levar-nos a conhecer a sua loja de artesanato que fica numa rua um pouco atrás. A empatia com o Paco foi imediata e, muito naturalmente, fomos caminhando juntos, até à loja.  Lá, comprei-lhe uma Santa Maria e um colar. E, enquanto conversávamos, aprendi muito sobre cultura cabo-verdiana. No fim, o rio das palavras transformou-se num convite para almoçarmos juntos ainda nessa tarde. 
À hora combinada, esperava-nos um amigo dele (na foto abaixo), muito simpático. O Paco tinha ido buscar o almoço...




Na foto seguinte, o nosso manjar dos deuses: um arroz de galinha do campo de comer e chorar por mais. Para nós, foi o ponto alto da estadia em Cabo Verde: a comida foi colocada num banco de correr, os talheres distribuídos e começámos todos a almoçar a partir da travessa. Aí, conquistaram-me por completo. Adorei aquela simplicidade, aquela descontracção, o espírito genuíno do momento. E aproveitei o mais possível a beleza da preciosidade daqueles instantes.



No final da refeição, mais um presente: pulseiras de búzios, o primeiro dinheiro de Cabo Verde, como nos contou.

Momentos muito bonitos, estes - ali estava o Paco a passar tempo connosco que lhe era precioso para trazer clientes à loja. Tudo porque sim, porque gostou de nós e não queria deixar isso passar em "brancas nuvens".
Nunca esquecerei o brilho dos seus olhos, o entusiasmo das suas palavras. É quando encontro gente assim, que sinto que vale a pena estar viva. São eles que nos dão significado. O resto é o resto.

Estas são algumas peças da loja do Paco. Tudo artesanal. As tartarugas, símbolo de Cabo Verde e, atrás, as Santas Marias.



(texto reeditado a 11.12.2014)

Tuesday, 2 December 2014

Cabo Verde, Ilha do Sal, Buracona


Eis-nos na Buracona. O nosso motorista, na fotografia, a quem nós não pagámos só o preço de amigo que ele nos propôs. E garanto que o ajuste foi mais que merecido. O caminho até à Buracona é péssimo. Ia cheia de receio que algo acontecesse ao táxi. Valeu-nos a perícia deste rapaz, além da paciência que ele teve comigo, que gosto de observar as coisas com muita calma.




















Na foto abaixo, outro simpático cabo-verdiano que estava a servir de guia a outros turistas.


Sunday, 30 November 2014

Cabo Verde, Ilha do Sal, Salinas de Pedra do Lume



Eu acredito, de certa forma, no Destino. No dia que vimos as Salinas de Pedra do Lume e a Buracona, não estava, de todo, previsto. No dia anterior, tínhamos tentado falar com a representante da agência de viagens para marcar lugares na excursão, mas sem sucesso. Supostamente, a senhora estaria no hotel entre as 9h e as 9h30, mas não apareceu. Assim, decidimos ir para Santa Maria, à praia. Ao almoço, fomos ao restaurante da Ângela à procura de Cachupa tradicional, mas também sem êxito - tinha sido no dia anterior. E nós a seguir o motto de Cabo Verde, "Sem stresses".

O calor, entretanto, começou a apertar e falamos em apanhar um táxi que nos leve ao Hotel. Meu dito, meu feito, surgiu um no horizonte. O rapaz, muito simpático, sugere levar-nos às Salinas e à Buracona, após ouvir a nossa história. "Amanhã?" perguntámos. "Amanhã?! Não! Agora, que o tempo está bom!" Gostei da resposta rápida, divertida, espontânea. Negociámos o preço, que foi de amigo, como ele disse, porque éramos portugueses e simpáticos. Foi assim, que chegados ao Hotel, nem saímos e seguimos em direcção às Salinas para flutuar um bocadinho. O sal, disseram-nos, era óptimo para a pele. Eis, pois, as Salinas de Pedra do Lume. Espero que gostem.















Friday, 28 November 2014

Cabo Verde, Ilha do Sal, Santa Maria: A Pesca de Arrasto


Que era interessante e bonito observar os pescadores a amanhar o peixe no pontão, isso já nós sabíamos e esperávamos. O que não contávamos era, de repente, começar a ouvir os gritos de chamada dos pescadores que estavam nos barcos, àqueles que estavam em terra...Só depois percebemos que havia ali um cardume enorme e havia que aproveitar a sorte, ali à mão-de-semear... O resto foi animação, alegria e inter-ajuda entre os pescadores e os turistas que estavam na praia...Momentos que nunca vou esquecer .. Algo de muito genuíno e poético tinha acabado de acontecer ali...


















O Hotel Melia Dunas disponibiliza gratuitamente três pequenos autocarros durante a manhã, a horas específicas, para nos levar até Santa Maria. À tarde, voltam para nos buscar. Não querendo ir e voltar às horas estipuladas, pode-se sempre chamar um táxi.


Wednesday, 26 November 2014

Cabo Verde: no Melia Dunas


Tudo começou com uma conversa com a minha prima E., em Setembro último, em casa da minha mãe. A E. contava-me das viagens dela a Marrocos, Palma de Maiorca e Cabo Verde (já há dois anos que não nos víamos) e foi aí que pensei que uma ida à Ilha do Sal talvez fosse um bom destino para este ano. A simpatia das pessoas, as praias de areia branca, a língua - tudo me atraía...



Quando regressei aos Países Baixos, fiz uma pesquisa muito breve e verifiquei que os preços dos "all inclusive" eram simpáticos e atractivos como a minha prima dizia. Depois, vi as fotos do Melia Dunas que achei muito bonitas. O mais engraçado foi não ter reparado que o hotel era muito recente - tinha sido inaugurado no dia 25 de Outubro. Quem me contou foi a manicure do salão de estética do Hotel. Fiquei também a saber que era a primeira cliente portuguesa que entrava naquele espaço de beleza...



A estadia no Melia Dunas revelou-se, inesperadamente, muito familiar. Parecia que tínhamos ido visitar velhos amigos. Todos nos acolheram com imensa e extraordinária alegria quando se aperceberam que éramos portugueses. "Somos povos-irmãos.", diziam. A conversa seguia, então, para o futebol (fiquei a saber que o Nani é cabo-verdiano), para as famílias que tinham em Portugal, para os locais do nosso país que já tinham visitado ou onde já tinham vivido. O sorriso franco, as piadas, o riso constante que se criava nos spots onde nos encontrávamos, os acenos de longe, tudo isto criou uma energia muito positiva, porque acolhedora e generosa, que nos envolveu durante toda a semana. Senti-me em casa.




Quanto ao hotel propriamente dito, gostei muito, mas houve alguns aspectos que nem tanto.

Os apartamentos são bons: espaçosos, limpos, com um design clean e bonito. Gostei especialmente dos produtos de higiene (suaves e com um cheirinho muito agradável) e do facto dos ares condicionados não incidirem directamente nos nossos corpos, bem como, da confortabilidade dos colchões e das almofadas. O único cuidado a ter é com a água da torneira por causa da doença do legionário. Mas o próprio hotel fornece as garrafinhas de água para beber e lavar os dentes. Também não é necessário levar toalhas de praia, pois eles facultam-nas.

Achei o hotel, de uma forma geral, muito cómodo e organizado. À chegada, por exemplo, e enquanto aguardávamos na fila para o check-in, ofereceram-nos uma bebida refrescante. Entretanto, as malas foram recolhidas e distribuídas pelos apartamentos, ou seja, não tivémos de transportá-las pessoalmente, e quanto a nós, após o check-in, já estavam, em frente à recepção, carros de vários lugares à espera. Estes carros estão sempre a circular no resort, o que é óptimo, pois o espaço é enorme.



No entanto, houve alguns aspectos que me desagradaram:

Na nossa opinião, a comida do buffet, exceptuando a fruta e os queijos, não era nada de especial e, por isso, só lá almoçámos uma vez. Gostámos mais do pequeno restaurante/bar de apoio, junto ao apartamento, que estava igualmente abrangido pelo "all inclusive" e cujos pratos eram mais saborosos, embora muito simples.
Outro aspecto que também me desagradou no Melia foi o período em que não havia comida disponível no resort, por exemplo, entre as 10:30 e as 11:30. O buffet fechava às 10:30, os bares de apoio só serviam bebidas e o restaurante ao pé do apartamento só abria mais tarde. O melhor era trazer, connosco, alguma peça de fruta do buffet do pequeno-almoço.

Ao jantar, optámos, por 3 vezes, pelo Atlantis (este pago à parte), onde se come, sobretudo, peixe e marisco. Muito bom! Recomenda-se!



Já no Sahel, este já incluído no "pacote", jantámos por duas vezes. A especialmente deles é cozinha africana e claro, a cachupa. Estava boa, mas esperava algo mais tradicional. E achei estranho que em vez de música tradicional cabo-verdiana, estivessem a passar Bossa Nova.

No que toca às bebidas, também fiquei um bocado decepcionada com o "all inclusive" do Melia: quer com os martinis, quer com os cocktails. Os sumos achei muito acuçarados. Já os copos de Cava sim, esses valeram a pena.

Quanto às lojas, gostei sobretudo da Analita, onde se pode comprar roupa e acessórios de praia bonitos e a preços moderados. O salão de estética também é muito agradável. A loja de produtos típicos pareceu-me muito cara - mais vale comprar em Santa Maria.

No mais, gostei dos espectáculos de animação, no anfiteatro, sobretudo os de danças cabo-verdianas. Os bailarinos são muito bons, sobretudo o Cristiano - vê-se que nasceu para o que faz.



O espaço do Melia é lindo! Vale a pena ver o video abaixo. A rede wi-fi é que podia funcionar melhor. Durante os dois últimos dias, mal consegui aceder à Internet. Tanto assim, que só no dia 22, soube que o J. S. tinha sido preso e mesmo assim, pela televisão...




Tuesday, 25 November 2014

Cabo Verde, Ilha do Sal


Uma semana em Cabo Verde...


O Hotel: Melia Dunas


Um espectáculo: as Mornas



Um acontecimento inesperado: a pesca de arrasto na praia de Santa Maria



Um acontecimento esperado: flutuar nas Salinas de Pedra do Lume



Uma maravilha natural: a Buracona



Um amigo muito especial: o Paco



A praia de Santa Maria, após as ondas enormes que quase levaram as nossas coisas...



Depois da "tempestade", a bonança...


Monday, 24 November 2014

44



Obrigada pelos comentários aqui deixados nos últimos post's. Estive mais ausente por bons motivos.: fiz 44 anos no passado dia 21. O destino, desta vez, foi um pouco mais longínquo que o habitual: Cabo Verde. Foram as primeiras férias de praia deste ano e souberam muito bem. Brevemente, colocarei aqui algumas fotos. Para já, deixo-vos com a bonita voz de Cesária Évora. :-) Beijinhos.