Começámos bem o mês de Setembro. No dia 1, fomos visitar o Castelo de Chenonceau, no Loire, em França.
O castelo, que é conhecido pelas mulheres que nele viveram, delicia-nos com os seus jardins em terraços, a sua ponte arcada sobre o Rio Cher, a magnífica Grande Galeria.
É uma viagem à História da França:desde o 1º local onde se realizaram fogos de artifício, no século XVI, a caminho de fuga para a zona livre de Vichy, na 2ª Guerra Mundial, foi palco de amores e favoritas, local de encontro das figuras do Iluminismo do século XVIII e enfermaria hospitalar na 1ª Guerra.
Eis a sua história...
Em 1513,Thomas Bohier, camareiro-mor do Rei Carlos VIII de França, compra o castelo,mantém a torre de menagem e constrói uma residência inteiramente nova entre 1515 e 1521, cujos trabalhos, por diversas vezes, foram supervisionados por sua esposa, Catherine Briçonnet.
Anos mais tarde, o filho do casal é desapropriado do castelo por débitos não pagos à Coroa.
Em 1547,
Henrique II oferece o palácio como presente à sua amante
Diane de Poitiers, que apaixonada pelo rio Cher, manda construir a ponte arcada,unindo o castelo à margem oposta.
(Quarto de Diane de Poitiers)
Diane de Poitiers supervisionou também a plantação de extensos jardins de flores,vegetais e árvores de fruto, protegidos por terraços de pedra estabelecidos em quatro triângulos.
Em 1559, a esposa de Henrique II,
Catarina de Médicis, após a morte do marido, despoja Diane de Poitiers do Castelo, fazendo de Chenonceau a sua residência favorita.
No ano seguinte, ocorrem no Castelo as primeiras exibições de fogo de artifício realizadas em França. Celebrava-se assim a subida ao trono de seu filho,
Francisco II.
Em 1577, constrói a Grande Galeria, um imenso salão de dois andares sobre o Rio Cher, por cima da ponte de Diane de Poitiers, com 60 m de comprimento por 6 m de largura.
Em 1589, com a morte de Catarina, o palácio passa para a sua nora,
Louise de Lorraine, esposa de
Henrique III. Foi neste palácio que Louise teve conhecimento do assassinato do marido. A Rainha cai numa depressão profunda. O seu quarto é decorado com tapeçarias pretas.
(Quarto de Louise de Lorraine)
Anos mais tarde,
Gabrielle d`Estrées, a favorita de
Henrique IV, toma posse do Castelo, que depois passa para a Duquesa de Vendôme.
(Quarto de Gabrielle D' Estrées)
Em 1720, o Castelo é comprado pelo Duque de Bourbon que o vende posteriormente ao sogro da avó de George Sand, Madame Louise Dupin. Esta senhora recebeu em Chenonceau figuras proeminentes do Iluminismo como Voltaire e
Rousseau. Foi também Louise que salvou o castelo da destruição durante a Revolução Francesa.
Desde 1913, que Chenonceau está na posse da Família Menier.
Na 1ª Guerra Mundial, a galeria foi usada como enfermaria hospitalar e na 2ª Guerra Mundial, como escape da zona ocupada pelos nazis de um lado do Rio Cher para a zona livre de Vichy, na margem oposta.
Fotografias do nosso almoço na Orangerie, que muito recomendo! :-)