Zelândia Monumental

Renesse 
Conhecido destino de veraneio, pela sua praia de extenso areal e bonitas dunas. Óptimo para descansar, caminhar, andar de bicicleta ou a cavalo. É a minha praia holandesa favorita. No centro da cidade, há muitos restaurantes à escolha, a circundar a bela Igreja de Santiago, em Estilo Gótico, do século XV.

Jacobuskerk, 1458 (Estilo Gótico)

Middelburg, capital da província da Zelândia

Na minha opinião, umas das mais bonitas cidades holandesas, pela riqueza da sua história, os seus monumentos, as esplanadas e o comércio tradicional de qualidade.
No cemitério judaico da cidade, encontramos sinais da presença de judeus portugueses. O Zeeuwse Bolus, bolo típico da região, teve a sua origem nesta presença judaico-portuguesa.

Antigo edifício da Câmara, 1452-1520 (Estilo Gótico Tardio)

NB: Foto tirada em dia de mercado.


Zierikzee

Gosto muito desta cidade, sobretudo pelas entradas majestosas dos canais, com as suas torres. Aconselho vivamente um jantar na Brasserie Maritime, junto ao canal, especialmente, ao pôr-do-sol.

De Zuidhavenpoort (séc. XV)
O carrilhão mais antigo dos Países Baixos (1554) encontra-se aqui.


Burgh-Haamstede

Ideal para "esplanar". Vilazinha sossegada e verdejante. Castelo e Igreja a merecer visita. O castelo é privado, mas a Sala dos Cavaleiros (Ridderzaal) pode ser visitada no Open Monumentendag.

Slot Haamstede (séc. XIII)

Igreja Protestante de Burgh (1678)

Veere

Para quem gosta de barcos e comércio tradicional de qualidade é um "must go". Esta vilazinha recebe muitos turistas, mas consegue manter o seu charme praticamente intacto, respirando-se qualidade a cada recanto.

Câmara (Stadhuis), século XV, Estilo Gótico Tardio
Património da Unesco.



De Grote van Onze- Lieve - Vrouwekerk/ Igreja de Nossa Senhora (1342)
Estilo Gótico Tardio

Renesse (Zelândia)

Numa manhã de sábado, este mês, na minha praia holandesa preferida, Renesse, na província da Zelândia. Adoro caminhar naquele extenso areal, entre as dunas e o Mar do Norte. E ir fotografando momentos e quadros do quotidiano....

E o poema de APS, deixado simpaticamente no espaço de comentários, "salta" directamente para o post, com permissão gentilmente cedida pelo próprio (26 de Abril de 2015). Também a mim, por vezes, o início da Primavera me faz lembrar o Outono...

Vai sendo tempo de largares o verão
soltá-lo no caminho mais estreito
à boca do outono ou numa praia
onde já não passe mais ninguém.

Alberto Soares, 1980

Zutphen: História a perder de vista....

Zaadmarkt 91 (O Mercado das Sementes) Inicialmente, um complexo medieval de 4 edifícios. No século XVII, funcionou aqui um banco. No início do século XVIII, foi remodelado e no inicío do século XX, abria como o Hotel du Soleil.

Edifício do século XVI

De Leye (1933)

Huis Gelre

Edifício medieval, que, no século XIV, era propriedade do Conde da Guéldria. Até 1425, funcionou como Pousada da Cidade. Mais tarde, foi dividida em partes, como espaços de habitação, tendo ali morado no século XVI, o médico da cidade.

Teatro Luxor

A Tragédia

A Comédia

Zutphen ( Do tempo da Liga Hanseática)

E das tantas casas que me intrigaram, algumas pareceram-me relacionadas com o tempo da Liga Hanseática.

A Liga Hanseática ou Hansa foi uma aliança de cidades mercantis que estabeleceu e manteve o monopólio comercial, sobre quase todo o Mar Báltico e a Europa do Norte, entre o final da Idade Média e o começo da Idade Moderna (entre os séculos XIII e XVII). No total, a Hansa era constituída por 183 cidades e 16 países. Inicialmente, de carácter económico, transformou-se, posteriormente, numa aliança política. Clicando aqui, podem ver o mapa da Liga Hanseática.

Gostava de encontrar um livro sobre a história destas casas. Um dia destes, procuro no Posto de Turismo.

De Koning van Bohemen (O Rei da Boémia)




Prins Eugenius (O Princípe Eugénio)

De Noordhoek / A Esquina do Norte

De Reysende Man (O Viajante)

Die Gulden Scheer (A Tesoura de Ouro)

Het Oud Los Geld (O Resgate)

Zutphen (Sint Walburgiskerk)

A Igreja de Santa Walburga (Sint Walburgiskerk) é outro monumento de muito interesse em Zutphen. 

A parte mais antiga desta igreja remonta ao século XI, sendo que a maior parte do edifício data da primeira metade do século XIII, e a sua aparência contemporânea do século XVI. Actualmente, a torre tem 76 metros de altura, mas, até 1600, com os seus 117 metros de altura, chegou a ser mais alta que a Domtoren de Utreque.

Até cerca de 1250, a Igreja de Santa Walburga era a única paróquia da cidade de Zutphen, tendo passado para o Movimento da Reforma em 1591. 

Na foto acima, o belíssimo portal de Maria.

Esta igreja é Património Mundial da Unesco e nela se encontra uma jóia do século XVI, a conhecida Librije, a famosa sala de leitura de livros antigos. Contruída entre 1561-1564, seguiu o modelo das salas de leitura dos mosteiros medievais. Nos séculos XVII e XVIII, funcionou como biblioteca privada para ministros e conselheiros. No final do século XIX e após um período em que caiu no esquecimento, foi "redescoberta" como um monumento de ciência e história. Desde 1984 que é gerida por uma fundação. No mundo, só existem mais duas salas de leitura do género: uma em Itália (Cesena) e outra no Reino Unido (Hereford). Podem ver o seu interior aqui.

Zutphen (Wijnhuistoren)

Do passeio pela cidade hanseática de Zutphen, hoje destacamos a Wijnhuistoren.

Wijnhuistoren

A Wijhuistoren (literalmente, a Torre da Casa do Vinho) fica situada no centro histórico da cidade de Zutphen. Data do século XIV (1371) e pertencia à Guilda do Comércio Vinhateiro. A Torre era parte de uma pousada onde se recebiam convidados de grande importância. 

Em 1420, o edifício é comprado pela cidade para aí albergar convidados estrangeiros. A pousada é depois remodelada: são construídas "conveniências" (os quartos de banho medievais), uma escadaria e mais janelas, vindo a funcionar também como sala de audiências e espaço de reunião para o povo. O nome da Torre deve-se à estalagem que aí existia. Hoje é um restaurante italiano.

A foto abaixo da Wijnhuistoren já foi tirada numa segunda visita a Zutphen, num dia mais frio. As nuvens quase que cobriam o céu inteiro...

Zutphen (Het Zutphens Natjes e o Café Camelot)

Het Zutphens Natjes é um licor herbal à base de cravo, canela, erva-doce, genciana e estrelas de anis, com um teor alcoólico de 30%. Provámo-lo, pela primeira vez, nesta ida a Zutphen e gostámos muito - tanto assim que comprámos uma garrafa para a Páscoa.

Foi no Café Camelot, situado no centro da cidade, que  bebi o meu primeiro copo bem gelado de Zutphens Natjes. Vejam como foi generosamente bem servido!

Este café é um espaço muito agradável e os empregados são uma simpatia. Aliás, as pessoas de Zutphen são muito afáveis e simpáticas. Até à data, foram os holandeses que mais gostámos de conhecer.

Gosto do ambiente medieval deste espaço. 

Se forem para aquelas bandas, não deixem de passar por lá. Vale muito a pena!

Dois anjos e uma chave

Neste Domingo de Aleluia, a Boa Nova da Ressurreição, por estes dois anjos que encontrei, há poucos dias, nos meus caminhos por Zutphen:

De Kleine Engel / O Pequeno Anjo

Den Blaeuwen Engell / O Anjo Azul (grafia de 1567)

E esta Chave Dourada ( De Vergulde Sleutel ), que gostaria de associar à entrada no Paraíso.

I walk into an empty room 
And suddenly my heart goes "boom"! 
It's an orchestra of angels 
And they're playing with my heart.

Eurythmics, There Must Be An Angel (Playing with my heart),1985

Aqui, em 2000, com Luciano Pavarotti

O meu filme de Páscoa, por excelência, este Jesus de Nazaré (1977), de Franco Zeffirelli, com um elenco de luxo, desde Laurence Olivier a Michael York, entre muitos outros.





Bom Domingo de Páscoa!

A Árvore da Páscoa (Paastak)

Fiz, pela primeira vez, este ano.
Comprei os ramos no supermercado e as decorações numa loja de produtos para a casa.
Vejam lá se gostam...

Uma Boa Páscoa para todos!