Wednesday 8 June 2016

Com certeza, uma casa holandesa



Quando me falam em casas holandesas, são estas as imagens que me vêm logo à cabeça...

Esta casa fica em Amersfoort, pertence a uns amigos nossos e é muito parecida àquela em que vivemos...

Muito verde ao redor

Esta é a vista das janelas da cozinha (frente da casa).


Gostei imenso! Super, super relaxante! "A tua casa fica no paraíso!" disse eu à minha amiga. :-)
Um dos aspectos que mais gosto dos Países Baixos é esta predominância de verde, de uma forma ou de outra...A nossa frente, por exemplo, não tem uma vista assim, mas duas ruas acima, as casas têm vista para espaços verdes, um canal e um lago. A nossa casa tem vista para outras casas. Mas a rua é como todas as demais: tem muitas árvores e canteiros de flores, além dos pequenos jardins de cada casa. Há sempre verde. Tão bom!

Flores espalhadas pela casa

Especialmente na sala, claro! :-)

Na fotografia abaixo, um dos gémeos a escrever à escola, em papel de escrita, já com 35 anos, ainda por estrear e em excelente estado de conservação. Foi um presente nosso para os gaiatos, do tempo em que o meu marido tinha a idade deles e fazia colecção.



Cozinha aberta para a sala e sala comum

sala geralmente é comum e a cozinha é aberta para a sala.
No início, quando viemos para os Países Baixos (final de 2007), não gostei muito (sempre vivi em casas com cozinha e salas separadas, cada qual com a sua porta de acesso, e pensei logo nos fumos e nos cheiros que iriam para a sala, além de não apreciar ter vista para o lava-loiça), mas agora já estou habituada. Porém, não deixo de reconhecer que a minha amiga M. tem razão quando diz que assim nos permite continuar a participar nas conversas enquanto arrumamos a cozinha. 

Na fotografia abaixo, o G. a apontar para algumas das figuras do presépio tradicional português que lhes levei (andavam para ser entregues desde Janeiro último, mas entretidos que ficamos sempre a conversar, tenho-me esquecido). 



De achtertuin (o jardim das traseiras)



O jardim/quintal das traseiras (outra imagem de marca das casas holandesas, diria), conhecido por cá como De achtertuin.
O A. a regar as plantas sob o "meu comando":
links (esquerda), rechts (direita), omhoog (acima), beneden (abaixo). 
E sim, depois levei uma "chuveirada" que me soube muito bem. :-)))

Mais uma imagem de marca das casas de cá: um cantinho do jardim com vasinhos de flores.
Estas foram oferta dos vizinhos, num acolhimento muito gentil e caloroso...


Quando chega o Verão, é tempo de usufruir do achtertuin: convidar os amigos para um almoço ou jantar (ou ambos), seja para umas saladas frescas, um churrasco, etc...

A nossa summer season  deste ano começou ontem na casa destes amigos...



Soube muito bem! Pela companhia, pelo riso, pela partilha de memórias. pela comida deliciosa, pelo bom tempo...por tudo! :-)

20 comments:

APS said...

De Estremoz, os bonecos do Presépio?
Se forem: rica prenda, em todo o sentido!
Boa tarde!

APS said...

Em tempo:
o Cura, parece-me mais barcelense, no entanto.
Boa escolha, também!...

João Menéres said...

As árvores parecem-me ser VIDOEIROS ( = BÉTULAS ), como há no PNPG !
Pessoalmente, gosto imenso delas, sobretudo no Outono.
Tens razão, Sandra, estar à mesa ou na sala e ver o lava loiças não será a visão ideal, mas como tudo tem a vantagem de não ser preciso interromper conversas.

O tempo por aqui ( no Norte, sobretudo ) continua incerto.

Um beijo amigo.

Presépio no Canal said...

APS,

As peças não foram compradas em Estremoz, mas sim, de forma avulsa, em várias lojas. :-) O conjunto é grande (com ponte, igreja, poço, etc). Já me/nos gozámos o suficiente e dei, de forma tranquila, ao A. e ao G. E sinto que dei às pessoas certas. :-)

De Estremoz, tenho as tigelas de caldo verde e uma bilha com prato e copo (daquelas onde, antigamente, se punha a água e costumavam ficar no quarto).
Estas peças foram compradas mesmo lá e tenho por elas grande estima.
Agora fiquei com saudades de Estremoz e apetecia-me voltar lá. :-)

Quem sabe, ainda volto e compro um presépio típico de lá. ;-)

Boa noite! :-)

Presépio no Canal said...

João,

É verdade. E eu que sempre vivi em casas com halls e corredores e sala de estar separada da sala de jantar, acredita, que me custou, um bocado, a mudança. Até a casa dos meus avós era assim e ficava num pátio.
Em Lisboa, a nossa primeira casa era daquelas com campainhas para chamar os empregados (muito engraçado) e qualquer delas (das duas casas onde vivemos lá) tinha aquele quarto da empregada junto à cozinha, que nós utilizávamos como escritório ( na altura, o meu marido até estava a fazer o mestrado e deu imenso jeito - sim, que ele ainda fez o mestrado à moda antiga, não foi cá à Speedy Gonzaléz e tinha imenso dossiers que eu própria organizei, etc).
Mudar para os Países Baixos implicou muita adaptação. Dei imensas coisas quando cá cheguei (porque tive de trazer tudo de Lisboa e num espaço de um mês). Uma long story...:-))) A configuração das casas completamente diferente. Tudo muito mais estreito. O wc das visitas minúsculo (eu tinha duas ou três casas-de-banho em Lisboa). O lavatório das visitas só tem uma torneira (a da água fria). :-)) E cuidado para não bater com a cabeça.
Eu olho para isto tudo como experiências culturais muito engraçadas! ;-)))

Um grande beijinho!! E espero que o tempo melhore!
PS: Por aqui, anda muito abafado. Tenho para mim que, este ano, o Verão vai ser mesmo à holandesa (abafado).

João Menéres said...

Bom...em casa dos meus Pais, o quarto das empregadas ( no rés do chão ) era bem grande, pois eram três...
E a casa de banho da família era um " salão "...
Outros tempos, sem dúvida.

Um beijo amigo.

Love Adventure Happiness said...

Também me fazia confusão no início a cozinha ir das à sala mas já me habituei.
No meu caso ainda não tenho filhos e arrumo sempre a cozinha com companhia, mesmo aberta o pessoal continua a ficar pela área da cozinha que dá para a sala mas tem mesa também...
Bela casa :D

Presépio no Canal said...

Vera,

O que esta modalidade tem de bom é isso - arrumamos a cozinha com companhia.
Mas sinto falta de uma cozinha de porta fechada, sobretudo, quando fazemos peixe - e eu abro as janelas (da cozinha e da sala). Mas tenho de fechar a porta do corredor; caso contrário, o cheiro sobe até aos quartos. Também acho as cozinhas pequenas (cresci numa cozinha grande). Uma questão cultural, parece-me (a frugalidade Calvinista também acaba por se reflectir na cozinha - não fazem tanta comida como nós).

Margarida Elias said...

Parece bem agradável. Beijinhos!!

Presépio no Canal said...

Margarida,

Aquele verde ao redor é uma maravilha.

Beijinhos! :-)

Love Adventure Happiness said...

Isso do cheiros verifica-se, da cozinha pequena depende. A nossa actual não é má de todo tem 6,10x2m + ou -...

Presépio no Canal said...

Vera,

A questão dos cheiros está relacionada com o facto da cozinha ser aberta. Ou seja, prefiro quando tem porta e há um corredor ou hall entre a cozinha e a sala de refeições.

O tamanho das cozinhas por cá já é outro aspecto que também não aprecio muito (com a pressa, não fiz parágrafo quando mencionei este aspecto no comentário-resposta e devia tê-lo feito, pois já estava a falar de um assunto diferente).

bea said...

Se têm o conforto necessário e nos habituamos a elas; se criamos os nossos sítios cativos, então são as nossas casas. Nelas vivemos com mais verdade o melhor e o pior e descansamos do nosso ser mundano. Não imagino o homem sem casa, julgo que não seria o mesmo.

Essa casa tem crianças no interior e árvores verdes como paisagem. Ganha por dentro e por fora:). Parabéns a todos pelo início da época estival.

Presépio no Canal said...

Bea,

É verdade, Bea, é verdade. :-)
Sinto-me muito em casa por aqui - as casas são muito vividas e descontraídas. Adoro estar rodeada de verde, ter flores pela casa (cá são mais baratas), o ambiente dos quintais, ver os canteiros das flores a despontar na Primavera, ouvir os pássaros, ver os canais, as crianças a brincar tranquilamente nas ruas, o ambiente de bairro...Faz-me lembrar os meus tempos de criança (fui criada num pátio de casas térreas, em que as casas só estavam fechadas nos trincos).
Só não me importava de ter um pouco mais de espaço (temos muitos livros...).
:-))
E a parte da criatividade é bem verdadeira... :-)) Um exemplo:
Nós não temos espaço para mesas-de-cabeceira "normais". A solução que arranjei foi colocar um banquinho de teca em cada lado e por cima, duas lâmpadas de sal-gema. ;-))

MR said...

Sítio encantador, bons amigos e boa comida é tudo o que se quer para passar um dia agradável.
Escrevo enquanto oiço a Lena d'Água.
Bom dia!

Presépio no Canal said...

MR,

So true! Gostei muito deste dia e acho que os nossos amigos fizeram uma óptima escolha. É um espaço muito relaxante, muito idêntico ao bairro em que vivemos.
Onde as crianças podem ser crianças.
A Lena D'Água completa 60 anos este mês (o tempo passa tão depressa...).
Bom dia!

Sami said...

Na Australia tambem se usa as salas/cozinha "open plan". Por acaso gosto porque acho que podemos conviver melhor assim.
Bom fim de semana Sandra.

Presépio no Canal said...

Sami,

Lá isso é uma grande verdade. :-)
Há tantas semelhanças entre os dois países...Que giro! :-)
E as cozinhas? Tendem mais para o grande ou para o pequeno? Os australianos gostam de cozinhar?
Bom fim-de-semana! :-)

Isabel said...

Eu escrevo ao som da Eugénia Melo e Castro, enquanto leio os comentários...

Esta casa que mostra parece grande e quando fala em escadas, fica-se com a sensação de que as casas são grandes. E esse espaço exterior também parece muito agradável. Parece que foi um almoço muito apetitoso!

Em tempos o meu ideal de casa era um open-space ao estilo dos filmes americanos, e ainda gosto, mas na verdade tem esse inconveniente em relação aos cheiros da cozinha.

Bem, vou andando...desejo-lhe uma boa semana:)

Presépio no Canal said...

Olá, Isabel!

Foi um jantar, não um almoço. Nos Países Baixos, jantamos cedo, por volta das 18:30 ( e os miúdos vão para cama por volta das 19:30). :-)

O jardim é muito agradável. Os donos anteriores deixaram ali um belo espaço. E com umas lajes mais fáceis de limpar. As utilizadas geralmente na construção das casas são muito porosas e trabalhosas de lavar com as máquinas de pressão de água (já fui parar a várias sessões de fisioterapia à conta disso).

A casa é grande pois tem mais um piso que a nossa, com dois quartos e espaço de lavandaria. Foi acrescentado pelo proprietário anterior, pois as casas, geralmente, só têm r/c (cozinha e sala comum) e um piso superior (casa-de-banho e quartos estreitos). Um segundo piso superior dá muito jeito, sobretudo, para albergar visitas e tratar da roupa.

As escadas costumam ser estreitas, empinadas e quase em caracol - temos de ter algum cuidado a descer (já caí 3 vezes de escantilhão e numa delas fui parar às urgências do Hospital).

E não me atrevo, por exemplo, a transportar peças de mobília de madeira maciça para o primeiro piso (corremos o risco de danificar a parede e é uma ginástica brutal).

Uma boa semana também para si, Isabel, e obrigada pela visita e comentário! :-)