Este sábado, dia 2 de Agosto, fomos até Amesterdão para assistir ao Amesterdam Pride, mais precisamente ao Canal Parade.
Nota:
Eu nunca assisti a nenhum Desfile Gay Pride. Por isso, não posso comparar com outros.E também não vi o programa antes de ir.
O desfile começou às 14 horas. A esta hora, estávamos a almoçar no Sea Palace junto à Central Station. Já não íamos lá há dois meses. O serviço foi um pouco lento, mas a comida excelente como sempre.
Finalizada a refeição, fomos até ao ponto onde terminaria a exibição. Assim, chegámos à ponte a tempo de ver a chegada do primeiro barco.
Ao meu lado, estava um casal com duas crianças.Tudo muito sereno. No canal, vários barcos com pessoas que vinham para assistir:uns com casais, outros com amigos, outros com famílias completas. Comecei logo a suspeitar que o Desfile não seria assim tão "louco" e "desregrado" como às vezes é "pintado".
Pelos vistos, as minhas suspeitas estavam mais do que correctas. O que vi foi isto:
barcos e barcas enfeitados com balões e bandeiras coloridos (com predominância do branco e do rosa);
alguns barcos vinham só com homens, outros só com mulheres e outros com pessoas de ambos os sexos;
a maioria dos intervenientes trajava calças de algodão (geralmente brancas) e uma camisola de manga curta monocromática (rosa na sua maioria, laranja, etc);
as músicas variavam entre temas da Madonna e temas Disco dos anos setenta;
alguns grupos dançavam com coreografias, outros não;
a maioria dos participantes acenava "Adeus" às pessoas que assistiam e outros "atiravam" beijinhos (provavelmente viam amigos e familiares na assistência);
as pessoas assistiam pacatamente nas pontes ou sentadas nas cadeiras de lona dispostas nos barcos-casa ou directamente das suas varandas;
No final do desfile, circulava-se calmamente nas ruas. Na China Town, havia ruas enfeitadas e aqui e acolá, alguém cantava e tocava. Tudo muito discreto e muito "low profile".
Como foi pela noite fora, não faço a mínima ideia, porque viémos embora. Começou a chover e também já tínhamos planeado jantar em casa.
No desfile, participaram diversas empresas. Saliento as seguintes por serem mais conhecidas e com grande peso na economia do país:
Shell (que tem capitais neerlandeses e britânicos);
ING (banco neerlandês);
TNT (empresa neerlandesa de Correios);
IBM (empresa norte-americana de computadores e informática);
Outra organização que se fez representar foi a Amnistia Internacional.
A Polícia, o município de Amsterdão, a cidade de Rotterdam e a província da Frísia também participaram.
A nossa grande surpresa foi o barco que representava um café da cidade onde vivemos, Almere, onde dizia "gaycafé". O café em questão fica a 5 minutos da nossa casa. Para ir ao supermercado, passamos por lá e nunca vimos um ambiente estritamente homossexual, mas sim um ambiente muito heterogéneo.
Outros barcos que investiram mais na decoração e na temática foram a Frísia, o Devils, o das hospedeiras e dos pilotos que até emitia o sinal sonoro de pedido de atenção nos aeroportos, e o dos heróis de banda desenhada.
No início do desfile, surpreendeu-nos o barco da Polícia e o dos pais que pediam para os filhos serem aceites.
As crianças a meu lado salientaram logo o barco dos Fundos para a Sida.
Podem visualizar as fotos aqui para terem uma ideia mais precisa do que vos conto.
Sobre a legislação holandesa relativa à homossexualidade e a postura da Família Real podem ler este artigo do Diário Digital.
O Governo, através da pessoa do Ministro da Cultura, também participou no Desfile.
Para recordar:o trailler de Bird Cage (1996) com Robin Williams, Diane West, Gene Hackman e Nathan Lane.
A canção que ouvimos na China Town: It`s raining man.
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