Saturday, 21 February 2015

Um Café em Haia: De eeuwige jachtvelden


E o café onde gostamos de ir, quando vamos a Haia, é o De eeuwige jachtvelden ( qualquer coisa como "felizes campos de caça" ou "campos de caça de boa memória", digo eu). Fica situado de frente para a Câmara dos Comuns (Tweede Kamer) e a dois passos do Het Binnenhof (onde se situa o centro político do país) e do Mauritshuis, um dos museus mais conhecidos destas terras baixas.

Dois pormenores do meu agrado:

Os candeeiros de parede



E o chão, que me lembra o da casa dos meus avós...





Friday, 20 February 2015

Uma Nova Livraria em Haia: De Paagman


Inaugurou, no passado dia 13 de Fevereiro, em Haia, a nova livraria  De Paagman  (fica mesmo no centro da cidade, na correnteza do American Book Center).
Digam lá, se não é gira! Tenho de lá voltar. E vende livros antigos, também.





















Thursday, 19 February 2015

Gosto de ir a Haia



Fotografia do edifício do Ministério da Justiça, Haia.




Gosto muito de ir até Haia e, de vez em quando, estou lá caída. Desde o início do ano, acho que já lá fui umas 5 vezes. A nossa embaixada é lá e o International Health Center também.

No nosso consulado, que funciona junto à embaixada, já estive 3 vezes desde o início do ano. Uma das funcionárias até já reparou que as minhas idas se dão à sexta-feira. "É a senhora que costuma vir às sextas-feiras, não é?";-) Muito atenta. Ganhou pontos...;-) Na primeira vez, fui pedir um passaporte novo (€ 75), pois o meu estava quase a expirar. Na segunda, fui, pela primeira vez, tratar do cartão de cidadão (€ 20) e na terceira, fui lá buscá-lo.

Fiquei a saber, quando lá cheguei, na minha primeira ida deste ano, que devia ter marcado previamente. Não sabia (dantes não era assim)... Mas foram simpáticos: pediram-me para aguardar que as pessoas com marcação fossem atendidas e, pelo menos, lá consegui tratar do passaporte. Menos mal.

Ir de Almere a Haia, ainda leva o seu tempo de comboio: entre 1h05 (se mudar em Leiden) a 1hh15 (o directo). Há que contar também com o autocarro de casa até à estação (15 minutos), o eléctrico entre os comboios e o consulado (10 minutos) e os 5 minutos a pé da paragem do eléctrico até lá e de casa até à paragem do autocarro. Na prática, conto sempre umas 3 horas e meia, no total.

Às vezes, é possível conjugar com as consultas no IHCH  (como a de Nutricionismo - foi o caso, o mês passado). Quando isto acontece, fico contente - quer dizer que consigo rentabilizar melhor o tempo e poupo nos custos dos transportes. Eu tenho o OV Chipkaart, que me dá 40% de desconto nas viagens, mas ainda assim, paga-se bem. Ida e volta, em segunda classe, de comboio, custa-me €17,40. No total, gasto à volta de € 25, por causa do autocarro e do eléctrico. O mês passado foi especialmente mais dispendioso, pois ainda tive duas consultas de Ginecologia. Por isso, sempre que posso e se não estiver muito frio, procuro conhecer mais um ponto na cidade, seja uma loja ou um novo cafezinho.

Na última ida ao consulado, fomos de carro (1h15 hora de viagem) e aproveitámos para ir a um café que gostamos muito e conhecer uma nova livraria que abria nesse dia (13/02). No próximo post, partilharei as fotos da livraria. É muito gira. Não percam! Haia vale mesmo muito a pena...Sempre.


Wednesday, 18 February 2015

Amsterdam at Random


Gosto de vaguear pelas cidades, sozinha ou acompanhada. E fotografar, sem pressas. E deixar-me ir. Dizer à cidade que me leve. 
Obrigada a quem foi comigo e soube esperar e ser paciente. ;-)


Cinema Pathé Tuschinski

É considerado um dos mais belos cinemas do mundo. Nunca lá entrei e tenho pena. Data de 1921 e foi mandado construir por Abraham Tuschinski, um homem de negócios holandês de origem polaca e judia. Para os amantes de Art Nouveau e Art Deco, é um must see. O meu caso, portanto.;-)




Uma bonita porta, lá perto, junto à Rembrandtplein,




onde, circundando a estátua do famoso pintor, se encontram as esculturas das figuras do seu quadro mais conhecido, The Night Watch.




E, de novo, na Kalverstraat...




Ou ali perto, na Nes...




Na loja de departamentos, De Bijenkorf, na cafetaria situada no topo, onde acabámos a tomar um cházinho.




E na praça mais conhecida da cidade, a Dam....



Saturday, 14 February 2015

A Igreja de São Pedro e São Paulo em Amsterdam


Na semana passada, a convite da minha amiga I., fui assistir à Missa, em Amesterdão, na Igreja de São Pedro e São Paulo, também conhecida pela Igreja do Papagaio.

A primeira vez que lá entrei foi no ano passado, também com a I. Já tinha passado em frente desta igreja inúmeras vezes. No entanto, ou estava fechada, ou eu ia com pressa e assim se passaram 6 anos sem nunca lá ter entrado.

Ontem, fui lá novamente porque me faltavam duas fotografias para este post, a da frente da igreja...




...e a do famoso papagaio.

Esta igreja é conhecida pela Igreja do Papagaio por ter pertencido a um comerciante de aves durante o período em que o Catolicismo era praticado em segredo. 




Infelizmente, tive muita dificuldade em entender a homilia, que se realizou em neerlandês. Esta já foi a segunda vez que tentei ir a uma Missa na língua nativa. É muito frustante não perceber a maioria das coisas (textos religiosos são mais complexos). Ainda o que percebi melhor foi a oração a São Brás para nos proteger das doenças, enquanto o padre nos abençoava um a um. Bom, eu também não tenho ido a muitas Missas... No total, desde que cá estou, assisti a 6, praticamente uma por ano, e a maioria delas, em inglês.




Verdade seja dita, que não sou uma católica muito praticante no que aos rituais da Igreja diz respeito. Mas, considero-me uma mulher de Fé, frequentei as aulas de Religião e Moral Católicas na Escola Secundária e procuro ajudar o próximo, diariamente, no âmbito das minhas possibilidades. No entanto, às vezes, sinto falta de ir à Missa ou de ir rezar a uma igreja. Hoje, a viver em Almere, uma área maioritariamente protestante, nem sei bem onde se fazem Missas católicas. Creio que é numa igreja protestante. Ora, não é bem a mesma coisa: eu gosto dos meus santinhos...

Imagem de Santo António na Igreja do Papagaio




Situada na movimentada Kalverstraat, a principal artéria comercial da capital, a Igreja do Papagaio é uma igreja pequena, do século XVII, que fazia parte de uma casa e estava escondida por um jardim, e onde o culto católico foi celebrado às escondidas, até meados do século XIX. Da autoria de Gerrit Moele, é de estilo neo-gótico, conhecido também por estilo Guilherme II (1840-1849), que se caracteriza essencialmente pela utilização de estuque e madeira.

Na foto abaixo, o interior da Igreja



A todos (católicos ou não), esta simpática igrejinha convida-nos a dedicar 15 minutos do nosso tempo ao silêncio, à introspecção e à oração (a kwartier voor God), no fundo, a um momento mais profundo de meditação.

Os painéis seguintes e que se encontram à entrada da igreja são da autoria de Antoon Molkenboer (1872-1960).

Cristo e Maria Madalena, que aqui simboliza a mulher mundana às compras na Kalverstraat




A Cruz



Uma perguntinha para aqueles que já vieram a Amesterdão ou para os residentes nos Países Baixos:

Já algum de vós visitou esta Igreja?

Wednesday, 11 February 2015

Encontro de Bloggers em Haia


Há umas semanas, recebi um convite da Catarina Queiroz, nossa conterrânea e autora do site Craftiemum, para assistir a um encontro de bloggers, no dia 7 de Fevereiro, no American Book Center, em Haia. A iniciativa pareceu-me muito interessante e, apesar do frio, da distância e da hora (19:00), achei que valia a pena ir. E valeu! A Catarina organizou tudo muito bem - desde as etiquetas com os nossos nomes, à mesa de café com bebidas e bolinhos variados, à qualidade dos oradores escolhidos e ao questionário de avaliação, esteve impecável nesta sua primeira iniciativa do género.

O encontro contou com as intervenções voluntárias de vários bloggers, entre os quais, Tamkara Adun (Naija Expat in Holland), que nos contou como um grupo de bloggers expatriados se juntou e publicou as suas experiências de integração nos Países Baixos, no livro Dutched Up! (disponível na Amazon). A ver se o compro, pois deixou-me curiosa.

Esta iniciativa foi também uma excelente oportunidade para vários bloggers (21) se conhecerem entre si.

Acredito que mais eventos desta natureza venham a ocorrer, dado o entusiasmo manifestado pelos participantes.

À Catarina, Muito Obrigada pelo convite e por nos ter proporcionado esta oportunidade.

(Para mais detalhes sobre os oradores e fotografias do evento, clicar aqui.)


Monday, 2 February 2015

Ennio Morricone no Ziggo Dome, Amsterdam


Há noites muito especiais nas nossas vidas... Uma delas, foi o concerto de Ennio Morricone, em Junho de 2004, no Anfiteatro Keil do Amaral, em Lisboa. Escutar as obras emblemáticas do Maestro, vê-lo ao vivo, ali, no topo de Lisboa, numa noite a céu aberto, quase a tocarmos o Tejo e a Ponte 25 de Abril com a ponta dos dedos, e as luzes da Outra Margem, lá ao fundo, como velas pequeninas... Foi inesquecível!

Ontem, o cenário foi outro: no Ziggo Dome, em Amsterdam, um espaço semelhante ao nosso Pavilhão Atlântico (agora, chamado de Multiusos, parece-me), mas, a magia ainda me pareceu maior...Assistir à força da natureza que é o Maestro Ennio Morricone, foi de se lhe tirar o chapéu! Aos 86 anos e com problemas de coluna (sofre de hérnia discal, segundo percebi), dirigiu 200 pessoas em palco, entre a orquestra e o coro, com uma energia e entrega espantosas. A leveza na condução, a harmonia de todo o conjunto, os momentos ora mais profundos, ora mais vibrantes da sua música, o entusiasmo do público...Foi um concerto memorável! É verdade que houve alguns momentos que dirigiu sentado, mas, na maior parte do tempo, esteve de pé e, do princípio ao fim, sempre magnífico. Começou bem, cheio de energia, com a música de "Os Intocáveis" (1987) e depois as maravilhosas bandas sonoras de "Era uma Vez na América", "Cinema Paradiso", "A Missão" e os filmes de Sergio Leone, entre outros.

Este concerto era um momento há já muito aguardado - foi cancelado por duas vezes (em Junho e Dezembro do ano passado) devido aos problemas de saúde do Maestro. Um Ziggo Dome cheio esperava por ele, nesta Tour comemorativa dos seus 50 anos de produção de bandas sonoras inesquecíveis ...A não perder!


(E ele foi um querido! Ainda voltou 3 vezes ao palco, após o final do concerto...)





Algumas das bandas sonoras do Maestro e dos filmes que marcaram a minha adolescência e juventude...

Cinema Paradiso (1988)





Once Upon a Time in America (1984)





A Missão (1986)





E, por último, um tema que gosto muito, "The Ecstasy of Gold", do filme:

The Good, the Bad and the Ugly ( 1966)

(nesta parte, qual cavalo à solta, quase que "voava" directamente do anel para a plateia. Adoro, adoro esta música!!)