(Aachen, Hasselt, Liège, Maastricht, Sittard e Valkenburg), dos quais só nos falta visitar Sittard.
Eis duas fotos de cada uma das três cidades visitadas este ano para "aguçar o apetite" dos próximos posts:
Maastricht( essa mesmo, a cidade do célebre tratado de 1992, que criou a União Europeia).
Fica situada na província do Limburgo, a sul dos Países Baixos.
Mercado de Natal, no âmbito da Magisch Maastricht, que abriu no passado Sábado (data da nossa chegada) e que poderá ser visitado até 29 de Dezembro.
Na foto: Basiliek van Sint Servaas, na praça principal da cidade, o Vrijthof, onde se realiza o Mercado de Natal.
No Mercado de Natal
Hasselt, Bélgica
Na foto: Escola Superior de Enfermagem ( Provinciaal Instituut Verpleegkunde)
Foto tirada no carro, a caminho do Mercado de Natal.
A entrada do Mercado de Natal
Liège ( a cidade dos Príncipes-Bispos), na Bélgica
Província da Valónia (região francófona da Bélgica)
O meu original "bolo de aniversário": Zeeuwse Bolus, o bolo típico da Zelândia (província do sul dos Países Baixos) e que é de origem judaico-portuguesa.
Gosto muito do sabor a canela do Zeeuwse Bolus e a forma faz-me lembrar os nossos bolos caracóis.
Acompanhado de um café de cevada, sabe lindamente pela manhã. Muito reconfortante.
Este ano quis algo bem mais simples. Estou a seguir um novo plano de reeducação alimentar e tenho de ter cuidado com os hidratos de carbono (Hipotiroidismo oblige). Há 2 meses, que a minha boca é um templo e já perdi 9 kg. Há ainda outros 9 para desaparecer e assim atingir o limite máximo do peso adequado à minha altura. E mais qualidade vida, sobretudo. Especialmente, menos cansaço. Sinto-me muito melhor com menos 14 kg ( no ano passado, consegui perder 5 kg, mas depois "estacionei"). Este ano, decidi que seria mais rigorosa e está a compensar. Estou com muito mais energia e um ar bem mais saudável. Espero que nas próximas análises, os meus níveis de colesterol já tenham normalizado também. Tenho trabalhado para isso ( evito fritos, etc).
Mas o dia era para prevaricar e já em Leeuwarden, comi uma deliciosa fatia de tarte de maçã e canela (nada mais Dutch), desta vez, acompanhada de um smothie de coco, ananás e maçã. E porque as coisas boas são para partilhar, digo já onde foi: no Barrevoets, que aconselho vivamente (comidinha caseira e só com produtos frescos).
O jantar foi num restaurante que adoro, o De Vrijheid(Liberdade), que fica numa aldeia ali próximo e vale a pena visitar, o Grou. Sempre gostei muito de explorar esses campos afora...
Na foto, a antiga quinta onde fica o restaurante.
Gostei especialmente dos amuses oferta do chefe: gelado de ostra com mousse e tártaro de pepino. Delicioso! Maravilha!
Gostei muito também de matar saudades da deliciosa manteiga da Frísia (há 2 meses que não toco em manteiga...).
E da simpática e atenciosa sobremesa (mousse e gelado de amoras): Van Harte Gefeliciteerd / Muitos Parabéns!
Na carta de vinhos do restaurante, encontramos, imaginem, vinhos do Grou...mas de Portugal, Alentejo. No entanto, a nossa escolha acabou por recair num Tempranillo...
E, já que este post é sobre comida, digam lá se não casa/finaliza bem com o video que a Margarida, do blog Memórias e Imagens, me presenteou no dia do meu aniversário? Obrigada, Margarida!
Sim, "gosto" e não "gostava", porque, para mim, ele continua aqui, bem presente através das minhas memórias.
Foi há 24 anos, a 24/11/1991.
Estava a ver um programa do Joaquim Letria, quando soube da morte do meu querido Freddie Mercury , um dia depois de ele ter assumido que sofria de Sida e 3 dias depois de eu completar 21 anos. Tinha a idade que tenho hoje: 45 anos. À época, fiquei em choque. Tinham-me escapado as notícias do dia anterior. Falava-se, é verdade. Ele já estava muito magro. Mas acho que nunca quis acreditar...
"Crazy Liitle Thing Called Love" é a primeira música Rock que tenho memória de ter ouvido na minha vida.
E dizem que não há amor como o primeiro. E, até hoje, Freddie Mercury é o meu "primus inter pares". Pela voz, pela entrega, pelo corpo e alma que dava às canções. Ainda agora, quando o oiço, sinto uma pena enorme por ele ter partido. Ao rever as suas actuações pujantes, plenas de alegria, parece-me sempre que não é verdade, que não aconteceu. Morte não conjuga com Freddie Mercury. Ele que era cheio de vida.
Radio Ga Ga é outra das minhas favoritas - muito por "culpa" do professor de Inglês, que era fã e nos punha a escutar a cantar a música. E esta interpretação no Live Aid está demais! Um must see! E a parte final...Saudades desta energia e talento!
O Freddie acompanhava-me desde pequena. Eu era fã dos desenhos animados do Flash Gordon e os Queen fizeram a canção - tema do filme...
E no Seagull, no Portinho da Arrábida, quantas vezes dancei o "Under Pressure"...
Beijinho Freddie, estejas lá onde estiveres!
Adenda ao post:
João, creio que a tua favorita é esta. Diria que Bohemian Rhapsody é a obra-prima dos Queen.
Quando chegámos a Leeuwarden, estacionámos o carro num parque, próximo do restaurante De Brasserie. A primeira coisa que me chamou a atenção foi o mural exterior. A segunda foi o ambiente interior, acolhedor e sofisticado.
No geral, à medida que passeávamos pelas ruas de Leeuwarden, os restaurantes pareceram-nos muito aconchegantes, daqueles onde apetece estar. O Natal também já se faz sentir nas ruas e gosto muito de ver as luzes nas árvores junto aos canais. Esplanadas vazias, claro - a esta hora, já está muito frio...
E o frio faz com que procuremos locais onde nos possamos abrigar...como, por exemplo, livrarias...Quem me conhece sabe o quanto gosto de livrarias, especialmente das livrarias holandesas, sempre muito bonitas, onde apetece ficar horas a fio. Esta, também de estantes e estantes de livros antigos e um cantinho ao piano, fica mesmo no centro da cidade. Chama-se Van der Veld Boeken.
Candeeiro Tiffany logo à entrada
Muito boa a secção de livros ingleses desta livraria. E os sacos, giríssimos!
O segundo lembrou-me logo da minha Miss Marple favorita, a actriz Joan Hickson.
O piano, que mencionei há pouco...
Gezellig!! foi a palavra que nos veio logo à cabeça para descrever Leeuwarden. Esta palavra, sem tradução directa, quer dizer muitas coisas ao mesmo tempo, como acolhedor, aconchegante, simpático, agradável. E Leuuwarden é um lugar assim - com gente muito simpática, sorridente e que nos faz sentir bem-vindos. Uma cidade antiga, cheia de charme e uma vida cultural vibrante. A voltar, sem dúvida...
Esta fotografia, com que a Ana do blog (In) Cultura me presenteou, no dia do meu aniversário, e que os holandeses diriam que é "mooi" (bonita) também ajuda a criar uma atmosfera gezellig, porque é luminosa, aconchega, é harmoniosa, sabe bem. Muito Obrigada, Ana!
E, já agora, como se pronuncia esta palavra?
Uma canção em Frísio que gosto muito: Wêr Bisto do já extinto grupo Twarres
Todos os anos, costumo partilhar no blogue, como foi o meu dia de aniversário, ou seja, como costumo passá-lo agora, que estou longe da terra-mãe.
Desta vez, o destino foi aqui pertinho...
Este ano, fomos até Leuuwarden, na Frísia (Norte dos Países Baixos). Há muito que desejava lá ir, mas ainda não se tinha proporcionado.
Vamos, então "entrar", e conhecer um bocadinho desta cidade, uma das 12 capitais de província dos Países Baixos...
O nosso destino inicial era oFries Museum- queríamos ver a exposição permanente sobre uma muito conhecida filha da terra, Mata Hari, a famosa espia, dançarina e cortesã da I Guerra Mundial, acusada de espionagem a favor dos Alemães e condenada à morte por fuzilamento em França.
Ficará para uma próxima, no entanto - já chegámos tarde, a meia-hora do fecho do museu. Devíamos ter saído de casa por volta da uma, mas a manhã lá fora, fria e chuvosa, pedia o quentinho dos lençóis e entre as compras no mercado e o almoço já tardio, fomos só com o intuito de desfrutar a cidade.
A entrada do Fries Museum O novo edifício, na Wilhelminaplein, foi inaugurado em Setembro de 2013. À entrada, tem um café muito acolhedor, onde apetece estar e uma loja, com peças típicas da Frísia e postais e livros sobre o acervo do museu.
A Frísia tem a sua própria língua, o Frísio, sendo este uma das duas línguas oficiais dos Países Baixos. Na fotografia abaixo, a porta da casa- de-banho das senhoras do Fries Museum.
"frouljiu" ( Frísio)
"vrouwen" (Neerlandês)
O Museu Nacional de Cerâmica
Um outro museu que nos ficou na mira, foi este, oMuseu Nacional de Cerâmica (Keramiek Museum). Tem belíssimas peças Chinesas e de Art Nouveau ( e eu gosto muito de Arte Nouveau).
Este video é da exposição "Sobre o Chá" ("Op de Thee") que esteve patente entre Setembro de 2014 e Julho de 2015. Um luxo de exposição! Uma pena não ter sabido antes...
Uma ponte, um canal e uma canção
A zona central da cidade, com o seu longo canal, fez-nos lembrar o Oudegracht (Canal Velho) em Utrecht.
Esta fotografia, na minha opinião, casa muito bem com a canção com que a MR me presenteou no Prosimetron. Gosto de vê-las juntas. Combinam bem.
Uma das músicas da minha vida. Na mouche, MR. ;-)
Muito Obrigada!
Ter chorado baba e ranho com o Marco e cantado "Lá num país cheio de cor..." com a Abelha Maia. A cantora do genérico era uma senhora que, mais tarde, ficou conhecida como Ágata.
Ser fã incondicional da Heidi. O bolo de aniversário dos meus 6 anos era da Heidi. Fui escolhê-lo com o pai. Também descobri que não havia Pai Natal por causa da Heidi (vi a mãe a esconder o mealheiro da Heidi que me foi oferecido nesse ano...).
Gostar muito de ver o Topo Gigio (1979). Nunca tive o boneco (comprar brinquedos naquela época era muito caro e nós não podíamos - a situação do país naquela altura era muito difícil, o pai já havia falecido e o estilo de vida era agora bem mais modesto). Um dia destes, se encontrar o Topo Gigio, compro. Coisa fofa!
E o D'Artagnan e os Três Mosqueteiros. Sempre gostei muito de capa e espadas.
Vibrar com os Festivais da Canção. Lembro-me de ter adivinhado que a Manuela Bravo ia ganhar (1979). Tinha de ser! Eu gostava ( e ainda hoje gosto) muito de balões. ;-)
Ter assistido ao início da transmissão de novelas brasileiras. A loucura que era com a Gabrielae a pena que eu tinha daEscrava Isaura...
Ter visto....
A doce série espanhola, Verão Azul(aquele inesquecível assobio).
A Família Bellamy (Upstairs/ Downstairs), revista inúmeras vezes, ao longo dos anos. Esta série irá servir de inspiração para outra muito conhecida 40 anos mais tarde: Downton Abbey.
A história de Upstairs/ Downstairs nasce numa conversa entre duas grandes actrizes, na cozinha de uma delas. Estou a falar de Dame Eileen Atkins e Jean Marsh (esta, a inesquecível Rose). Upstairs/Downstairs terá uma segunda série em 2010, que também achei muito boa. Desta vez, Dame Eileen Atkins participará também como actriz.
Dallas. Era o Domingo à noite, se me recordo bem, e não falhava. JR Ewing era o vilão mais amado naquele tempo.
Fazer 45 anos em 2015 é...
Ter brincado na rua e ir a pé. sozinha, para a escola. Dar caminhadas com o avô, ir aos figos e às amoras. Ainda hoje, dou Graças a Deus ter sido criança nesta época. Ter trepado às árvores, caído e esfolado os joelhos e não ser o fim-do-mundo por causa disso. Tratava-se com álcool e não havia cá choradinhos. "O que arde, cura" dizia o meu avô. Entrar na Escola Primária com 7 anos ( 1977, 3 anos após o 25 de Abril).
No estrado, cantávamos " Uma gaivota voava, voava..." (para os mais impacientes, escutar a partir de 00:50 - a parte mais bonita e alegre).
A nossa colega Anabela, muito à frente, já cantava no estrado, Another Brick in the Wall, dos Pink Floyd (1979).
Ter uma colega na Primária que era retornada. Lembro-me que era muito doce e boazinha, mas muito pobre ( veio sem nada de África).
Lembrar-me que na época (entre 1977 e 1986), só comprávamos roupa nova em épocas festivas (Aniversário, Natal, Páscoa e nos Santos Populares; um par de botas, sapatos e ténis tinham de dar para todo o Inverno).
Ir a casa da madrinha quando precisávamos de telefonar ou receber chamadas. A maioria das pessoas não tinha telefone. Também se ia ao café para telefonar.
Ir aos mandados para a avó e comprar quartos de café, que vinham embrulhados em papel.
Fazer 45 anos em 2015 é...
Lembrar-me do Mário Soares, na televisão, a dizer que tínhamos de apertar o cinto e ouvir a minha mãe dizer que já não tinha mais furos para apertar. Nessa época, tivemos dois resgates: em 1977 (ano em morreu o meu pai) e 1983, sendo que, no primeiro, os bens estiveram racionados. A nossa vida havia mudado muito (já não fazíamos um mês de férias no Algarve, nem festas de aniversário, nem comprávamos roupa e brinquedos como antes, etc.). O ordenado da minha mãe mal chegava ao fim do mês.
Para mim, Presidentes da República foram o Ramalho Eanes e o Valéry Giscard - D'Estaing. Foram os primeiros que conheci e se tornaram míticos na minha cabecinha infantil. O primeiro inspirava-me seriedade e o segundo era da França, onde viviam muitas pessoas minhas conhecidas ( a França, para mim, era um segundo Portugal, sobretudo Paris). Os restantes PR's portugueses...foram só isso, os restantes. Não os achei grande coisa.
Lembrar-me como se fosse hoje da morte de Sá Carneiro. E para mim, foi um atentado, o que aconteceu ali, em Camarate.
Fazer 45 anos em 2015 é...
Ter andado na Telescola(a mãe dizia que havia muito consumo de droga no Ciclo Preparatório e queria manter-me afastada desses ambientes). Tinha aulas pela Televisão e só duas professoras presenciais (uma para Letras e outra para Ciências, Matemáticas e Artes). Lembro-me que tinha de apanhar o autocarro para o campo ( a telescola ficava numa aldeia). Ia sozinha, mais percurso a pé. E no Inverno, chegava a casa já de noite. Era uma gaiata, mas desenvencilhava-me muito bem.
O ensino era muito exigente e ainda hoje guardo as fichas diárias. No Liceu, diziam que vínhamos mais bem preparados.
Na Telescola, só aprendíamos Francês. O meu, à época, era um primor. E foi assim até aos 25 anos, altura em que deixei de praticar como antigamente (cheguei a dar explicações durante vários anos). Da primeira vez que fui a Paris, ninguém suspeitou que era portuguesa e muitos me diziam que o meu Francês era melhor que o deles (nativos). Hoje, já está muito esquecido e tenho pena.
Fazer 45 anos em 2015 é...
Ter dançado o meu primeiro slowao som do FR David, "Words", em 1982.
Ser do tempo do gira-discos, dos discos de vinil, dos singles e dos LP's.
Ser do tempo das máquinas de escrever eléctricas.
Ser do tempo em que se dançava slows nas discotecas.
Vestir roupa verde-tropa e tentar dançar Breakdance.
Mais tarde, veio a fase do Heavy Metal. A minha mãe, muito compreensiva, lá me coseu um monograma dos Manowar numa camisola preta.
Ter visto muitos vizinhos, malta da minha idade, de classe média e lares estruturados, a cair nas malhas da droga (sobretudo heroína). Alguns foram presos (por roubos e tráfico), outros morreram por overdose. Muito triste.
Marcou-me para a vida e por isso, nunca toquei nem nas leves, nem nas pesadas. E não gosto, nem permito que se fumem drogas leves ao pé de mim ( faz-me lembrar como os vi começar).
Fazer 45 anos em 2015 é...
Vibrar com filmes e séries de dança moderna como, por exemplo:
Flashdance (1983)
Fame (anos 80) ( e as palavras da Debbie Allen que ainda hoje sei de cor)
Ter cantado ao som dos Band Aid em 1984 por causa da fome e da pobreza que grassava na Etiópia.
Ter vibrado com o Live Aid, no Verão de 1985. Saudades imensas do Freddie Mercury...Era uma força da Natureza.
Fazer 45 anos em 2015 é... Lembrar-me da abertura do Centro Comercial das Amoreiras (1985). Havia muita gente que organizava excursões a Lisboa só para visitar este centro comercial.
Assistir, ainda nesse ano, pela TV, à entrada de Portugal na CEE (Comunidade Económica Europeia), hoje União Europeia.
Lembro-me que fiquei muito contente e com mais esperança no futuro.
Ver, a dias dos meus 19 anos, pela TV, a Queda do Muro de Berlim (Novembro de 1989). E ficar feliz!
Estrear, nesse mesmo ano, a PGA (Prova Geral de Acesso). Estudei tanto!
Mas só entrei na Faculdade na 3a fase, já em Abril de 1990.
Fazer 45 anos em 2015 é...
Ter ido aos concertos do Carlos Paredes e do Steve Vai, dois virtuosos da guitarra (o primeiro na guitarra portuguesa, o segundo na guitarra eléctrica), na Aula Magna, quando andava na Faculdade.
Ter gritado "Não Pagamos, Não pagamos!!", quando foi da introdução das propinas. Hoje, acho que devemos pagar, de acordo com os nossos rendimentos, para poder financiar melhores bolsas de estudo a quem realmente precisa.
E cantar depois, com os Trovante, Timor (como se fosse uma prece, que ainda hoje me emociona).
Fazer 45 anos em 2015 é... Ter feito o Inter Rail numa época em que ainda não havia telemóveis nem emails. Quando saíamos de Santa Apolónia, era a liberdade total. Para telefonar, usávamos o Marconi Phone Card, com chamadas a pagar no destino. E na época, ainda não havia euro. Havia sim, pesetas, francos, liras, dracmas, marcos,...Estávamos em meados de 90.
Ter assistido ao aparecimento e vulgarização dos telemóveis, da internet, do email, dos cartões multibanco, dos cd's...
E tantas outras coisas que poderia contar aqui...
E agora, a poucos dias de completar 45 anos, saber pela Internet, dos atentados em Paris...
Mas, o que realmente importa salientar aqui e agora, é que, ao longo destes anos, a Alegria e a Esperança foram sempre aquilo que privilegiei.
Nota Prévia: Este post segue em inglês, uma vez que esta série de post's, My A-Z of the Netherlands, foi assim iniciada, em 2012. Entretanto, por motivos vários, não tive oportunidade de dar continuidade a esta série.
Até à data, foram publicados os seguintes post's da série My A-Z of the Netherlands:
"V" is for Veterinary Costs; O post que se segue foi escrito em 2013. O tema? Esse gosto tão holandês pelos postais, onde parece existir um para cada ocasião. Dado que o Natal está à porta e algumas pessoas gostam de enviar postais nesta quadra, pareceu-me ser boa altura para, finalmente, publicar este My A-Z of the Netherlands: "P" is for postcards. Enjoy!
Until I left Portugal in December 2007, writing postcards was no longer a habit. One could find postcards for Christmas, Easter and birthdays, but I don't recall finding any for other special occasions like a graduation or a new house, getting a driving license or sending best wishes in case of illness, as I have found in the Netherlands when we arrived here. This country offers a wide variety of postcards, almost one for every single occasion and making postcards is also a very common hobby.
Lately, I sent some Dutch postcards to my beloved ones. Let's take a look?
The "Bedankt" postcard
The postcard below was sent to my godmother to thank her for sending me an Agatha Christie's book. Very pretty, don't you think?
The "Geslaagd" postcard
In the Netherlands, a "Geslaagd" postcard is offered to those who have finished their high school studies with success. A moment of pride for the families, it is also a kind of national celebration. If you see a school bag and the national flag hang on in a house, you know that someone over there have concluded their compulsory studies with sucess. However, I use them on other similar occasions. This one I sent to a blogger friend who graduated as a PhD. ;-)
The "Te Laat" postcard
I find very amusing the "Te Laat" postcards. This one I sent to my cousin A. to apologize for my delay to congratulate her on her birthday.
The "Jaring" postcard
The postcard bellow I sent to a friend for her birthday last May. By then, she was unemployed in spite of her high education level and her 14 years of work experience. In our mail exchanges, I noticed that she was sad - she said she had no special reasons to celebrate her birthday - and I wanted to cheer her up a bit. In this postcard, it is written: "Dear friend, Your birthday party doesn't last long enough to celebrate how special you are."
The "Nieuw woning" postcard
Life brings many changes like to move to a new house or come back to our homeland. This postcard I sent to a friend couple who returned to Poland to wish them much happiness in their new house (woning).
The "Gestopt met werken" postcard
This postcard is generally sent to someone who gets retired from his/her work. It was the case of A.'s father and I bought this one to send him. Now it is time to enjoy more what life has to offer, relax and have fun!
Have you enjoyed the postcards I sent?
Dutch postcards also reflect specific cultural aspects of Dutch society. The "Beschuit met muisjes" postcard
If a friend couple of ours has a baby boy, we should offer them a postcard like this; in case of a baby girl, the same postcard in the pink version.
"Beschuit" means rusk and "muisjes" little mice, which, in this particular situation, are aniseed sprinkles, symbol of fertility and considered to be helpful during the lactation period.
Generally, the happy couple offers these rusks to the family and friends visiting the new born baby.
The topping could also be orange in case of a Dutch Royal child.
The "Zwemdiploma" postcard
Being the Netherlands a country of many channels and lakes, it's necessary that Dutch children got swimming lessons at early age for safety reasons. Imagine if they fall on the channel nearby when they are playing on the grass with their little friends, for example...
There are three levels they must achieve: A, B and C. , also known by the "Dutch ABC Certification". Getting the swimming diploma is a very important moment for the child and the parents.
Most probably, the child will receive a postcard like this one to celebrate this important achievement.
The "Abraham" and "Sarah" postcards
If a man is turning 50 years old, he receives a postcard congratulating him for becoming Abraham. If it is a woman, she receives a postcard congratulating her for becoming Sarah (Bible characters). Aging in the Netherlands is considered a normal process of life. More than this, it is something that is valued and treasured.
Other special occasions
(the following postcards are from my private collection)
The "Zin in een date?" postcard
I told you that the Dutch have postcards for every single occasion, remember? Even to invite someone for a date...;-)
Or to invite a friend for something funny...
The "Samen Wonen" postcard
And if you want to ask that very special person to live together with you, why not to do it with a beautiful postcard such as this one? ;-)
The "Je bent zwanger" postcard
If a close friend gets pregnant, most probably she will receive a postcard like this one to congratulate her on this such special moment of her life.
The "Oma"/ "Opa" postcards
And if you want to congratulate the grandparents, there are also postcards available...
The "Jaar getrouwd" postcard
I like these postcards too because we can chose the number of years that applies on the situation (how many years of marriage). Very lovely to offer to our parents and grandparents.
The "Beterschap" postcard
The best wishes postcards are generally given to someone who is ill at home or in the hospital. This is very funny one, don't you think?
The "Welkom Thuis" postcard
I find these ones very lovely too, specially if a love one is returning home from the hospital or from a long trip.
The "Nieuwe Baan" postcard
A friend gets a new job and you want to show that you share his happiness. What about to send him a postcard?
The "Rijbewijs" postcard
If someone gets its driving licence, it's also easy to find out funny and cute postcards in the Dutch bookstores. I like this one with an old car.
The "Tot Ziens" postcard
In case we need to say goodbye to someone - a work fellow, a friend who goes to live in another country, etc -, it's nice to offer him a postcard like this, wishing him good luck and safe journey and telling him that it was nice to meet him and we hope to keep in touch.
Hoje, ALGUÉM de quem gosto muito, FAZ ANOS. Falo doJoão Menéres, que, este ano, tive o grato prazer de conhecer pessoalmente, num encontro muito feliz, numa ida ao Museu Soares dos Reis, no Porto, pela inauguração de uma exposição colectiva de fotografia, onde o João também participava. Lembram-se? Contei aqui.
Foi um encontro muito especial para mim. Viajei 6 horas de comboio, 3 para o Porto e 3 para Lisboa, mas a hora que passei com o João valeu cada minuto. Nem senti as 6 horas de viagem, ou melhor, corrijo: senti a alegria da expectativa da surpresa que lhe ia dar e, já depois, a alegria de tê-lo conhecido pessoalmente. Foi um dos momentos mais especiais deste meu ano de 2015.
Gosto muito do João. Por ser um SENHOR, como há poucos nos dias que correm, que sabe tratar as pessoas com fino trato, elegância, cortesia, ou seja, com HONESTIDADE e GENEROSIDADE.
Outra faceta que gosto muito, muito dele: é um apreciador, ou melhor, um saboreador da VIDA.
Esta tua faceta faz-me sempre sorrir, porque no matters what, o caminho é por aí, pela ALEGRIA de VIVER:
Fazes-me lembrar, por isso, as palavras da tua prima, Maria Alberta Menéres, quando escreve no seu "Água -Memória":
Pára a chuva nas árvores pára a chuva nos gestos, interiores contornos divisíveis distâncias ultrapassáveis gritos que alegria no inverno, que montanha esperada ou inesperado canto?
ou quando ela escreve, no seu belo "As Pedras": "Riem nos muros ao sol, ..."
"Brilham quando a chuva cai." Tu és uma destas pessoas, que brilham sempre.
Tem sido um AMIGO muitíssimo presente (ao qual agradeço o favor de me aturar) e quero que saibas que te estou MUITO GRATA e tens um lugar muito, muito especial no meu coração.
É um PRIVILÉGIO privar contigo e gozar da tua AMIZADE.
Que venham muitos mais anos de JOÃO MENÉRES!!
TEM UM DIA MUITO FELIZ! Uma Flor do KEUKENHOF 2011 para ti
E porque hoje é DIA de FESTA ( eu já estou a dançar):
A última vez que vi a nossa querida Grace Jones, no programa do Jools Holland que passou na TV, numa recente passagem de ano.
Je leeft maar heel kort, maar een enkele keer/ Vives por pouco tempo e só uma vez
En als je straks anders wilt, kun je niet meer / E quando quiseres novamente, já não podes
Mens durf te leven / Gente, atrevam-se a Viver!
Vraag niet elke dag van je korte bestaan: / Não te perguntes todos os dias
Hoe hebben m'n pa en m'n grootpa gedaan? / Como teriam feito os avôs?
Hoe doet er m'n neef en hoe doet er m'n vriend? / Como teria feito o meu sobrinho e o meu amigo?
En wie weet, hoe of dat nou m'n buurman weer vindt? / E o que pensa o meu vizinho?
En - wat heeft 'Het Fatsoen' voorgeschreven? / E o que ditam os costumes?
Mens, durf te leven! Gente, atrevam-se a Viver! En - van je leven / E da tua vida Ze wijzen de paadjes, waarlangs je mag gaan/ Eles indicam os caminhos pelos quais podes ir
En roepen 'o foei!' als je even blijft staan / E clamam " Vergonha!" se te recusas
Ze kiezen je toekomst en kiezen je werk / Escolhem o teu futuro e o teu trabalho
Ze zoeken een kroeg voor je uit en een kerk / Colocam-te fora do café e da igreja
En wat j'aan de armen moet geven / Ditam ao que os pobres deves dar
Mens, is dat leven? / Gente, é isso Vida? De mensen - ze schrijven je leefregels voor / Os outros ditam as regras da tua vida
Ze geven je raad en ze roepen in koor: / Dão-te conselhos e gritam em coro:
Zo moet je leven! / É assim que deves viver! Met die mag je omgaan, maar die is te min / Dizem-te como deves conviver com isto e com aquilo, e isso é o mínimo
Met die moet je trouwen - al heb je geen zin / Com quem deves casar, mesmo sem vontade
En daar moet je wonen, dat eist je fatsoen / Como deves viver porque assim é que é
En je wordt genegeerd als je 't anders zou doen / Serás renegado se diferente fizeres
Alsof je iets ergs had misdreven / Porque erraste... Mens, is dat leven? / Gente, é isso Vida?
Het leven is heerlijk, het leven is mooi / A Vida é maravilhosa, A Vida é bela
Maar - vlieg uit in de lucht en kruip niet in een kooi / Mas voando e não rastejando numa gaiola
Mens, durf te leven / Gente, atrevam-se a Viver!
Je kop in de hoogte, je neus in de wind / Com a cabeça nas alturas e de nariz ao vento
En lap aan je laars hoe een ander het vindt / Ao encontro do Outro
Hou een hart vol van warmte en van liefde in je borst / Mantém um coração pleno de Amor
Maar wees op je vierkante meter een Vorst! / Sê o Príncipe da tua casa
Wat je zoekt, kan geen ander je geven / O que procuras, ninguém te pode dar
Mens, durf te leven! Gente, atrevam-se a Viver! Versão original de Ramses Shaffy (1967)
Geralmente, comemos assadas, mas, desta vez, resolvemos variar.
Acho que continuamos a preferir da forma mais tradicional. Por isso, no próximo ano, assadas serão.
O vinho turco que provámos é vinho de sobremesa e acompanhou bem as castanhas.
Hoje, as crianças virão cantar às portas, com as suas lanternas de papel na mão, devidamente acompanhadas pelos pais. Os chocolates já estão comprados para lhes dar. Agora é esperar que elas cantem bem. ;-)
Nós iremos ter castanhas e batata-doce, que vamos acompanhar por uma garrafa de vinho turco que nos foi oferecida por uns amigos.
Há 2 anos, fomos até ao Curaçao.
Numa viagem de carro pela ilha, fomos conhecer uma das casas senhoriais da época colonial. Neste link, encontram a lista dessas landhuizen e um breve resumo sobre a história de cada uma delas. Algumas funcionam actualmente como unidades hoteleiras, como é o caso da Landhuis Daniel, onde almoçámos e nos deliciámos com um sumo de manga, laranja e melão, num dia de muito calor.
Uma recordação soalheira, neste dia frio e de chuva. :-)
E ao olhar pela janela da saleta de leitura, vejo a Natureza em todo o seu esplendor e toda esta profusão de cores: amarelos, roxos, azuis, laranjas,...