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Sunday, 8 January 2017

Alma-Tadema no Friesmuseum


Uma exposição que aconselho:

Alma-Tadema - klassieke verleiding
Alma- Tadema - Sedução Clássica

e que pode ser vista até ao próximo dia 7 de Fevereiro, no Friesmuseum, em Leeuwarden.




Lorens Alma Tadema nasceu na província neerlandesa da Frísia, mais precisamente em Dronrijp, a 8 de Janeiro de 1836, ou seja, há exactamente 181 anos. Tendo estudado na Bélgica, radicou-se em 1870, no Reino Unido, onde adopta o nome de Lawrence Alma-Tadema, casando, no ano seguinte, com Laura Epps (que virá a adoptar o nome de Laura Alma-Tadema), também ela pintora e de quem podemos ver alguns quadros nesta exposição. Em 1873, Lawrence adquire a cidadania britânica, e em 1899, é investido como Cavaleiro pela Rainha Vitória, ficando conhecido a partir daí, como Sir Lawrence Alma-Tadema. Virá a morrer em 1912, em Wiesbaden, na Alemanha.

Na fotografia abaixo, a capa do cardápio do almoço: pormenor do quadro " The Coign of Vantage" (1895)




Algumas notas:

Não é permitido fotografar durante a visita.
A entrada com o Museumkaart custa €3.
A tarte de maçã do café do museu é uma delícia! ;-)
Os Frísios são homens muito altos - às vezes, tinha de esperar para conseguir ver os quadros.
As Frísias têm muito estilo e usam uns casacos giríssimos de feltro e malha.
O meu marido ficou encantado com a pintura de Alma-Tadema, que não conhecia, e às vezes, passava por mim (nem sempre estávamos a ver o mesmo quadro) e nem me via (juro!).
Gostei muito de ver o mobiliário da casa do pintor em Londres, bem como pinturas da mulher 
(Laura) e da filha (Anna).
E achei muito interessante ligarem os quadros aos filmes cujos cenários foram por eles inspirados.


Sobre a exposição, ler mais aqui.




Thursday, 7 April 2016

Mata Hari no Fries Museum

Ainda no Fries Museum...

Na sala dedicada a Mata Hari (1876-1917) 


Mata Hari foi uma famosa dançarina exótica e cortesã neerlandesa, natural de Leeuwarden, acusada de espionagem a favor dos alemães durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Morreu em França, por fuzilamento.

No próximo ano, os arquivos franceses serão abertos e conhecida a verdadeira história por detrás da sua condenação e morte.

Nas fotografias abaixo:

Facturas de compras de Mata Hari

Uma das facturas é das famosas Galerias Lafayette, em Paris.



Postais enviados à filha, Louise Jeanne MacLeod (1898-1919)



Na sala, podemos ver também a certidão de nascimento, a certidão de óbito e um livro com recortes de jornais.

NB: O video desta biografia de Mata Hari, com imagens de época, está em castelhano.



Tópicos do video:


A perda da riqueza familiar pelo pai, a ida do pai para Amsterdam, a morte da mãe, o novo casamento do pai, a ida para o colégio em Leiden, o casamento com MacLeod, o nascimento dos filhos, a ida para as Indias Orientais Holandesas, a vida no Oriente, o falecimento do filho por envenenamento, o regresso à Holanda, a separação do casal, a ida para Paris, a carreira de bailarina exótica, os amantes, a vida em Berlim, regresso a Haia, e depois a Paris em 1916, a vigilância pelas forças de segurança francesas, a proposta para se tornar espia a favor da França, a viagem de barco até à Bélgica, retorno a Espanha, ida à embaixada alemã em Madrid, aviso a Berlim sobre Mata Hari, os alemães levam os franceses a acreditar que Mata Hari trabalhava para eles, Mata Hari é vigiada e presa, as queixas de Mata Hari da vida prisional, a confissão de Mata Hari, a condenação à morte.

Greta Garbo (1905-1990) como Mata Hari (1931)



Monday, 4 April 2016

No Fries Museum


Segundo dia de Páscoa (segunda-feira, 28/03/2016) 
Visita ao Museu da Frísia (província situada a Norte dos Países Baixos) em Leeuwarden
(capital da província)

Bem-vindos ao Museu da Frísia! Welkom naar Het Fries Museum!

Na sala dedicada à Frísia (pintura, trajes regionais,...)

Traje regional feminino



Um recanto ( gostei muito do relógio)



Nas salas dedicadas à Resistência durante a Segunda Guerra Mundial

Cartões de identificação


Não pude observá-los como deve ser, pois já estava no final da visita. Não cheguei a ver se pertenciam a judeus, ou a membros da Resistência ou se eram identificações falsas; digo isto, porque, momentos antes, vimos alguns instrumentos de trabalho dos falsificadores de documentos.


Cartões de Racionamento


Um rádio escondido num livro


Cilindros lançados pelos aviões com aprovisionamentos para as populações



À saída, nas escadas, candeeiros com peças de tricot feitas pelas crianças das escolas básicas locais



Temos de voltar a este museu, pois não vimos todas as salas (faltou-nos a sala dedicada ao tricot) e quero voltar com mais tempo à parte dedicada à Resistência - fiquei muito tempo a ver filmes de época sobre o período ( bombardeamento de Roterdão, saída da Rainha Wilhemina do pais, etc) e já não pude apreciar as peças como queria. 

Uma outra sala muito interessante é dedicada ao mobiliário típico de Hindeloopen, uma cidade da Frísia que aconselho muito a visita, e onde já levámos amigos nossos de Portugal que estiveram cá a passar uns dias. Esta sala lembrou-me o Museu de Hindeloopen (que gostei imenso e recomendo!), com as divisões da casa decoradas com o mobiliário típico desta cidade medieval que também fez parte da Liga Hanseática.

Neste momento, no Museu da Frísia, está patente também uma exposição sobre o ouro encontrado na província pertencente ao período medieval, desde moedas a peças de joalharia: Gold - Found Treasures from the Middle Ages.  Esta mostra vale muito a pena, pois tem peças de grande valor histórico e que nos transportam a uma Frísia Medieval rica e poderosa. De salientar igualmente, a reconstrução do rosto de uma mulher do século VII, cujo esqueleto foi encontrado num tronco de um carvalho oco (tree trunk lady) no monte mais alto da Frísia, e os quais ( rosto reconstruído e esqueleto na árvore) podem ser vistos na exposição.

Sobre a parte dedicada à Mata Hari, falaremos no próximo post.

Aos que moram cá: a entrada no museu é gratuita desde que sejam portadores do museumkaart.
O museu fecha às 17:00 e a viagem a partir de Almere demora uma hora e meia. 

Thursday, 31 December 2015

2015: Conhecer melhor os Países Baixos


Vale a pena não ficarmos só por Amesterdão e conhecer mais um pouco dos Países Baixos...

Este ano, visitámos, pela primeira vez, mais algumas cidades: Zutphen, Nijmegen e Leeuwarden. Voltámos a Maastricht, no Limburgo, e à província da Zelândia, onde passámos fins-de-semana. Aconselho tudo. Pela beleza, pelo cuidado, pela harmonia. 

2015 foi também o ano em que incorporei mais uma tradição neerlandesa no meu quotidiano: fiz a árvore da Páscoa.

Os Países Baixos têm trazido, igualmente, amigos de várias nacionalidades à nossa vida, permitindo-nos vivenciar enquadramentos culturais muito diferentes. Este ano, por exemplo, fomos à festa de aniversário de um menino indiano e foi interessante observar os costumes próprios da cultura hindu.

As livrarias daqui continuam a encantar-me e, abaixo do nível do mar, vive-se uma forte apetência para as artes, diria que, sobretudo, para a música e a pintura. Há sempre alguém a tocar nos pianos das estações de comboios, por exemplo...

Venham, então, daí para muitos dos pontos altos deste ano!

Haia, província Sul da Holanda
NB: A região da Holanda é composta por duas províncias (Norte e Sul) que fazem parte dos Países Baixos, o nome oficial do Reino (vulgarmente e não acertadamente chamado de Holanda, visto nem todos os neerlandeses serem holandeses).

Conhecemos uma nova livraria: a Paagman, onde, num ambiente de design moderno e arejado, também podemos encontrar livros antigos. 



Passeámos na praia de Scheveningen e gostámos muito. Já não íamos lá há alguns anos e só este Verão vimos as esculturas e o passeio marítimo.



Escutei muita música nas estações de comboios: Haia, Amsterdam, Utrecht,...Tão bom!



Fomos a uma festa indiana de aniversário e ficámos encantados com a tradição de darem o bolo à boca uns dos outros.


Vi a exposição de fotografia do Anton Corbijn no Gemeente Museum em Haia sobre os músicos e os grupos que cresci a ouvir: U2, Depeche Mode, David Bowie, Rolling Stones, etc...



Katwijk aan Zee, província Sul da Holanda

Foram 7 dias de praia no Mar do Norte. Uma festa! Apanhámos dias muito bons e foram os únicos de praia que fizemos este ano (se exceptuarmos o dia que estive na praia da Torre, em Maio).
Katwijk aan Zee soube muito bem - ofereceu-me um sorriso e tudo...;-) Nunca tinha visto um arco-íris assim...



Almere, província Flevolândia

Assistimos a muitos ocasos no Verão em Almere Pampus. Acho que nunca vi ocasos tão bonitos como neste país!



Assisti ao nascer do sol, algumas vezes, também.




Assistimos ao campeonato de vela.



Levámos os filhos de casais amigos ao Kinderboekenbos (O Bosque dos Livros Infantis) na Livraria Stumpel em Almere. Nunca tinha visto uma livraria com baloiço e escorrega para as crianças.



Andei neste comboio com a minha amiga indonésia M. e os filhos. Estou capaz de repetir!



Passeámos por Lumière Park, onde já não íamos há uns aninhos. Um espaço muito bonito! Vale  a pena!




Este ano, fiz a a Árvore da Páscoa pela primeira vez. E nunca mais a desmanchei.



Em Novembro, fiz 45 anos e celebrei ao pequeno-almoço com Zeeuwse Bolus, o bolo típico da Zelândia, de origem judaico-portuguesa.



Dezembro, o mês do Natal: a Árvore deste ano...desta vez, em tons de vermelho e branco.




Huizen, província Norte da Holanda

Fomos à exposição de pintura da minha querida amiga holandesa Ria Clavaux.



Oisterwijk, Norte Brabante

Estivemos em Oisterwijk no Norte Brabante a convite da minha amiga catalã R. e fomos ao Mosteiro Trapista beber as cervejas locais e degustar carnes fumadas e queijo com mostarda.



Zutphen, província Guéldria

Cidade da Liga Hanseática onde provámos o Zutphen Natjes, um licor à base de canela, funcho e anis. Delicioso! Fiquei fã!



E a cidade é linda, bem cuidada e preservada...(como são todas as que conheci até agora).
Gostámos tanto de Zutphen que ainda voltámos mais duas vezes.



Renesse, Middelburg, Zierikzee, Veere, Burgh-Haamstede, província Zelândia 

Uma das zonas balneares do país por excelência e uma província muito bonita, rica em História, que vale muito a pena conhecer. Foi um regresso e gostei imenso. Espero voltar muitas vezes - passear nas dunas de Renesse, deambular pelas ruas históricas de Middelburg e Zierikzee, lanchar e comprar produtos tradicionais em Veere....






Uma província onde se come também muito bem, sobretudo marisco...



E com salas de chá muito acolhedoras e deliciosas tartes de maçã.



Nijmegen, província Guéldria

Onde fomos celebrar a época dos espargos, num restaurante espectacular, com música ao vivo e muito em conta. Nunca tinha estado na cidade. Quero voltar.



Leeuwarden, na Frísia

Foi pelo meu aniversário. E lá encontrei mais uma livraria que me encantou (foto abaixo).
Nunca tinha estado em Leeuwarden e gostei imenso; não só da cidade, mas também das pessoas, que achei muito simpáticas (tal como em Zutphenby the way).



Maastricht, no Limburgo

Foi a primeira vez que fomos ao mercado de Natal de Maastricht e ao Magisch Maastricht. Muito bom. Gostámos do ambiente, do apartamento onde ficámos e de rever a nossa amiga catalã R.



Deventer, província Overijssel

Mais um regresso. Um dos pontos altos do ano, o festival dedicado a Charles Dickens, em Dezembro.



E porque, um dia, a Bélgica também fez parte dos Países Baixos, e estamos aqui tão pertinho, fomos, também pela primeira vez, aos mercados de Natal de...

 Hasselt



e Liège



Espero que tenham gostado desta voltinha pelos Países Baixos e arredores.

Boas entradas em 2016!!! FELIZ ANO NOVO!!!

Tuesday, 24 November 2015

45 na Frísia (II)


Quando chegámos a Leeuwarden, estacionámos o carro num parque, próximo do restaurante De Brasserie. A primeira coisa que me chamou a atenção foi o mural exterior. A segunda foi o ambiente interior, acolhedor e sofisticado.




No geral, à medida que passeávamos pelas ruas de Leeuwarden, os restaurantes pareceram-nos muito aconchegantes, daqueles onde apetece estar. 
O Natal também já se faz sentir nas ruas e gosto muito de ver as luzes nas árvores junto aos canais. Esplanadas vazias, claro - a esta hora, já está muito frio...


E o frio faz com que procuremos locais onde nos possamos abrigar...como, por exemplo, livrarias... Quem me conhece sabe o quanto gosto de livrarias, especialmente das livrarias holandesas, sempre muito bonitas, onde apetece ficar horas a fio. Esta, também de estantes e estantes de livros antigos e um cantinho ao piano, fica mesmo no centro da cidade. Chama-se Van der Veld Boeken.

Candeeiro Tiffany logo à entrada



Muito boa a secção de livros ingleses desta livraria. E os sacos, giríssimos!
O segundo lembrou-me logo da minha Miss Marple favorita, a actriz Joan Hickson.



O piano, que mencionei há pouco...



Gezellig!! foi a palavra que nos veio logo à cabeça para descrever Leeuwarden. Esta palavra, sem tradução directa, quer dizer muitas coisas ao mesmo tempo, como acolhedor, aconchegante, simpático, agradável. E Leuuwarden é um lugar assim - com gente muito simpática, sorridente e que nos faz sentir bem-vindos. Uma cidade antiga, cheia de charme e uma vida cultural vibrante. A voltar, sem dúvida...

Esta fotografia, com que a Ana do blog (In) Cultura me presenteou, no dia do meu aniversário, e que os holandeses diriam que é "mooi" (bonita) também ajuda a criar uma atmosfera gezellig, porque é luminosa, aconchega, é harmoniosa, sabe bem. Muito Obrigada, Ana!





E, já agora, como se pronuncia esta palavra?




Uma canção em Frísio que gosto muito: Wêr Bisto do já extinto grupo Twarres




(continua)