Sunday, 23 March 2008

Paasdag 2008

Hoje passámos o nosso primeiro dia de Páscoa nos Países Baixos.

Esta quadra é muito vivida por aqui. Por isso, comprámos uma toalha de Páscoa em papel, guardanapos com ovos desenhados, um prato para colocar os ovos de chocolate, os marcadores para a busca de ovos pintados, uma cesta-galinha para a recolha dos ovos e a bolsinha para a recolha de marcadores.

Pela primeira vez, pintei ovos cozidos. O meu marido escondeu-os estrategicamente pela casa e eu iniciei a busca pelos marcadores pequeninos que indicavam a proximidade de cada um deles.
Alguém fotografava a minha estreia nestas novas lides Pascais...

As compras

Encontrei, já com alguma dificuldade, e a 3 dias da Sexta-Feira Santa, um grande coelho de chocolate que o mais-que-tudo havia pedido. Nos Países Baixos, compra-se tudo com antecedência.

Mas a grande descoberta foi o Paastol, o bolo do dia de Páscoa com passas e recheado de massapão. Muito bom!

Por aqui, também há gelados de acordo com as festividades: o gelado em forma de pintainho na Páscoa e no Natal, em forma de Pai Natal.

Gostei especialmente de compôr o ninho de  ovos de chocolate.

A quadra completou-se com neve e sol.

Os vizinhos

Os nossos vizinhos ofereceram-nos um vasinho de gerberas e nós um casal de coelhinhos de chocolate.

A E. e o B. são muito simpáticos e prestáveis, sempre prontos a traduzir as cartas que recebemos em neerlandês. Uns queridos!

Espero que todos tenham passado uma Boa Páscoa!


Thursday, 20 March 2008

Keukenhof

Hoje começa a Primavera e o Keukenhof, considerado o maior Festival de Flores do Mundo.

Tema

A China: Jogos Olímpicos e Pequim

Atracção

Um imponente dragão de 24.500 flores que florescerá na Primavera.

Mais informações disponíveis no site:

http://www.keukenhof.nl/

Wednesday, 19 March 2008

My world is upside down


Estava no quarto, a arrumar umas roupas, quando ouvi uns "bateres" na janela. Assustei-me. Escutei com mais atenção e percebi, então, que alguém estava a lavar as janelas do nosso quarto por fora!

Quis correr os cortinados e ver como faziam, fotografar até, e colocar aqui no blog, mas não o fiz, porque não sabia como seria esta atitude entendida culturalmente pelas pessoas que estavam a trabalhar. Espreitei um pouco, dei um sorriso e fui embora.

Tenho o mundo ao contrário...:

Já não tenho janelas, tenho janelões...
Também não tenho estores e sim cortinados opacos...
Para limpar os vidros, subo para o parapeito...
Nao limpo os vidros por fora; sou surpreendida pelos "batuques" da empresa limpa-vidros...

Outros locais onde sinto que tenho o mundo ao contrário é no mercado e no supermercado.
Peixe fresco, apanhado na noite anterior, nunca nos aconteceu! Os barcos vão para o mar, ficam lá 15 dias e regressam. É preciso alguma atenção a comprar peixe no mercado.
A carne vende-se essencialmente temperada ou marinada.
Os vegetais são bons.Vejo muitos vegetais espanhóis à venda.. Pergunto-me que anda Portugal a fazer...
A maior parte da fruta é importada e os ananases que provei não souberam a nada.
Tenho saudades de comer uma simples gelatina (aqui são muito açucaradas) ou um queijo amanteigado, beber uma água decente, um copo de Moscatel ou de Vinho do Porto (só encontrei duas marcas deste último e a preços exorbitantes)...

Tenho saudades de ler jornais portugueses...

No Inverno, por aqui, é preciso correr contra-relógio quando se tem voltas a dar na rua - do centro de saúde para a farmácia, desta para os correios e para a papelaria, do pronto-a-vestir para o supermercado, da seguradora para a câmara -, antes que seja 16h30, porque será noite, estará muito frio, Almere é muito ventosa, e já não dá para estar na rua.

E os impostos? Ui! Que tal receber duas facturas de 290 euros cada, uma relativa aos lixos, outra relativa aos diques, canais e esgotos.

E o que eu ando passada com a comichão no corpo por causa de algum componente químico da água a que não estou habituada....nem vos digo, nem vos conto!

Mas depois, há aquele mundo ao contrário que eu adoro, me surpreende e encanta. :-)

Jantar no Bazar, restaurante árabe numa antiga sinagoga? Só mesmo em Amesterdão...

Caminharmos pela Albert Cuypstraat, em Amesterdão, e sermos surpreendidos por garças...Sim, garças, como na Reserva Natural do Estuário do Tejo...

Passear pelas ruas típicas de Zaanse Schans e os patos virem ter connosco...

Sentir-me sem respiração pela união entre o mar e o céu, em tons laranja, e nós naquela faixa estreita, ali no meio do dique que une Marken e o continente...

Ir à Blokker comprar um carrinho de praça e a senhora dizer-me que estará em promoção daí a duas semanas e perguntar-me se não prefiro comprar nessa altura! Estas atitudes de proactividade, honestidade, atenção e confiança no retorno do cliente, deixam-me embasbacada!

Aceitarem muito bem notas de dez ou vinte euros, quando não tenho trocos!

Encontrar postais lindíssimos nas papelarias!

Lojas de antiguidades e de fadinhas!

Ouvir aquele "Dank u well" (Muito Obrigado) olhos nos olhos e cantado...


Mas...

Conseguir uma consulta de ginecologia no hospital em três dias e virem à sala de espera oferecer um café ou um chá....

ou, não me deixarem ir à casa de banho do VD em Roterdão, depois de ter subido 3 andares, porque me esqueci de trazer os 25 cêntimos para pagar...

ou deparar-me com a roupa congelada na varanda...

Estes cúmulos só mesmo ao som dos Xutos e Pontapés!

Thursday, 13 March 2008

De Kat

A pedido da P., um Moinho de Vento em Zaanse Schans: De Kat ( O Gato).

Uma Introdução...

Em Janeiro, fomos visitar Zaanse Schans que fica junto ao rio Zaan. Junto às suas margens, os moradores que tinham enriquecido com a pesca e o comércio, construíram por volta de 1600, os seus primeiros moinhos de vento.

Inicialmente, o vento era utilizado para drenar o excesso de água. Mais tarde, foi criada uma zona industrial (a mais antiga do mundo). Mil moinhos de vento processavam diversos produtos: cevada, arroz, papel, madeira, óleo alimentar, mostarda, tabaco, entre outros.

Em 1850, as máquinas a vapor substituíram os moinhos de vento. Actualmente, restam 13 Moinhos.

O Moinho De Kat, que visitámos por dentro, tem a seguinte história:

G. Husslage, construtor de moinhos, edificou em 1959, a parte de cima e o engenho interior do moinho de tinta De Duinjanger ( "O caçador de dunas") sobre a parte inferior do moinho de óleo De Kat.

Assim, nasceu o moinho de tinta De Kat. É provavelmente, o último moinho de vento do mundo a produzir tinta.

Pensar que aqui já chegaram a existir 55 moinhos de vento produtores de tinta...

Quem quiser visitar este moinho, poderá consultar o site http://www.zaansemolen.nl/

Wednesday, 5 March 2008

First impressions about Dutch Language


Que dizer sobre esta língua? Parece uma misturada.

Há palavras francesas como "cadeau" (presente ou prenda), "rechercheur" (investigador ou inspector de polícia), "route" (caminho ou corredor), entre outras e que eles utilizam diariamente como neerlandesas. São muitas palavras. Curiosa, procurei saber porquê. E encontrei um artigo que me deu a resposta: http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/artigos6131.pdf. De acordo com este artigo, "O neerlandês formou-se com base em dialectos francos mas com influências dos dialectos saxónios e frísios". Podem saber mais sobre a língua, lendo o artigo que é muito fluído e interessante. Lê-se muito bem.

Os neerlandeses também utilizam palavras alemãs: "oma" (avó), "opa" (avô) e outras.

Há palavras que se escrevem como se pronuncia em inglês.

E até lojas com nomes portugueses. "Estilo", "Preferido", "Tempo". Parece que gostam de adoptar nomes estrangeiros que lhes soem bem. Por exemplo, no banco, encontrámos duas revistas chamadas "Carro" e "Vivenda".

Encontrei um "site"para quem pretende umas noções básicas da língua e que me agradou bastante:http://pt.neerlandes.org/neerlandes_na_web. É muito prático e agradável.

Para a pronúncia, utilizo este "site":http://homepage.mac.com/schuffelen/Dutch1.html
E, quando precisamos de traduzir um documento com rapidez, utilizamos o http://babelfish.altavista.com/

Aqui vão algumas palavras que podem ser úteis:

Câmara Municipal -"Stadhuis"
Centro de Saúde- "Gezondheidscentrum"
Farmácia - "Apoteek" ou "Apotheek" (palavra grega)
Hospital- "Ziekenhuis" (lembrem-se que em inglês, doente é "I am sick")
Dentista- "Tandart"
Médico de Família- "Huisart"
Cinema- "Bioscoop"
Polícia- "Politie"
Salão de Beleza- "Schoonheidsalon"
Cabeleireiro- "Kapper"
Salão de Cabeleireiro- "Kapsalon"

Há medida que fôr aprendendo, vou colocando aqui no blog.

Até à próxima.

Tuesday, 4 March 2008

Cité du Luxembourg

O Luxemburgo é um país com o qual temos fortes relações históricas: a bisavó do actual Grão-Duque Henri foi a princesa portuguesa, Dona Maria Ana de Bragança (filha do Rei Dom Miguel I; era irmã do Princípe Dom Miguel e como tal, tia de Dom Duarte Nuno, pai do actual Duque de Bragança, Dom Duarte Pio). Foi mãe da Grã-Duquesa Charlotte, muito amada pelo povo luxemburguês.

A nossa visita correu muto bem. Um dia de sol espectacular. Visitámos os exteriores do Palácio Grã- Ducal, o Rochedo de Bock onde o castelo medieval foi edificado, as torres e as pontes, o viaducto, a maravilhosa Panorâmica (" a mais bela varanda da Europa"), o Vale de Pétrousse, a Ponte Adolfo e a Catedral.

Foi um dia de caminhadas, ar puro e descontracção...


Bruges

Fomos conhecer Bruges :-)

Portugal chegou a ter aqui uma feitoria na Idade Média.

Foi também nesta cidade que se festejou o casamento da Infanta Dona Isabel de Portugal, filha do Rei Dom João I (Mestre de Avis) e de Filipa de Lencastre, com o Duque da Borgonha, Filipe, o Bom.

Visitámos:

a Sala Gótica da Câmara Municipal ("Stadhuis");
a Igreja do Sagrado Sangue;
o Kantcentrum.

Viajámos de barco pelos canais e de charrete pelas ruas desta cidade medieval.

Visitámos também a beguinaria...

Entrámos nas lojas e comprámos rendas e chocolates...

Vimos moinhos e as portas medievais da cidade....

Esta cidade é encantadora, charmosa, doce e calma, absolutamente romântica e maravilhosa!

Aqui vai o link da cidade: http://www.brugge.be/internet/fr/toerisme/geschiedenis.htm

Próxima viagem: Cité du Luxemburg....

Dutch Museums

Todos leram o Diário de Anne Frank, não é verdade?

http://www.annefrank.org/content.asp?pid=1&lid=2

...

Já imaginaram uma casa com uma igreja de culto católico no sótão?

http://www.museumamstelkring.nl/onslieveheeropsolder/eng/home.php

...

Era uma vez um Rei Português (Dom Manuel I) que decide casar com Isabel, Infanta de Espanha, filha dos Reis Católicos (Isabel de Castela e Fernando de Aragão). A condição da princesa para o casamento foi a expulsão dos Judeus de Portugal.
Foi o início da Diáspora Judaica para Amesterdão...

http://www.jhm.nl/

Visitem, por favor, a maravilhosa Sinagoga Portuguesa!

http://www.esnoga.com/

...

Era uma vez um pintor holandês chamado Van Gogh que se maravilhou com as paisagens da Provence, em França, e depois pintou magníficos quadros vibrantes de cor!

http://www3.vangoghmuseum.nl/vgm/index.jsp

Dutch Trips

Eu e o meu marido temos procurado viajar aos fins-de-semana para conhecer o país e a sua cultura. Os Neerlandeses consideram essa postura muito importante para o processo de integração e nós também.

Neste momento, para começar, sugiro que visitem, na Wikipédia, as seguintes localidades:

Amesterdão (http://en.wikipedia.org/wiki/Amsterdam);
Delft (http://en.wikipedia.org/wiki/Delft);
Enkhuisen (http://en.wikipedia.org/wiki/Enkhuizen);
Harlem (http://en.wikipedia.org/wiki/Haarlem);
Marken (http://en.wikipedia.org/wiki/Marken);
Utreque (http://en.wikipedia.org/wiki/Utrecht_(city);
Zaanse Schans (http://www.zaanseschans.nl/);

Boas Viagens!

Dutch stores

No início, sentia-me perdida quando queria comprar alguma coisa. Até que meti pernas a caminho, apesar do frio cortante de Dezembro.

Eis aqui as minhas sugestões:

http://www.bruna.nl/

Papelaria e livraria onde compro blocos, envelopes, selos e lindos postais para enviar à família e amigos.

http://www.vd.nl/

Gosto de almoçar no La Place, comprar tartes, coelhos de Páscoa, lembranças de São Valentim. Também podemos comprar roupa, calçado e perfumes.

http://www.wibra.nl/

Uma Loja dos 300 com muito mais qualidade e variedade.

http://www.ah.nl/

O supermercado mais conhecido dos Países Baixos. Fico triste quando vejo tantos vegetais e enchidos espanhóis e nada de Portugal. Até nos vinhos, estamos muito mal representados.

http://www.selexyz.nl/

A mega livraria onde comprámos os nossos dicionários de neerlandês e livros de literatura inglesa. Também vendem livros de Pessoa, Lobo Antunes, Saramago e Machado de Assis em neerlandês. Eça de Queirós vendem em inglês.

http://www.blocker.nl/

Vendem tudo para a casa e com boa qualidade: loiças, pequenos electrodomésticos, velas, etc.

Boas compras!

Kibbeling en Fries

Vale a pena passear e comprar nos mercados das localidades.

Sugiro que se compre Kibbeling (bacalhau fresco frito). Geralmente, é o nosso almoço de sábado.

O mercado mais conhecido e concorrido de Amesterdão realiza-se todos os dias, excepto aos domingos, em Albert Cuypstraat.

Ao chegar lá, podemos comprar cones de batatas fritas (“Fries”). Já quase no final da rua, um sumo de laranja natural, na bancada onde estão as fotos da Rainha Beatriz.

Dutch Health System

No centro de saúde

No dia 22 de Janeiro, eu e o meu marido fomos pela primeira vez ao Centro de Saúde que fica próximo da nossa casa.
A consulta dele foi às 8h40m e a minha às 8h50m. Aqui ficam algumas notas.

Horários

Os horários de marcação são para cumprir.
Se eu achar que vou precisar de vinte minutos de consulta, devo marcar dois períodos, frisou a médica, pois como a senhora disse «nós não gostamos de deixar ninguém à espera e gostamos de respeitar os nossos "appointments"».

Filas? 

Não há filas para pagar consultas ou medicamentos porque tudo isto já está incluído nos nossos seguros de saúde;

Manual de Acolhimento

Quando nos inscrevemos no Centro de Saúde, deram-nos um manual de acolhimento que incluia  um formulário para apresentar alguma reclamação que nos parecesse importante, folhetos explicativos sobre o centro de saúde e a farmácia, contactos actualizados e questionários com perguntas relativas ao nosso estado de saúde e medicamentos que estejamos a tomar.

O contacto com a médica de família, o consultório e a sala de espera

A médica de família, huisart,  saiu do consultório e chamou por mim. Apertou-me a mão, olhou-me nos olhos e convidou-me a entrar e a sentar. No final da consulta, levantou-se, abriu a porta, e apertou-me a mão outra vez. Fiquei tão atarantada com tanta educação que até deixei lá o bloco de notas...

Durante a consulta, nada de fichinhas e arquivo. A médica anotou tudo no computador.
A receita é um papel branco pequeno (parece um "post it") que a médica imprime. Não se usam vinhetas.

O consultório dispõe de uma sala de observações reservada. Assim quem entrar não irá invadir a nossa privacidade.

A sala de espera é calma e tranquila: ouve-se música “chill out”, há quadros de artistas locais dispostos nas paredes para quem quiser comprar, há um espaço de brincadeiras para crianças, há revistas, água e nada de filas para carimbar seja o que fôr após as consultas.

Farmácia

O centro de saúde tem uma farmácia associada, onde nós já nos tínhamos inscrito previamente. Médico e farmacêutico comunicam entre si por computador. Quando cheguei à farmácia confirmaram, no computador, que a médica tinha receitado o medicamento em questão. Assim, todo o nosso histórico farmacêutico fica registado.

Hospital

Seguidamente, fomos ao hospital para tratar dos nossos cartões de identificação. Cada vez que lá formos, não vamos ter de responder ao mesmo questionário infindável de identificação. Basta apresentar o cartão.

Policlínica

Seguidamente, fomos à Policlínica onde o meu marido foi fazer umas análises de rotina. Disseram-nos que o meu marido deverá telefonar no dia seguinte para saber se deve ir ou não ao médico, consoante o resultado das análises. A policlínica envia directamente as análises para a médica e o meu marido só deverá marcar consulta caso seja necessário.

Dutch Living Costs

Arrendamento de casa:

No início do contrato de arrendamento, pagamos três rendas e não duas como em Portugal. A terceira renda é para pagar à imobiliária.
Não é necessário apresentar IRS e fiador, só contrato de trabalho. Não é permitido arrendar casa acima de um terço do salário.

Parqueamento:

O estacionamento é muito caro: seis euros à hora.
Nós temos cartão de residente, mas ao contrário de Portugal, não temos estacionamento gratuito. O custo do lugar de estacionamento é de noventa e oito euros por ano.
No caso de parqueamento coberto, o valor é de quatrocentos e oitenta euros por ano.
Há muitos parques de estacionamento na cidade, logo mais segurança nas estradas e ar mais puro.

Seguros de Saúde:

Os seguros de saúde são obrigatórios e são pagos por nós. São duzentos e cinquenta euros por mês (com dentista incluído) entre nós os dois. A nossa seguradora é a “AGIS”.

Passes:

Os passes são ao preço real. O passe semanal de comboio custa cinquenta euros e o mensal custa cento e cinquenta euros. Geralmente, a entidade empregadora financia o passe.

Portagens:

Não se paga;

IVA:

É menor que em Portugal;

Café: 1€70;

Cinema: 9€;

Casas de Banho Públicas: 50 cêntimos;

What do we need to rent a house

Para arrendar casa, basta apresentar o contrato de trabalho.

Não é preciso apresentar declaração de rendimentos, nem fiador.
O valor da renda de casa não deverá ultrapassar um terço do ordenado.
No início do contrato, o valor a entregar é igual à soma de três rendas: a renda do 1º mês, a caução e o pagamento à imobiliária.
A renda de casa não é deductível nos impostos.

Após a assinatura do contrato de arrendamento, é necessário ir à Câmara (“Stadhuis”) para nos registarmos como residentes. Para isso, devemos apresentar o número de segurança social e de contribuinte (trata-se do mesmo número) e as certidões de nascimento e de casamento em modelo internacional.

Os serviços de água, luz e aquecimento não são desligados.
Preenche-se um formulário com as respectivas leituras na data de entrada e paga-se a partir daí.
A nossa empresa da água é a “VITENS”.
A nossa empresa de electricidade e de aquecimento é a “NUON”.

Our Dutch House

A nossa casa neerlandesa tem certas particularidades.

Cozinha e Hall:


  • Não temos esquentador, nem bilhas de gás, nem gás canalizado.
  • A água já sai quentinha das torneiras.
  • Podemos andar descalços no hall porque o chão está “morno” devido às canalizações de água quente.
  • Também não temos forno, só placa vitrocerâmica. Mais uma despesa se avizinha...


Quarto de Banho:


  • É interior, não tem banheira nem bidé; só poliban, sanita e lavatório.
  • A máquina de lavar roupa fica aqui e não na cozinha.
  • Usos e costumes diferentes dos nossos...


Janelas:


  • As janelas do quarto de casal e da sala-de-estar medem três metros de largura.
  • Não temos estores.
  • Tivemos de comprar cortinas sob pena de não dormirmos com os focos dos candeeiros da rua.


Tectos:


  • São mais baixos. Tivemos de diminuir a altura ao nosso roupeiro.


Paredes:


  • Em betão armado, pintado por cima. Não gostamos!
  • Colocar um prego é tarefa impossível!
  • Fazer furos? Só com brocas especiais....
  • Que saudades das nossas paredes de estuque!


Chão:


  • Em soalho flutuante, bege, muito bonito e quentinho!
  • Mas continuo a gostar mais dos nossos tacos lisboetas em mogno e sucupira.....


Aspectos muito Positivos:


  • A localização é muito boa, pois estamos próximo de um bosque, onde podemos passear, observar os cisnes e dar de comida aos patos!
  • A zona comercial da cidade fica nas traseiras.
  • Temos arrecadação e elevador!
  • Sala e cozinha com vista para o canal!
  • Ambas com acesso à varanda em forma de meia-lua.
  • O janelão da sala tem parapeito interior que funciona como aparador. Foi aqui que fiz o presépio.


E agora uma vista de olhos pelo canal, zona comercial e zonas verdes....

Presépio com Vista para o Canal


A minha viagem para os Países Baixos foi péssima. Eu espirrava e tossia imenso e estava muito cansada.Tinha-me levantado às 4h30 porque o vôo foi por volta das 7h e ainda tive de viajar para Lisboa. Não dormi muito bem nessa noite, pois estava com medo de adormecer profundamente. No avião, doía-me o corpo e deixei-me dormir, num sono pesado (horrível), debruçada sobre mim mesma. Valeram à chegada, o beijo e abraço aconchegantes do marido, que me esperava com um lindo ramo de rosas vermelhas...

Nos dois dias seguintes, estive praticamente de cama, embora fosse fazendo alguma coisa em casa. Devia ter ficado mais tempo, mas a casa estava caótica, com mais de 100 caixas espalhadas pelo hall e os quartos. Ao terceiro dia, meti mãos à obra e comecei a desempacotar: primeiro os mil livros (foram as últimas caixas a serem descarregadas, logo as que ficaram na entrada do hall), depois as roupas e finalmente as loiças.

Tivemos de ir ao IKEA comprar duas livreiras: uma para a sala de estar, onde colocámos os livros de capa dura, outra para o segundo quarto, onde colocámos os livros infantis e os peluches.
Comprámos também um estendal e um cesto para a roupa.

Concluídas as arrumações, e já com o espaço liberto, foi mais fácil iniciar a limpeza. A nossa senhoria não deixou a casa muito limpa. Muito cotão, muita teia de aranha. Acabei por adoecer com alergia ao pó e piorar da gripe.

Além disso, ainda havia alguns assuntos para tratar, como entregar as certidões de nascimento e casamento em modelo internacional na Câmara Municipal.

Entretanto, a quadra do Natal: comprar, escrever e enviar postais à família e  amigos; comprar presentes de Natal para o marido; ver o Cortejo de Natal, fazer a árvore de natal e o presépio com vista para o canal....

A casa estava finalmente composta e iniciava-se agora uma nova aventura...

Monday, 3 March 2008

Moving (part two)


Antes de partirmos de Portugal, procurámos casa para arrendar através de sites de agências imobiliárias situadas em Almere. Assim, com contactos iniciados e algumas casas em vista, foi muito mais fácil encontrar um apartamento. Três dias depois da nossa chegada a Amesterdão (onde, entretanto, ficámos alojados num hotel), descobrimos o apartamento onde iríamos viver nos próximos dois anos.
Assinado o contrato de arrendamento, regressei a Portugal para tratar das mudanças, respectivas burocracias e algumas doações.

Assim que cheguei a Lisboa, o tempo urgia, pois as mudanças seriam no dia 23, e eu já só tinha 4 dias para tratar das burocracias necessárias ao processo, entre outras coisas.

19 e 20 de Novembro
Telefonemas para a Divisão de Tráfego da Câmara Municipal de Lisboa, a Polícia Municipal de Lisboa e a EMEL;
Redigir o fax para a Divisão de Tráfego e o e-mail para a Polícia Municipal e preencher o formulário para a EMEL;
Contactar com o marceneiro para retirar 22 cm de altura ao nosso roupeiro. O tecto da casa dos Países Baixos era mais baixo que da casa em Lisboa.

21 de Novembro
Regresso do meu marido a Portugal para ajudar a finalizar as mudanças: retirar varões, candeeiros, toalheiros e empacotar o que faltava.

23 de Novembro
Dia das Mudanças!!!
Dormir em Lisboa em casa de um casal amigo.

24 de Novembro
Mudança do fogão e do esquentador para casa de um casal amigo;
Dormir em Lisboa na casa de um casal amigo.

25 de Novembro
Regresso do meu marido aos Países Baixos;
Lanche com uma amiga;
A partir deste dia, dormir na casa da minha mãe.

26 de Novembro
Mudança do frigorífico, máquina de lavar loiça e uma estante para a casa da minha mãe;
Limpar e arrumar cozinha da minha mãe.

27 de Novembro
Mudanças de um sommier e três estantes para uma associação de apoio a toxicodependentes;
Limpeza da casa.

28 de Novembro
Almoço com uma amiga;
Ir à TV Cabo para adquirir TV por satélite;
Jantar com os vizinhos.

29 de Novembro
Entrega das chaves à senhoria;
Devolução de livros emprestados aos amigos;
Despedida dos vizinhos.

30 de Novembro
Preparar malas para a viagem de regresso.

4 de Dezembro
O meu regresso aos Países Baixos, com uma grande gripe e extenuada....

Moving (part one)


A nossa viagem  para Amsterdam durou três dias, uma vez que viemos de carro e queríamos viajar com algum cuidado na estrada. No primeiro dia de viagem, almoçámos em Salamanca e pernoitámos em Bayonne. No segundo dia, viajámos até Chartres. Na viagem deste dia, ficámos especialmente encantados com a folhagem multicolor das árvores. O terceiro dia também foi muito bonito, com uma visita a catedral de Chartres e a Rouen, cidade Normanda do Norte de França. À noite, chegámos ao nosso hotel em Amesterdão.

Antes de partir, tivemos de tratar de várias coisas, e por isso, as duas semanas anteriores à viagem foram muito agitadas. Foi necessário:

  • levar o carro à revisão;
  • comprar novos fatos para o meu marido;
  • consultar o dentista;
  • rescindir, por escrito, os contratos de arrendamento, água, luz, gás, TV Cabo, internet, seguro do recheio da casa, cartão de saúde da AMI, cartão da DECO, seguro de acidentes de trabalho;
  • comunicar a cessação de actividade à Segurança Social e Direcção Geral de Finanças;
  • nomear oficialmente um representante fiscal junto das Finanças;
  • contactar e contratar uma empresa de mudanças internacionais;
  • empacotar o recheio da casa;
  • desenhar o percurso da viagem;
  • marcar hotéis;
  • fazer malas de viagem;
  • distribuir alimentos frescos e limpar frigorífico;
  • colocar plantas no hall do prédio para os vizinhos regarem;
  • almoçar com alguns casais amigos, os quais foram uns queridos e nos ofereceram um Tomtom para a viagem!

Chegados a Amsterdam, havia muito trabalho à espera: arrendar casa, adquirir números da segurança social e de contribuinte, abrir conta bancária, subscrever seguros de saúde e adquirir um número de telemóvel neerlandês. Isto só para começar...


How we ended up in The Netherlands


Initially, when we decided to emigrate, we thought about the UK or the Luxembourg. However, we ended up in The Netherlands ... How did this happen?

My husband posted his CV in an international job portal. Soon he was answering to several phone interviews from different countries: UK, Luxembourg, Portugal and the Netherlands. This last one went really well and he was invited for a face to face interview in Amsterdam.

The interview took place on a Friday. We stayed until Sunday to get a more accurate idea of the cost of living and how things work in the Netherlands. During this time we tried the public transportation network, visited the markets and supermarkets, took boat rides in the canals, visited Anne Frank's house, the Van Gogh and the Jewish Museums, the flower market and the "Red Light District".

The following week my husband received a job proposal written in English. We read it, liked it and answered back with a positive response. The company sent an English written contract, already signed by them, along with a Dutch working legislation employee file. One and a half month later we were living in the Netherlands.




Os Países Baixos não estavam no nosso horizonte quando pensámos em emigrar, mas sim, o Luxemburgo ou o Reino Unido. No entanto, foi aqui que acabámos por iniciar um novo ciclo da nossa história.
O meu marido tinha colocado o CV num portal internacional e algum tempo depois surgiram entrevistas telefónicas com empresas de diversos países: Inglaterra, Luxemburgo, Portugal e Países Baixos. Esta última correu muito bem e o meu marido foi convidado para uma entrevista presencial em Amsterdam. A entrevista foi numa sexta, mas nós ficámos até Domingo para ter uma noção mais precisa do custo de vida e da rotina diária do país.
Durante esses dias aproveitámos para experimentar os transportes públicos e visitar mercados e supermercados, andar de barco pelos canais, visitar a Casa de Anne Frank, o MuseuVan Gogh e o Museu Judaico, o mercado das flores e o "Red Light District".
Na semana seguinte, o meu marido recebeu uma proposta de trabalho redigida em inglês. Lemos, gostámos, deu-se feed-back positivo. A empresa enviou o contrato redigido em inglês devidamente assinado e acompanhado por um dossier com a legislação laboral neerlandesa.
Mês e meio depois estávamos a viver nos Países Baixos. :-)