Anteontem, a minha mãe telefonou-me a pedir que lhe comprasse duas embalagens de
um creme da Yves Rocher muito bom para pernas cansadas, que lhe costumo enviar quando necessário (a mãe tem pouca ou quase nenhuma mobilidade e as pernas incham muito). O prometido é devido e ontem, lá fui comprar os cremes à YR e depois, ao
Kruidvat, sprays de aloe vera e um óleo de manteiga de cacau da
Vaseline (em Portugal, Vasenol) para mim (são óptimos, baratos e ainda os apanhei em promoção). Novamente, a caminho, passo pelo
V&D para beber um sumo de laranja (estava calor). Saco das compras e bolsa a tiracolo no sofá, e relaxo por uns minutinhos. Despachada, saio em direcção à papelaria/livraria
Bruna para comprar a caixa em que iria enviar os cremes à minha mãe. Entrei, escolhi a caixa e quando ia pagar, eis que noto que não tenho como - " A minha bolsa?!"". Deixo o saco das compras com o rapaz que estava a atender e corro para o V&D (pelo meio, reparo que nem sabia que estava em tão boa forma), e não é que a bolsa continuava lá, com chaves de casa, cartão MB, dinheiro, telemóvel, tudo? Respirei de alívio...Aqueles sofás costumam ser muito concorridos... "
Gelukt?" (Conseguiu? Teve sorte?) perguntou o rapaz da Bruna; "
Ja!", respondi eu, de sorriso grande. Paguei, agradeci a atenção de ter ficado com o saco e saí.
Uma das coisas que mais me continua a surpreender neste país é o facto das pessoas não levarem o que não lhes pertence, quando encontram objectos deixados/perdidos/esquecidos algures.
No Sábado, estive na
Bijou Brigitte. Desta vez, para gáudio meu, encontrei ganchos para o cabelo que gostei muito, em tons de ouro velho. Não é tarde, nem é cedo, trouxe-os logo, porque é raro encontrar algo que goste (prefiro peças mais discretas do que "dourados" e "prateados" falsos e com muito brilho). Vi também uma
clutch, óptima para sair à noite, no Verão, num prateado a lembrar tons de aço, e pensei, "Esta vai também". Satisfeita, seguimos para a esplanada dos
Beren, em frente ao lago, onde partilhámos um
apfelstrudel acabadinho de fazer. Meia-hora depois, levantamo-nos para ir embora. Desta vez, trago a bolsa, mas deixo o saco da loja. Ao passar novamente pela montra da marca de acessórios, "Onde está o meu saco?!". Meia volta, volver, passo apressado para os
Beren, e o saco lá continuava, junto à cadeira, na esplanada...
E poderia continuar com histórias semelhantes...