Tuesday, 31 May 2016

"Spanish Masters" no Hermitage em Amesterdão


No Museu Hermitage em Amesterdão

Zona de entrada, jardim e esplanada



Almoço inspirado na exposição "Spanish Masters", dedicada aos Grandes Mestres da Pintura do país de Cervantes.

Entrada: Presunto Pata Negra



Prato principal: Bacalhau com funcho e ovo de cordoniz



Tudo devidamente acompanhado por um Vinho Tinto Rioja.

E, já ao lanche, na esplanada do jardim, um bolinho caseiro de laranja com chocolate, também ele inspirado em Espanha.



Gostámos muito do restaurante do museu. O espaço é muito acolhedor e tranquilo, o pessoal foi uma simpatia e a comida estava deliciosa. A voltar, sem dúvida.

NB: Não é necessário visitar o museu para ter acesso ao restaurante.

A exposição terminou este Domingo e nós fomos no Sábado ( o dia estava bonito e aproveitámos).

Quadros de El Greco, Velásquez, Murillo, Goya, Picasso, Zurbarán, entre outros...

Esperava ter visto mais obras dos pintores atrás citados, dos quais conheço alguns quadros. Digamos que ia com o intuito de ficar a conhecê-los um pouco melhor e, neste aspecto, senti-me um bocadinho desiludida. Mas estavam lá Os Apóstolos Pedro e Paulo de El Greco (do qual trouxe um marcador de leitura), O Retrato do Conde-Duque de Olivares de Vélasquez (refiro-me ao do Hermitage de São Petersburgo), a Assunção da Virgem Maria de Murillo (e que no site do museu é referido como a Imaculada Conceição, deduzo que por lapso, porque esse é outro quadro, se não estou enganada) e O Retrato da Actriz Antonia Zárate de Goya (refiro-me ao busto, que veio também do Hermitage de São Petersburgo).
Havia, sim, muitos quadros de outros pintores que eu ainda não conhecia: Pereda, Ribera, Zuloaga, Villegas, Iriarte, Moya, Giordano, Orrente,... (Margarida, fizeste-me falta nesta visita...).
Mas também é bom quando uma exposição nos confronta com a nossa ignorância e nos abre horizontes...;-) Vim com muito por explorar, por descobrir, estudar...



A exposição em si tinha a particularidade de ser acompanhada por uma banda sonora compilada por um DJ holandês. Era só colocar os auscultadores... Podem escutá-la aqui. Acho que vão gostar muito.




Monday, 30 May 2016

Entre a Centraal Station e a Biblioteca



No final da tarde de sexta-feira, a temperatura estava óptima e rumámos até Amesterdão.
Apetecia passear, deambular um pouco, agora que os dias estão maiores.
O nosso passeio, após o jantar, foi entre a Estação Central e a Biblioteca, desde há algum tempo uma zona totalmente renovada, com maiores áreas pedonais, bares e esplanadas e novas entradas para o Metro.

Centraal Station (Estação Central de Amesterdão)



O Posto de Turismo, em frente



Grand Hotel Amrâth Amsterdam



Os edifícios de arquitectura contemporânea




Saturday, 28 May 2016

As Caixas dos Leques


Gosto muito das caixinhas da Arcádia para guardar leques. Inicialmente, tinha pensado nelas para guardar marcadores, mas revelaram-se demasiado estreitas para aqueles que possuo. 




Há duas que precisam de ser substituídas. Lá vou eu ter de comprar mais chocolates...:-)))



Bom fim-de-semana primaveril!

Thursday, 26 May 2016

Muitos Parabéns, APS!!!


Muitos Parabéns, APS!

Continuação de um dia de aniversário muito feliz!

Um poema do Eugénio de Andrade, um gosto imenso que ambos partilhamos.

Achei que este poema se adequava muito a si, pois o APS  é um artífice da Palavra.

Gosto muito de lê-lo, já sabe. :-)

As Palavras 

São como um cristal, 
as palavras. 
Algumas, um punhal, 
um incêndio. 
Outras, 
orvalho apenas. 

Secretas vêm, cheias de memória. 
Inseguras navegam: 
barcos ou beijos, 
as águas estremecem. 

Desamparadas, inocentes, 
leves. 
Tecidas são de luz 
e são a noite. 
E mesmo pálidas 
verdes paraísos lembram ainda. 

Quem as escuta? 
Quem as recolhe, assim, 
cruéis, desfeitas, 
nas suas conchas puras?

in Coração do Dia, (1958)



E porque um aniversário pede flores, envio-lhe estas Rosas de Junho da Wende Snijders.




FELIZ ANIVERSÁRIO!!

Haarwensen - A nossa trança pode ajudar uma criança a ser mais feliz


Foi também com a minha cabeleireira que tomámos conhecimento que se pode doar o nosso cabelo cortado a crianças com cancro ou que padeçam de outras doenças que lhes causem perda de cabelo.

No meu caso, já não posso doar o meu, pois, desde há alguns anos, que o pinto. Mas não é o caso do meu marido. E foi assim, que o cabelo dele, comprido pelos ombros, se transformou, há semanas, numa trança preta que irá ajudar algures uma criança a ser mais feliz. 

No site da Haarwensen, a fundação que recebe estas tranças para as transformar em bonitas perucas para as crianças, encontramos toda a informação necessária. 

Um dos requisitos é o tamanho da trança, que deve ter 30 cm, no mínimo, uma vez que a maioria das perucas se destina a raparigas. Para os rapazes, a Haarwensen já tem cabelo curto suficiente em armazém.

É ternurento ler as cartinhas de agradecimento que as crianças, já com uma peruca nova e bonita, deixam no site desta acarinhada fundação.

No Youtube, encontramos videos de meninas que cortaram a sua trança e a enviaram à Haarwensen.
A menina do video abaixo até tratou pessoalmente do envio.



Ao visualizar este video, as célebres palavras do poeta andaluz António Machado, "o caminho faz-se caminhando", ocorreram-me de imediato, ao pensar que é assim que se educa, sensibilizando as crianças para as situações e encorajando-as a participar e a ajudar, na medida das suas possibilidades.
Educar é um caminho que se faz caminhando. Passo a passo, com firmeza e consistência. Acho que é isso, sim.

Monday, 23 May 2016

Doar roupa e calçado usados ao Asilo dos Animais


Tudo começou numa conversa com a minha cabeleireira. Passei pelo salão para marcar já não me lembro o quê, e, após o cumprimento da praxe (primeiro um "Hey, Sandra!!!" muito cantado, depois 3 beijinhos e um abraço bem apertado), pergunta-me a B. como tenho passado. Digo-lhe que estou um bocadinho cansada, pois tinha andado a transportar sacos de roupa para o contentor da Humana, ali ao pé do salão (e que fica a 10 minutos de casa). "Emagrecer 10 kg é bom, mas, neste momento, quase nada me serve....", acrescentei.

Foi aí que a B. me disse algo que eu não sabia: "Sabes que podes doar a tua roupa ao Asilo dos Animais? Eles vendem-na e depois o dinheiro reverte a favor dos cuidados com os animais.". 

Fiquei mesmo contente quando a B. me falou desta possibilidade. Eu já tinha estado, há 3 anos, no Asilo dos Animais, dias após a morte do meu gatinho, para entregar a caixa de viagem e os medicamentos, mas estava tão triste, que não reparei em nada à minha volta. Se já tinham contentores para roupa e calçado usados, confesso, não dei por isso (ou pelo menos, não me recordo). 

Fomos lá este Sábado, depois do almoço. Foi aí que vi os contentores em frente às instalações.

(foto tirada com o telemóvel)

"Geef kleding, textiel en schoenen."

" Dê roupa, têxteis e calçado."



Deixei 5 sacos de roupa - tudo em bom estado. Num deles, um casaco de penas comprido da Benetton, que, acredito, será fácil vender. 

Aproveitando que estávamos ali, decidimos entrar. No hall, estantes com peças usadas: serviços vários (de copos e taças, por ex.), bibelots, peças em casquinha (pareceu-me), latas de biscoitos e mais um sem número de coisas. Acabei por comprar 3 peças: uma faquinha de manteiga (que vou utilizar como abre-cartas, embora já tenha um), um crucifixo (que me fez lembrar aqueles cruzeiros junto às estradas) e uma lata (que vou utilizar para colocar pacotes de chá). Paguei €5 por tudo.

Estivemos ainda à conversa com a senhora que nos atendeu, fomos ver os gatos e falámos com a cuidadora. Um deles enamorou-se de mim e eu dele, mas já estava prometido...

Após sairmos de lá e a caminho do centro de reciclagem ali próximo (que mais parecia um drive-in, tal era a fila de carros à espera para entrar), perguntava-me se os Asilos de Animais em Portugal também fazem estas vendas para arranjar mais fontes de financiamento (nunca entrei em nenhum e não faço a mínima ideia como funcionam). E, se noutros países, como a Alemanha, a Suécia, o Reino Unido ou a Austrália, estas vendas para ajudar os animais também serão habituais...


Friday, 20 May 2016

A Caixa dos Marcadores de Leitura


Esta é a caixa onde o marcador de leitura que a MR me ofereceu irá ficar guardado, junto com os outros da minha pequena colecção. Assim que a vi, gostei logo.



Da Van Stapele, que fica em Amsterdam. Lembram-se destas bolachas de chocolate?

Pormenor da caixa



Com votos de óptimo fim-de-semana para todos! Divirtam-se! 

Gosto muito da alegria desta música...:-)) Let's dance!!
Hoje já fiz a minha parte na aula de Zumba, mas vim com pedalada para continuar... ;-)))



Adenda ao post às 18:28:
Acabo de ler que a Cher completa hoje 70 anos. Muitos Parabéns, Cher!
Há 26 anos, dançava muito esta tua música quando ia ao mítico Seagull, na Arrábida, com direito a videoclip no écran e tudo!... :-))

 

Tuesday, 17 May 2016

Um marcador de leitura da MR



É ou não é lindíssimo o marcador de leitura que a MR me ofereceu?
Muito Obrigada, MR!!
ADOREI!!!!

E veio com lápis a condizer... :-)



Detalhe do marcador



Um miminho para a MR:

Um filme do Guy Ritchie, baseado numa série dos anos 60.
Vi esta semana e gostei muito (fotografia, banda sonora, realização, sentido de humor das personagens,...).
Gostava de ver a série dos anos 60.

 


Sunday, 15 May 2016

Nextdoor.nl - Conheça os seus vizinhos


Ontem, recebi um convite escrito do meu vizinho M. para me juntar ao Nextdoor.

Trata-se de um site nacional para que os vizinhos se conheçam entre si.

O lema é " Leer je buurt kennen. Gemakkelijk en gezellig.", ou seja, " Conheça os seus vizinhos. Fácil e divertido.".

O convite já trazia o código para me registar (aanmelden).

O registo é grátis.

A ideia é facilitar a comunicação entre vizinhos e que estes se conheçam e ajudem entre si.

Mensagens como estas podem ser deixadas no site:

"Is iemand een hond kwijt?" ( "Alguém perdeu um cão?"), no caso de acharmos um cão perdido, por exemplo;

" Gratis kinderfiets!" ( "Ofereço uma bicicleta de criança!"), anúncios de coisas boas que queiramos doar;

" Kan ik een ladder lenen?" ( "Posso emprestar uma escada?"), se quisermos ajudar alguém;

" Oppas gezocht. " ("Procuramos uma ama"), e por aqui há muitas crianças...;

" Zullen we koffie gaan drinken?" ( " Vamos beber um café?"), ou seja, socializar;

Também podemos organizar encontros e actividades entre a vizinhança, como um churrasco, por exemplo.

Achei uma óptima ideia e já me registei!

Em Portugal, há algum site semelhante?

E quem está cá? Já aderiu ao Nextdoor? Como tem sido a experiência?

Continuação de Bom Domingo!

Friday, 13 May 2016

Do nosso primeiro dia de praia deste ano


No passado Domingo, dia 8




A aragem macia fazia-nos apetecer estar ali, entre as dunas, abandonados ao afago quente daquela tarde. Mais uma vez, fui encontrar-me com "o meu conversado" de todos os meus Verões neerlandeses, esse senhor, amante de uma longa corte, e que dá pelo nome de Mar do Norte. De mansinho, avancei nas suas águas, dando-lhe tempo, numa conquista suave, mas sem reservas...

Sim, fomos a banhos este Domingo. As temperaturas maravilhosas que se fizeram sentir este fim-de-semana levaram-nos à nossa praia neerlandesa de sempre, Katwijk aan Zee, embora a minha favorita entre todas seja Renesse, na Zelândia, mas para nós, mais longínqua.

Deixámos o carro no parque de estacionamento habitual, ao ar livre, que é gratuito ao Domingo. Seguimos em direcção ao café-restaurante de sempre, este ano mais alargado no espaço e com a decoração renovada. Não costumo entrar na praia, sem primeiro passar por lá, para um café, um sumo de laranja e um croquete de carne. Gosto de ir lanchada. 

A praia tem agora uns protectores de vento maiores, cinzentos. Nós fomos mais adiante e ficámos numa quase clareira. O meu marido, a meu lado, aproveitou o embalo da aragem para dormir um bocadinho. No Sábado, tinha andado a limpar o quintal da frente, a retirar as altas ervas daninhas, deixadas pelas chuvas deste último Inverno. Eu só andei a varrer e por isso não estava tão cansada (não andei de cócoras, agachada, ao sol). Vi que ainda me ouviu dizer que ia à água e deixei-o a descansar.

O mar estava frio como de costume. Avancei só até à cintura, muito, muito devagar, e com paragens longas. Dei um sorriso. " Pensa que estás a fazer um tratamento de prevenção anti-varizes.", disse a mim mesma, enquanto tentava adaptar-me à temperatura.

À medida que avançava, vagarosamente, pela água, não pude deixar de reparar que, no raio que a minha vista alcançava, devia ser a única mulher na praia sem tatuagens. Não aprecio particularmente e nunca as faria por moda. Perto de nós, uma alemã tinha uma, discreta, próxima do umbigo. São as que ainda gosto de ver, as pequeninas e discretas, por exemplo, no tornozelo ou no pulso.

Voltei ao areal. E pensei nos meus amigos indianos, que viviam, até há bem pouco tempo, ali perto, em Haia, e foram agora para o Reino Unido. A S. e eu ainda nos conseguimos encontrar por duas vezes, antes da partida dela para terras de Sua Majestade, a Rainha Isabel II.

Fiquei com pena por perdermos o convívio, mas uma amizade verdadeira não é egoísta, e por isso, dei-lhe todo o meu apoio. Ao escutar os seus motivos, a decisão pareceu-me muito acertada: irão movimentar-se em Inglês (a língua em que foram educados na Índia), sem preocupações de aprender uma língua difícil como o Neerlandês, que seria importante numa perspectiva a médio-longo prazo, a decidir continuar aqui; por outro lado, com família no Reino Unido, a duas horas de carro do local para onde vão, o pequeno N. poderá conviver com os primos de vez em quando.

Admirei-lhe a coragem em partir, ainda sem casa na cidade onde vão trabalhar e com uma criança tão pequena. É certo que os primeiros dias, ainda livres, seriam passados em família, mas encontrar casa era urgente (é muito cansativo fazer 4 horas diárias de viagem, sobretudo porque uma criança de ano e meio precisa de ver e estar com os pais e estes com ela). Mas Viver a Vida com "V" também é isto: mudar, arriscar, sacrificar muitas vezes conforto e privacidade durante algum tempo, em busca de um bem maior, de um caminho a ganhar um pouco mais adiante. E que não passa exclusivamente por mudar de país. Há outras mudanças que também custam. Viajar na Vida é corrigir a nossa rota aqui e ali também. Muitas vezes, por vezes. Passar o Cabo das Tormentas para chamá-lo depois Cabo da Boa Esperança.

Tenho um grande carinho e respeito por esta minha amiga. No mês e meio que antecedeu a sua ida para o Reino Unido, conseguiu gerir emprego (trabalhando e vivendo em cidades diferentes), família (uma criança de um ano e meio), mobilidade (tinha vendido o carro há pouco tempo), a inesperada cirurgia do marido, o pós-operatório (que requeria cuidados e o impedia de movimentar-se, logo de empacotar coisas, ir ao supermercado e ao jardim de infância), e, em simultâneo, a preparação de uma mudança para outro país, sem ajudas familiares ou domésticas, tudo isto em 45 dias. A vida de expatriada requer muita força de espírito, sobretudo nos momentos mais difíceis. Gosto muito da S. Mesmo a mil, sempre atenta aos amigos (vi por mim). Uma mulher de fibra, admirável. Discreta  e com grande presença de espírito, qualidades que já vão rareando. 

Quase ao mesmo tempo, os nossos amigos M. e I. deixaram Zeist e mudaram-se para Amersfoort, ficando agora um pouco mais próximos de nós. O meu marido ajudou-os na mudança. É comum, por cá, alugarmos uma carrinha e chamar os amigos para ajudar a carregar e a descarregar os móveis. O I. também foi um dos amigos que nos ajudou a trazer os móveis de volta, quando estucámos esta casa. Queríamos que as paredes ficassem lisas e suaves como estávamos habituados em Portugal e não como é comum  por aqui, de aspecto rugoso e áspero ao toque.

Abro os olhos devagarinho. A tarde continuava lânguida e tinha-me deixado ir com ela. O sol queimava a minha perna esquerda e reparo que tenho um ligeiro escaldão. Há anos que isto não me acontecia. Ainda estremunhada, volto a pôr protector solar. E a dormitar...Ou a meditar, talvez, indo parar a uma certa tarde muito divertida com a M., há pouco tempo, em Utreque, a cidade onde nos conhecemos.

A M. quis oferecer-me um almoço num restaurante chinês muito bom, aberto recentemente. Ela é indonésia e isso significa mesa farta (sempre que vamos a casa dela, venho de lá mais cheiinha). Vai daí, a minha amiga mandou vir vários pratos. Tive de pedir que parasse, pois já não consigo comer tanto de uma só vez. Conversámos imenso nessa tarde (sim, tivemos alguns momentos mais sérios, no meio de tanta galhofa). Neste momento, ela quer desacelerar em termos de trabalho e dedicar-se mais aos filhos. Uma decisão que implica custos a nível financeiro e de carreira, mas que sente como o caminho certo a seguir. Só lhe disse para nunca perder aquele riso resplandecente. Que o importante é que esteja bem e feliz com as suas decisões e as tome, sabendo que irá lidar bem com os ajustamentos, cedências e abdicações que qualquer decisão implica. E isso, ela tem sabido até à data. É das pessoas mais lúcidas que conheço, uma excelente mãe, óptima pedagoga. Gosto muito de observá-la a educar os filhos.

Volto novamente ao areal. Vejo as horas, mas nem precisava. Olhando à volta, já muitos se foram embora (janta-se cedo, por aqui). Gralhas e gaivotas passeiam próximo de nós.



Ainda fotografo uma em pleno vôo.




Vejo também que tenho um sms de uma outra S., também ela indiana, também ela a viver em Haia. Tinha estado numa festa de aniversário nesse dia e ficou combinado que nos encontraremos numa próxima ida a Haia.

Apetecia ficar mais tempo - gosto de sair da praia por volta das oito e meia, mas o meu marido ainda não tinha lanchado (para a próxima, levo fruta) e resolvemos ir embora, jantar. Rumámos a Amsterdam, a pensar se teríamos sorte em conseguir mesa no Momo. Nunca reservamos, mas conseguimos sempre...Chegados lá, estava pouca gente para o que é habitual encontrarmos. Isso queria dizer que o dia continuaria ali, como gostamos de vez em quando, quando voltamos da praia, rendidos aos raios de sol pelo chão e àqueles deliciosos sushi's e Martini Lichee's que eles sabem preparar tão bem  ...

Thursday, 12 May 2016

Motorrijtuigenbelasting


Ou o mesmo é dizer "Imposto de Circulação de Veículos". Nós optámos por pagar trimestralmente, mas pode ser pago mensalmente. O valor é de acordo com o tipo de veículo. No nosso caso, um Nissan Micra, fica-nos em €99 a cada 3 meses, ou seja, €396 por ano. Mas, durante algum tempo, pagámos mais (€256 trimestralmente, se a memória não me falha, pois o carro trazido de Portugal era outro). Compreendemos logo a razão da diferença de custos do Imposto de Circulação relativamente a Portugal. Nos Países Baixos, não há portagens...Se, por um lado, gosto mais devido à ausência de filas de pagamento, por outro, fiquei a achar que era um sistema mais injusto para aqueles que circulam menos (ou porque não querem, ou porque não podem, devido ao custo do combustível e dos parquímetros). Anyway, o deste trimestre já está pago...

PS: Como estão agora os valores do Imposto de Circulação em Portugal?

Tuesday, 10 May 2016

Limpeza de esgotos


No passado mês de Abril, recebemos uma carta da autarquia (gemeente) a informar que, na semana seguinte, iria ter lugar a limpeza de esgotos (vuilwaterriool reinigen) nas ruas do bairro. Nessa carta, explicavam como ia decorrer a limpeza, qual a importância da mesma e os cuidados a ter nessa altura, tais como baixar os tampos das sanitas e colocar água nos cifões para evitar maus cheiros. Na carta, davam também os contactos da empresa responsável pela execução dos trabalhos, a utilizar em caso de dúvidas, e os contactos da autarquia, em caso de queixas a apresentar. Ainda há poucos dias, pagámos €328 de Imposto Anual de Saneamento Básico. Mas sinto valer a pena pagar impostos neste país: há respeito e consideração pelas pessoas e pelos cidadãos. Gostei do facto de termos sido informados por escrito, atempadamente, e de forma detalhada e rigorosa. E especialmente, do carácter preventivo desta limpeza, de modo a evitar aborrecimentos e problemas no futuro. Gosto de serviços pró-activos, com visão estratégica de médio-longo prazo e boa gestão de recursos públicos.

Monday, 9 May 2016

Em Baarn


Na cidade de Baarn, na província de Utrecht, onde vive a minha amiga holandesa H.

Para vos mostrar dois aspectos que gosto muito neste país

Casas com telhados de colmo






E estações de caminho-de-ferro...



A Rainha Beatriz (actualmente, Princesa Beatriz) nasceu em Baarn e os filhos dela também fizeram o Liceu por lá. E quem também viveu em Baarn foi M.C. Escher. A cidade é muito verdejante e tem casas muito bonitas e imponentes. Vale a pena a visita, sobretudo se for para passear de bicicleta.

Sunday, 8 May 2016

Moederdag


E hoje, por cá, é Dia da Mãe (Moederdag).

O video é belga, mas o DIY (Do It Yourself) é um hábito muito comum por estas bandas.

5 presentes do Dia da Mãe DIY

Os meus favoritos são a chávena branca com a mensagem e o do pacotinho de chá. O do anéis também está giro. Ainda sou capaz de fazer uma coisa semelhante para colares...

.

O video abaixo já é holandês.
3 caixinhas compradas na Action e decoradas com fitas coloridas, fotos de família, postais, rosas, sabonetes...




Obrigada a quem publicou estes videos no Youtube.

Feliz Dia da Mãe!!!


Friday, 6 May 2016

4 e 5 de Maio


Estes dois últimos dias são muito especiais nos Países Baixos. No dia 4 de Maio, recordamos aqueles que pereceram na II Guerra Mundial e nas guerras subsequentes. Aos 2 minutos para as 8 da noite, paramos o que estamos a fazer e ficamos em silêncio durante 2 minutos em sua memória. Na Dam, a praça principal de Amsterdam, têm lugar as cerimónias oficiais com o Rei Willem-Alexander e a Rainha Máxima. Muitas pessoas vêm até à Dam e ali se reunem em frente ao Monumento Nacional para os 2 minutos de silêncio. Os Reis e outras personalidades depositam coroas de flores, o hino é tocado e um poema sobre a Liberdade é lido pelo adolescente que ganhou a competição do ano em curso. Esta cerimónia é transmitida pela televisão. No video abaixo, podem ver a cerimónia deste ano.




Vários filmes sobre a II Guerra Mundial costumam passar durante estes dias na TV. Este ano, revimos a Lista de Schindler (1993), mas há outros, holandeses, que recomendo, como este abaixo, baseado num romance da Tessa de Loo, escritora neerlandesa a viver desde há uns anos em Portugal (Algarve, Loulé).




O dia 5 já é mais festivo. Neste dia, celebramos a Liberdade. De preferência em Amsterdam, junto ao Rio Amstel, no espectáculo comemorativo em frente ao Teatro Carré. No video abaixo, podem ver a parte final da cerimónia de 2010, em que a Rainha Beatriz (hoje Princesa Beatriz) sai num barco engalanado de flores ao som da canção  "We'll meet again" que se imortalizou pela voz de Vera Lynn, durante a II Guerra Mundial.

Todos os anos, este espectáculo encerra com esta canção, agora com o Rei Willem-Alexander e a Rainha Máxima.

 

Este ano, festejámos o 5 de Maio em Almere. Após o almoço, fomos até ao centro da cidade tomar café e depois seguimos para o concerto junto ao lago Weerwater. Havia vários palcos espalhados pela cidade e os concertos eram todos gratuitos.

Uma das bolas "Liberdade" (Vrijheid) que andou "a voar" por lá.



Gostei imenso da organização do evento.  As forças de segurança, embora discretas, estavam presentes, com várias equipas policiais aqui e ali. As malas eram revistadas à entrada do recinto e não podíamos levar garrafas ou latas de bebidas connosco. Já no recinto, havia várias tendinhas, não só de bebidas, mas também de comida. No nosso caso, pedimos uns smothies com pedaços de fruta. Soube bem, pois estava sol. Entretanto, não pude deixar de reparar na heterogeneidade do público. Havia pessoas com mobilidade reduzida (de muletas e cadeiras de rodas), crianças pequenas às cavalitas dos pais ou ao colo dos avós, jovens papás com os carrinhos de bebé, adolescentes e jovens, casais, famílias. Um ambiente muito tranquilo e descontraído. Assistentes do evento distribuíam chapéus verdes para proteger do sol e bandeirinhas verdes às crianças para andarem sinalizadas, enquanto estas corriam e brincavam no recinto, ao som dos Bon Jovi, do "Thriller" de Michael Jackson, dos Queen e do Brian Adams, em covers bem conseguidas pelo grupo neerlandês Daredevils. Jovens, pais e avós dançavam. Uma hora de concerto que soube bem. Haveria mais à noite, já com outros grupos, mas nós voltámos para casa. De salientar que, no concerto, um jovem estudante sírio veio falar sobre a Liberdade e disse algo que considerei muito oportuno e pertinente - para não a tomarmos por garantida e fazermos tudo o que estiver ao nosso alcance para a salvaguardarmos. Uma reflexão avisada, pareceu-me.




Os festejos deste dia terminaram junto à TV a ver a transmissão do concerto no Rio Amstel, em Amsterdam. Deste concerto gostei da Royal Filharmonisch Orkest (podem ver aqui as peças musicais executadas) e das cantoras protagonistas do musical De Twelling (baseado no romance de Tessa de Loo). Uma destas cantoras chama-se Rosa da Silva, mas não consegui descobrir se tem ascendência portuguesa ou não.

Bom fim-de-semana para todos!

Thursday, 5 May 2016

Vendas de estrada


É conhecido o meu gosto em viajar de carro pelos campos neerlandeses. Gosto de ir vendo as quintas a partir das estradas, admirar as casas com telhados de colmo e terrenos sempre bem cuidados. Gosto de ver os animais nos campos (cavalos, ovelhas, vacas). Nunca tinha visto uma ovelha negra até chegar a este país. Gosto também das vendas de estrada. Nesta ida ao Noordoostpolder, havia muitos pontos onde podíamos comprar batatas, morangos e demais legumes e frutos da época.

Na fotografia abaixo, uma venda de batatas (aardappelen).
Reparem nos adjectivos: saudáveis (gezonde) e deliciosas/saborosas (heerlijke).



Na foto seguinte, uma bancada com batatas (aardappelen), cebolas (uien), ovos (eieren) e sumos (sappen). Não vi ninguém a atender. Presumo, por isso, que era só retirar e deixar o dinheiro na caixinha.



Muito agradável também, saber pelo painel informativo, que havia um café escondido no jardim das túlipas:

Koffie (Café)
Gebak (Torta/Bolo)
Tulpen (Túlipas)



Havia mais pontos de venda, mas não fotografei. Ficará para a próxima. Quero voltar ao Noordoostpolder e comprar produtos da terra directamente ao produtor, como acontecia, por vezes, quando percorria a Costa Oeste, em Portugal, ou como fizemos em França, em Auvergne e na Provença.

Wednesday, 4 May 2016

Para o João



Para o João

Gosto muito do efeito criado, como se fosse um leque púrpura a abrir...

Obrigada pela sugestão, João, e  sobretudo pelo estímulo!! Beijos!!



Tuesday, 3 May 2016

A Rota do Tulpen Festival 2016 (II)


Mais algumas fotografias do percurso que fizemos no passado Domingo...

Labaredas Verdes?



Taças?



Este foi o primeiro campo que visitámos



Pormenor de um jardim de túlipas onde fica, quase escondido, um café com esplanada



A caminho de casa, por cima da autoestrada



Numa das inúmeras quintas do Noordoostpolder



Chegar a casa a escutar esta música dos Dire Straits...




Monday, 2 May 2016

A Rota do Tulpen Festival 2016 (I)


Há já 8 anos que moramos na Flevolândia, mas, só este ano, fizemos, pela primeira vez, a rota do Festival das Túlipas no Noordoostpolder (que fica situado na nossa província). Foi ontem, num dia esplêndido de sol.

Uma boa semana para todos! Enjoy!